Publicado em 2 de maio de 2023 por Tribuna da Internet
Matheus Leitão
Veja
Para desespero do bolsonarismo, Alexandre de Moraes, ministro do Supremo, e Flávio Dino, ministro da Justiça, fizeram uma dobradinha nesta terça-feira, dia 2, em favor do Projeto de Lei das Fake News. Bom para o Brasil, mas de arrepiar os cabelos dos extremistas de direita.
Enquanto o magistrado mandava tirar do ar anúncios do Google contra o projeto de lei, o integrante do primeiro escalão de Lula dava nome aos bois (sem trocadilho com gado), classificando os textos da megaplataforma como “publicidade”.
ERA ANÚNCIO – É que, em um novo absurdo capítulo, as big techs soltaram um editorial jornalístico, ainda que se vangloriem de serem plataformas de tecnologia e não empresas de comunicação.
“O Google removeu a publicidade cifrada e ilegal contida na sua página inicial. A lei deve prevalecer sobre o faroeste digital”, afirmou, primeiramente, o ministro Dino.
Depois, para a alegria do “povo de bem” (contém ironia), Alexandre de Moraes completou que os anúncios foram realizados “de forma opaca, burlando seus próprios termos de uso”. Parecia que um levantava, e o outro cortava…
PT E SUPREMO, JUNTOS – É o pesadelo que a direita tanto temia enquanto Bolsonaro ia perdendo fôlego em 2022: o governo do PT e o Judiciário estão trabalhando juntos contra as notícias falsas que os levaram ao poder.
A reação do governo Lula às plataformas de redes sociais e a entrevista do ministro Paulo Teixeira ao Amarelas On Air são os destaques do dia, com o governo do presidente Lula da Silva reagindo nesta terça-feira, 2, à megaofensiva comandada pelas big techs contra a aprovação do PL das Fake News.
O ministro da Justiça Flávio Dino determinou, por meio de uma medida cautelar, que o Google adote uma série de providências, como a indicação como publicidade aos conteúdos com mensagens contrárias ao projeto.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Então, fica combinado assim. Só vale fazer elogios ao projeto; qualquer crítica será considerada fake news e imediatamente censurada, na nova democracia à brasileira, que na opinião de Sobral Pinto nem deveria existir, pois o máximo que ele admitia era o “peru à brasileira”, pois democracia é coisa séria. (C.N.)