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segunda-feira, abril 08, 2024

Moro caiu numa armadilha de Gilmar, mas ainda pode escapar da cassação

Publicado em 8 de abril de 2024 por Tribuna da Internet

Desembargadora que tirou foto com Moro vai participar de julgamento

Sérgio Moro resolveu acreditar em Gilmar e quebrou a cara

Carlos Newton

Uma das características do senador Sérgio Moro é o excesso de ingenuidade, uma marca que pode ser fatal aos políticos. Realmente, foi impressionante ter aceitado o encontro com o ministro Gilmar Mendes, no gabinete do Supremo Tribunal Federal.

A reunião foi acertada pelo senador Wellington Fagundes, do PL do Mato Grosso, que é amigo pessoal de Gilmar Mendes. O parlamentar convenceu Moro que seria muito proveitosa essa conversa com o ministro, porque o ex-juiz estaria dando uma demonstração de maturidade política, por não ser intolerante e aceitar diálogo com adversários.  Disse que ele e Gimar ficariam amigos, e Moro acreditou nessa esparrela.

HUMILHAÇÃO – O resultado todos viram. Assim que Moro saiu de seu gabinete, o ministro do Supremo imediatamente passou as novidades para uma jornalista de sua confiança, simpática ao PT,  para ridicularizar Sérgio Moro e afetar ao máximo a imagem dele, justamente quando está sendo julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, com risco de perder o mandato.

Enganado pelo senador mato-grossense, Moro realmente pensou (?) que poderia ficar amigo de Gilmar Mendes e até contar com sua influência no Judiciário. Não percebeu que era uma armadilha, que Gilmar armara contra ele.

A conversa durou 90 minutos, mas só foram revelados pelo ministro os trechos negativos para Moro, inclusive intrigando-o com Deltan Dallagnol. Nessa brincadeira, o que Moro deve ter perdido de voto não está no gibi.

O JULGAMENTO – O mais importante é que prossegue hoje o julgamento de Moro no TRE e ele tem condições de sair vitorioso, em função do voto meticuloso e contábil do relator Luciano Falavinha.

O senador só será condenado se prevalecer a chamada “presunção de culpa”, de que ele teria agido propositadamente, tendo se lançado à Presidência apenas para ganhar visibilidade e ser eleito senador, uma bobagem que inventaram contra ele.

Como se sabe, a “presunção de culpa” não existe no Direito Universal e foi criada para cassar Deltan Dallagnol. O inventor da tese é o ministro Benedito Gonçalves, que foi investigado na Lava Jato e tem aquele filho extravagante, que gosta de exibir na internet suas joias e roupas de grife, em cenas emocionantes de enriquecimento ilícito.

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P.S.
 – Vamos arriscar um palpite. Moro vai escapar no TRE, mas no TSE terá seu mandato cassado, se for julgado ainda na gestão de Alexandre de Moraes. (C.N.)

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