Será que o DNOCS está esperando que a história se repita?
Na enchente passada, a negligência em abrir as comportas do açude resultou em prejuízos incalculáveis para os ribeirinhos, cujas marcas ainda são sentidas até hoje. Agora, com o nível do açude a apenas 58 cm de atingir sua capacidade máxima, conforme informações extraoficiais, a pergunta que fica é: o que está sendo feito para evitar que o pior aconteça novamente?
A situação é alarmante. As chuvas têm sido constantes e intensas, elevando rapidamente o nível do reservatório. Apesar disso, nenhuma medida preventiva parece estar sendo adotada pelos responsáveis. Qual o mistério por trás dessa inércia? Por que o DNOCS não age com antecedência, abrindo as comportas de forma controlada para evitar uma tragédia anunciada?
Os vereadores de Jeremoabo têm o dever de agir. É imprescindível que provoquem o Ministério Público Federal (MPF) para que este intervenha antes que a situação fuja do controle. Depois que o açude transbordar e as águas invadirem casas, destruírem lavouras e colocarem vidas em risco, não adianta chorar pelo leite derramado.
O DNOCS, como órgão responsável pela gestão dos recursos hídricos, tem a obrigação de atuar com responsabilidade e transparência. Deixar de abrir as comportas preventivamente é um ato de negligência que coloca em risco não apenas o patrimônio, mas também a vida das pessoas que dependem do açude para sua sobrevivência.
Não podemos aceitar que erros do passado sejam repetidos. É hora de cobrar ação imediata, de exigir que os responsáveis assumam seu papel e protejam a população. A prevenção é o caminho para evitar desastres, e não há desculpa para a omissão diante de um cenário tão claro de risco.
Que os vereadores cumpram sua função de fiscalizar e cobrar, que o MPF atue com rigor, e que o DNOCS finalmente demonstre responsabilidade. A história não pode se repetir. Os ribeirinhos não podem mais pagar o preço da incompetência e da omissão. É hora de agir antes que seja tarde demais.