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quarta-feira, fevereiro 19, 2025

Bolsonaro diz que já tem maioria na Câmara para anistiar o 8 de janeiro

Publicado em 18 de fevereiro de 2025 por Tribuna da Internet

Bolsonaro se reúne com aliados no Senado

Bolsonaro faz pressão no Congresso para aprovar a anistia

Lauriberto Pompeu
O Globo

O ex-presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira que já há maioria na Câmara para a aprovação da anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Em meio à expectativa de ser denunciado nesta semana por tentativa de golpe de estado pela Procuradoria-Geral da República, Bolsonaro foi reunir apoio de parlamentares da oposição no início da tarde no Senado.

Perguntado sobre o posicionamento da Procuradoria, o ex-presidente disse ter “zero preocupação” com a manifestação do Ministério Público.

APOIO DE KASSAB – O ex-presidente sinalizou ainda que recebeu o aval do presidente do PSD, Gilberto Kassab, para emplacar a pauta da anistia. “Há dez dias conversei com Kassab, conversa reservada. Ele falou já parte do que aconteceu. Hoje o que eu sinto conversando com parlamentares, como os do PSD, a maioria votaria favorável. Acho que na Câmara já tem quórum para aprovar a anistia”, disse.

Bolsonaro também tratou sobre a recepção do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a familiares de um preso do 8 de janeiro:

“Conversei lá atrás com ele. Hugo Motta dá declarações, recebeu aquela senhora com seis filhos, cujo marido está foragido, talvez esteja na Argentina. Essa punição é justa? Essa dosimetria é justa? 17 anos de cadeia? Foi o que o Hugo Motta disse: ‘Não podemos ignorar a pauta do maior partido da Câmara”.

E O GOLPE? – Ao ser questionado sobre sua suposta participação em uma tentativa de golpe, Bolsonaro citou a fala de um “amigo”. Segundo essa pessoa, nem o serviço secreto de Israel sabia sobre qualquer movimentação neste sentido.

— Você já viu a minuta do golpe? Não viu. Viu a delação do Mauro Cid? Não viu. A frase mais emblemática, tem uns 30 dias mais ou menos, um amigo que deixei em Israel falou o seguinte: “Que golpe é esse que o Mossad não estava sabendo?”. Nenhuma preocupação com essa denúncia, zero

O ex-presidente também reagiu à condenação imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o tornou inelegível por ataques à lisura do pleito de 2022.

DISSE BOLSONARO – “Por que eu estou inelegível pela Justiça Eleitoral? Por ter me reunido com embaixadores? Eu não me reuni com traficantes no morro do Alemão. Por que discursei no 7 de setembro? Usei os meios do 7 de setembro para angariar eleitores? Acabou o desfile, entreguei a faixa, subi no carro de som e fui falar com o povo. Isso é motivo de inelegibilidade? Eles querem negar a democracia e me proibir de disputar a eleição”, afirmou Bolssonaro, acrescentando:

“Estão com medo do quê? A pesquisa hoje diz que estou cinco pontos na frente do nove dedos (Lula), inclusive a dona Michelle (Bolsonaro) na frente dele. É sinal que ele (Lula) está derretendo, é incompetente, o povo está sofrendo”.

COM SENADORES – Bolsonaro foi ao Senado na tarde de hoje para participar de um almoço com senadores da oposição. Estiveram presentes nomes como Tereza Cristina (PP-MS), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Marcos Rogério (PL-RO), Eduardo Gomes (PL-TO), Rogério Marinho (PL-RN) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

Marinho, que é líder da oposição no Senado, acompanhou o ex-presidente no trajeto da sede do PL, em Brasília, até o Congresso. Antes de Bolsonaro chegar para o almoço, senadores aliados minimizaram a iminente denúncia que deve ser oferecida pela PGR e, assim, como fez Bolsonaro, citaram o levantamento feito pelo Paraná Pesquisas, que foi encomendado pelo PL e mostra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro e o próprio ex-presidente em vantagem numérica em relação ao petista nas intenções de voto para 2026.

FICHA LIMPA – Bolsonaro ainda fez novas críticas à lei da Ficha Limpa, que proíbe pessoas condenadas em segunda instância de se candidatarem. Antes defensor da iniciativa, ele disse hoje que a lei ” está sendo usada para beneficiar a esquerda e perseguir a direita”.

Ele também disse que o presidente americano Donald Trump não teria sido eleito se a legislação existisse nos Estados Unidos.

“A anistia é uma coisa e a lei da Ficha Limpa é outra. Os Estados Unidos não tem a lei da Ficha Limpa, se tivesse o Trump estaria inelegível. A prioridade para mim é a anistia, para essas pessoas que estão presas e são inocentes. Imagina vocês, a mãe acordar e dormir sem o filho do lado”, acentuou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – No Congresso, acho que Bolsonaro consegue aprovar a anistia. Seu problema passará a ser o Supremo, que inevitavelmente será acionado para decidir se a anistia aprovada pelo Congresso é constitucional. Aí, como diria o jornalista e cronista Sérgio Porto, “o bode que deu vou te contar”. Comprem mais pipocas(C.N.)

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