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segunda-feira, janeiro 30, 2023

Bolsonarismo procura demonstrar força lançando Marinho na eleição no Senado

Publicado em 30 de janeiro de 2023 por Tribuna da Internet

Jorge Seif, Rogério Marinho, Flávio Bolsonaro e Carlos Portinho aparecem de perfil olhando para frente. Eles estão de terno

Partidos da direta se unem em torno de Rogério Marinho

Bruno Boghossian
Folha

No fim de novembro, Flávio Bolsonaro (PL) chamou dirigentes de seu partido, do PP e do Republicanos para uma reunião. O filho do então presidente começava a contar votos para tentar eleger Rogério Marinho (PL) para o comando do Senado. A plataforma era clara: instalar na chefia do Congresso um parlamentar disposto a enfrentar o Supremo.

Nos últimos dias, Marinho ganhou o apoio formal do trio de partidos que era o núcleo do governo Jair Bolsonaro. Sua candidatura à presidência do Senado representa uma busca do bolsonarismo por sobrevida.

DIREITA UNIDA – O plano é ganhar poder para defender as pautas do grupo, mas também fazer uma exibição de força suficiente para manter a coesão da direita e oferecer um polo alternativo aos parlamentares do centrão assediados pelo governo Lula.

Os aliados de Bolsonaro sabem que a vida na oposição é dura. Faltam verba pública para satisfazer suas bases eleitorais, holofotes para obter ganhos políticos e poder para influenciar a agenda do país.

A candidatura de Marinho é tratada como um tanque de oxigênio tanto por bolsonaristas que querem acesso aos cofres públicos como por aqueles que buscam manter vivo o golpismo ou defender pautas ultraconservadoras.

PACHECO SE CUIDA – Mesmo que fracasse, o grupo espera mostrar que tem cerca de 30 cadeiras no Senado para atrapalhar o governo (na votação de PECs, principalmente) ou para pressionar Lula por barganhas.

Apesar das movimentações dessa turma, Rodrigo Pacheco (PSD) ainda é favorito à reeleição. O atual presidente do Senado usa a seu favor a partilha de benesses a parlamentares nos últimos dois anos e a rejeição à agenda golpista.

Ainda assim, aliados de Pacheco evitam subir no salto. Prova disso é que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), avalia deixar o cargo no dia 1º para voltar ao Senado e votar pela reeleição. O motivo é que sua suplente, Margareth Buzzetti (PSD), fez campanha para Jair Bolsonaro. O grupo teme que ela apoie Marinho numa votação apertada.


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