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segunda-feira, junho 01, 2020

Fatos que deveriam envergonhar a história de Jeremoabo.

    

"A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios"
    Montesquieu 1689-1755

Esses desmandos denunciado através do Programa Alerta Jeremoabo, realizados em nome  da mudança do município, além de manchar o presente,   mancham também o passado para sempre e deveriam servir de exemplo como algo nunca mais a ser repetido.

. “O governo que comanda hoje o município é, se não for o mais corrupto da história, o qual sem dúvida, galga esta posição.”



O PENSAMENTO DO PADRE ANTÔNIO VIEIRA
NA ATUALIDADE
Lucia Carine Rocha Corlinos (UERJ)
Ruy Magalhães de Araújo
 (UERJ)

O SERMÃO DO BOM LADRÃO
Um dos sermões que mais se identifica com a atualidade brasileira, pregado na Igreja da Misericórdia de Lisboa em 1655, diante de D. João IV e sua corte. Lá estavam também os maiores representantes do reino, que possuíam cargos elevados, tais como: juízes, ministros e conselheiros.
Vieira utilizou-se do púlpito como mensageiro das absorções públicas, à maneira de uma imprensa ou de um palanque político. Apesar de estar na Igreja da Misericórdia, disse ser a Capela Real e não aquela Igreja o local que mais combinava com o seu discurso, porque iria expor assuntos pertinentes à sua Majestade e não à piedade.
Vejamos alguns trechos abaixo:


Levarem os reis consigo ao paraíso os ladrões, não só não é companhia indecente, mas ação tão gloriosa e verdadeiramente real, que com ela coroou e provou o mesmo Cristo a verdade do seu reinado, tanto que admitiu na cruz o título de rei.
Mas o que vemos praticar em todos os reinos do mundo é, em vez de os reis levaram consigo os ladrões ao paraíso, os ladrões são os que levam consigo os reis ao inferno.
Esta pequena introdução serviu para que Vieira manejasse os seus dardos inflamados contra aquele auditório composto por pessoas da nobreza. E continuou enérgico:
A salvação não pode entrar sem se perdoar o pecado, e o pecado não se perdoa sem se restituir o roubado: Non dimittitur peccatum nisi restituatur ablatum.
Suposta esta primeira verdade, certa e infalível; a segunda coisa que suponho com a mesma certeza é que a restituição do alheio sob pena de salvação, não só obriga aos súditos e particulares, sendo também aos cetros e as coroas. Cuidam ou devem cuidar alguns príncipes, que assim como são superiores a todos, assim são senhores de tudo; e é engano. A lei da restituição é lei natural e lei divina. Enquanto lei natural obriga aos reis, porque a natureza fez iguais a todos; enquanto lei divina também os obriga; porque Deus, que os fez maiores que os outros, é maior que eles.


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