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sexta-feira, março 20, 2009

Austríaco que prendeu filha pega prisão perpétua



Folha de S. Paulo e Agências
Após admitir culpa e se dizer arrependido, o austríaco Josef Fritzl, 73 anos, foi condenado ontem à prisão perpétua por crimes de assassinato, estupro, escravização, coerção, cárcere privado e incesto. O engenheiro manteve a filha Elisabeth presa por 24 anos no porão de sua casa, estuprou-a -3.000 vezes, segundo as contas do tribunal- e teve sete filhos com ela.
O crime mais grave para a justiça austríaca, no entanto, foi o assassinato por omissão de socorro de uma das crianças -que morreu recém-nascida em 1996 de problemas respiratórios e foi incinerada no jardim da casa. "Arrependo-me do fundo do meu coração. Infelizmente, não posso consertar isso. Só posso tentar limitar os danos causados", declarou ontem Fritzl ao tribunal de Sankt Pölten.
A promotora Christiane Burkheiser respondeu pedindo aos jurados que não fossem "ingênuos como foi Elisabeth há 24 anos" e o condenassem. Logo veio o veredicto, que não considerou a admissão de culpa um atenuante. Fritzl deve passar ao menos 15 anos preso -já cumpriu 11 meses da pena- até ter direito à liberdade condicional. Mas seu advogado afirmou que ele não vai apelar e já está preparado para passar o resto da vida na cadeia.
O martírio de Elisabeth (hoje com 42 anos) começou em 1984, quando o pai pediu sua ajuda para fazer um conserto no porão -que inclui um abrigo nuclear e cômodos secretos e ultraprotegidos. Ele a prendeu lá e simulou que ela tinha fugido de casa. Elisabeth passou os primeiros meses de cativeiro acorrentada, até Fritzl remover as correntes, porque "atrapalhavam sua atividade sexual com a filha", segundo a promotoria.
Do pequeno porão não conheceu a internet, o celular, o DVD. Em vez disso, sofreu abusos físicos e sexuais e engravidou sete vezes (os seis filhos-netos sobreviventes têm hoje entre 6 e 20 anos). Três das crianças foram viver "na superfície", com Fritzl -que simulou seu abandono na porta de casa; os outros três só conheceram a luz do sol no ano passado. Uma das filhas-netas adoeceu gravemente em abril de 2008, e Fritzl teve de levá-la ao hospital. Os médicos se surpreenderam com a aparência excepcionalmente pálida. Logo o caso foi desmascarado.
Fonte: Agora

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