Os primeiros registros de povoamento na região de Paulo Afonso datam do século XVIII, entretanto a história daquela região não pode ser contada sem levar em conta o ano de 1948. A criação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), para aproveitar o potencial energético da Cachoeira de Paulo Afonso, redesenhou o mapa social, político e econômico do território.
A economia do município é impulsionada pelas receitas de impostos das cinco hidrelétricas que formam o Complexo de Paulo Afonso e pelo setor de comércio e serviços.
A cidade responde por 92% do produto interno bruto (PIB) da região, estimado em R$ 1,675 bilhões.
Até meados da década de 80, a empresa federal era a principal provedora dos principais serviços públicos na região.
Todos com o mais alto padrão de qualidade, de acordo com relatos da população.
Muitas pessoas descrevem a empresa como uma “grande mãe”. Porém, aos poucos, a empresa foi direcionando recursos para a atividade-fim – gerar energia. O Hospital da Chesf, que atende pessoas da Bahia, Alagoas, Sergipe e Pernambuco, é um dos últimos serviços prestados pela empresa à população e deverá passar para a gestão do Estado em breve. O município estima haver 700mil pessoas em um raio de 200 km, envolvendo quatro estados, que têm em Paulo Afonso o mais importante centro regional.
Veja mapa da viagem de A TARDE pelo interior da Bahia:
Os caminhos escolhidos por Paulo Afonso para caminhar com as próprias pernas passam pelo uso das águas do Rio São Francisco, principalmente para a atração de turistas, mas também para a agricultura irrigada e a piscicultura.
Na região,é possível encontrar grande beleza natural, como o único cânion navegável da Bahia, fazer belas trilhas ou praticar esportes radicais.
Mas o local também é interessante para visitantes que procuram ampliar o conhecimento cultural. Estes terão a oportunidade de conhecer a casa onde nasceu Maria Bonita ou a história do visionário Delmiro Gouveia, que criou a primeira hidrelétrica do Nordeste.
Apesar de ter um aeroporto bem estruturado,não há voos regulares para a região – principal problema apontado pelas autoridades locais e o trade turístico. Hoje, os acessos terrestres,que durante muito tempo foram bastante precários, são considerados bons.
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