O recuo do nível das águas do Rio Vaza Barris sinaliza uma possível normalização da situação das cheias, contudo, sem chuvas regulares, o panorama pode permanecer crítico. Agora, é crucial observar quais medidas as autoridades tomarão diante dessa realidade. Os prejuízos, que abrangem tanto os agricultores quanto os residentes afetados, são incalculáveis, representando décadas de trabalho arrastadas pela correnteza.
Essa ocorrência serve como um alerta contundente sobre as construções indiscriminadas permitidas por gestores que priorizam a politicagem em detrimento de estudos técnicos e planejamento adequado. As edificações erguidas à margem da ignorância, sem considerar os devidos estudos de impacto, estão sujeitas a enfrentar os desafios das mudanças climáticas.
É imperativo que os gestores ouçam os avisos da ciência e ajam com responsabilidade. As futuras construções em Jeremoabo devem ser planejadas levando em conta os riscos potenciais, sendo projetadas acima dos níveis de perigo identificados.
Que a dor e o sofrimento resultantes deste desastre sirvam como um chamado de atenção para que nunca mais sejamos coniventes com a ignorância.
Estamos testemunhando as consequências dos eventos extremos, fenômenos climáticos cada vez mais intensos e frequentes devido ao aquecimento global. Esta crise climática é uma realidade incontestável, e as tragédias que estão ocorrendo demonstram claramente a falta de preparo do país para enfrentar os impactos desses eventos. Mais do que isso, evidenciam o descaso do poder público com a questão climática e com aqueles que mais sofrem seus efeitos.