em 11 abr, 2025 3:20
Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.
Um excelente artigo do advogado Edmilson Júnior para servir como reflexão de todos:
O desejo da morte de um parlamentar e o silêncio que fere a democracia Por Edmilson Júnior*
Como cidadão brasileiro e cristão católico, não posso me calar diante de uma declaração que rompe os limites da civilidade e agride, frontalmente, os fundamentos éticos e democráticos que devem nortear a vida pública em nosso país. Refiro-me à infeliz e chocante fala do deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES), que, em sessão oficial da Câmara dos Deputados, declarou desejar a morte do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Independentemente de posições políticas ou partidárias, o que se espera de um parlamentar — eleito para representar o povo e zelar pela Constituição — é equilíbrio, responsabilidade e respeito à dignidade da pessoa humana. Quando um detentor de mandato eletivo vocaliza ódio a ponto de desejar a morte de quem quer que seja, ele não apenas trai o juramento que fez à República, mas também rompe com os valores mínimos da convivência humana.
Como católico, acredito no valor sagrado da vida, desde a concepção até o seu fim natural. Desejar a morte de alguém é, além de pecado grave, um atentado contra o Evangelho de Cristo. Nosso Senhor nos ensinou a amar até os inimigos e a abençoar aqueles que nos perseguem. A política, embora naturalmente marcada por embates, não pode ser palco de incitação à violência ou à morte.
Não se trata aqui de censura, mas de responsabilidade. A liberdade de expressão não pode ser escudo para justificar o discurso de ódio. Quando uma autoridade pública vocifera tamanha agressividade, o Estado Democrático de Direito se vê ameaçado. Mais do que isso, a população — já tão carente de bons exemplos — recebe a mensagem de que o ódio é um meio legítimo de ação política. E não é.
É preciso que os órgãos competentes investiguem e, se for o caso, responsabilizem o parlamentar, inclusive com medidas disciplinares no âmbito da própria Câmara dos Deputados. O silêncio institucional, nesse caso, seria uma conivência perigosa.
Por fim, conclamo todos os homens e mulheres de boa vontade, de todas as crenças e ideologias, a rejeitarem essa lógica do ódio. O Brasil precisa de pontes, não de abismos. De diálogo, não de morte. De líderes que inspirem, não de incendiários.
*Advogado – OAB/SE 5.060 / Especialista em Direito Público, Direito Administrativo e Direito Eleitoral.
Organização criminosa desarticulada pela PF e CGU A 3ª Fase da Operação Overclean – PF e CGU – realizada na semana passada com mandados na BA, SP, MG e Sergipe ainda repercute nos bastidores. “Gostinho de quero mais”, dizem nos bastidores. A Operação começou com o “rei do Lixo” na Bahia e envolvendo órgãos de lá e políticos. Agora a especulação com os nomes são grandes. O blog pediu detalhes a uma autoridade envolvida está esperando. Se receber os documentos publicará.
https://infonet.com.br/blogs/claudio-nunes/o-desejo-da-morte-de-um-parlamentar-e-o-silencio-q-fere-a-democracia/