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quinta-feira, dezembro 31, 2009

Bispo argentino é condenado por abuso sexual

Advogado de Storni diz acreditar que bispo cumprirá pena domiciliar

A Justiça argentina condenou nesta quarta-feira o bispo católico Edgardo Gabriel Storni a oito anos de prisão por abusos sexuais cometidos quando comandava a arquidiocese da cidade de Santa Fé.

A juíza María Amalia Mascheroni condenou Storni "por abuso sexual agravado por sua condição de sacerdote" em um processo iniciado pelo ex-seminarista Rubén Descalzo em 2002.

Descalzo acusava o bispo de ter cometido os abusos no seminário e durante retiros espirituais em 1992.

"Ele me convidou a ir ao seu apartamento", disse o ex-seminarista em seu depoimento. "Quando cheguei, só havia uma luz acessa. Ele me deu um abraço longo e me beijou."

Histórico

Outros seminaristas realizaram denúncias semelhantes, mas elas foram arquivadas devido ao tempo entre o crime que teria ocorrido e o início do processo.

O caso envolvendo o ex-arcebispo ficou conhecido nos anos 1990 e gerou ainda mais polêmica no ano 2000, a partir de uma denúncia publicada no livro Nuestra Santa Madre (Nossa Santa Mãe), da jornalista Olga Wornat.

Dois anos mais tarde, o então arcebispo renunciou ao cargo e mandou uma carta ao papa João Paulo 2º negando as acusações.

Pouco depois, Storni foi substituído no posto de arcebispo da cidade de Santa Fé e seu pedido de aposentadoria foi atendido. Atualmente, ele mora em uma casa da Igreja na província de Córdoba.

O advogado de Storni diz acreditar que o ex-arcebispo deverá cumprir prisão domiciliar por ter mais de 70 anos de idade.

Fonte: BBC Brasil

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