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sábado, janeiro 28, 2023

Costa Neto complica ainda mais a posição de Jair Bolsonaro diante do golpe


Valdemar disse que projetos golpistas circularam no entorno de Bolsonaro

Pedro do Coutto

Numa entrevista a Jussara Soares, O Globo desta sexta-feira, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, esse estranho personagem da política brasileira, deixa muito mal Jair Bolsonaro e também o ex-ministro Anderson Torres dizendo que não faltaram propostas ao ex-presidente para violar os resultados da eleição e , com isso, praticar um golpe de Estado cuja arquitetura se encontra no projeto de decreto golpista encontrado na residência de Anderson Torres.

Propostas desse tipo ocorriam no entorno do então presidente da República. O que isso quer dizer? Que pelo menos Bolsonaro, através do silêncio, se comprometia com as iniciativas voltadas  para desrespeitar os resultados das urnas de outubro. Como tais ideias de projetos sinuosos e obscuros circulavam na esfera do poder pelo menos houve conivência de Bolsonaro através de seu silêncio significativo.

REAPROXIMAÇÃO – Pois se alguém recebe uma proposta de golpe militar contra as instituições não pode permanecer em silêncio, sobretudo quem tem a responsabilidade que ele tinha de presidir o país. Valdemar Costa Neto está sempre na sombra de todos os governos, conforme os fatos comprovam. Pode ser que agora com a sua entrevista a Jussara Soares ele esteja tentando uma reaproximação com o atual governo.

No momento em que o ministro Alexandre de Moraes aceitou a iniciativa do Procurador-Geral da República, Augusto Aras, de incluir Bolsonaro nas investigações sobre o projeto de golpe, torna-se matéria indutiva a entrevista de presidente do PL, que mesmo não possuindo mais mandato parlamentar, tem argumentos suficientes para comandar de forma quase absoluta as movimentações do PL e de suas bancadas.

MANOBRAS – Se, como disse Valdemar Costa Neto, quase todo mundo tinha em casa uma proposta de decreto semelhante à que foi encontrada na residência de Anderson Torres, proliferavam manobras golpistas que se desencadearam na forma selvagem da invasão dos Três Poderes em Brasília.    

É um princípio fundamental de Direito que se alguma autoridade tem consciência de que se tramam um golpe contra as instituições, a sua obrigação é rejeitar as propostas que lhe chegam e denunciar o conluio, porque atingir a democracia  e tentar anular o resultado das urnas são crimes gravíssimos dos quais não podem sair impunes os que calaram na articulação golpista e com isso foram coniventes pelo silêncio.

ESTRUTURA GOLPISTA –  O ministro da Justiça de Lula, Flávio Dino, reportagem de César Feitosa, Vitória Azevedo e Júlia Chaib, Folha de S. Paulo, propõe a criação de uma série de medidas contra o golpismo, inclusive a criação de uma Guarda Nacional, além de  tentar regular as redes de comunicação da internet. Pessoalmente não creio que seja o melhor caminho a criação de uma Guarda Nacional.

Seria no fundo uma manifestação em Brasília de desconfiança do sistema de segurança de forma total. Há comandos militares que assumiram os seus postos, como é o caso do general Tomás Miguel Paiva cujo pronunciamento recente foi forte e profundamente legalista.

Quanto às redes de comunicação, não se trata de censura prévia, mas da responsabilização dos autores das fake news que no fundo são uma bofetada na própria opinião pública, pois tentam fazer crer que aqueles que se sensibilizam pelas falsificações não têm capacidade de distinguir entre a verdade e mentira em 24 horas que sucedem as injeções em informações falsas e subversivas. Leis já existem para responsabilizar os autores dos atentados via internet. Não há necessidade de uma legislação adicional e excepcional. Basta aplicar a lei vigente no Brasil.

IANOMÂMIS – Realmente é uma catástrofe o que aconteceu com os povos ianomâmis da Amazônia ao longo do governo Jair Bolsonaro. Reportagem publicada no O Globo de ontem de autoria de Mariana Muniz e Alfredo Mergulhão expõe ampla e profundamente a execução de um projeto que levaria a tribo à morte, deixando espaço livre para o garimpo ilegal que opera na região.

Impressionante a intenção sinistra do abandono de seres humanos que necessitavam e necessitam de apoio do governo para sobreviver. A reportagem acentua a existência de suborno e lança uma sombra de suspeita por setores responsáveis pela calamidade.

AMERICANAS –  Bruno Rosa, João Sorima Neto e Vítor da Costa, O Globo, focalizam o escândalo das Lojas Americanas cujas dívidas elevam-se a mais de R$ 40 bilhões, principalmente com os bancos de primeira linha, como é o caso do Bradesco, BTG, Santander, Safra, Itaú e o Banco do Brasil.

Os bancos estão rejeitando a recuperação judicial que permite parcelamento do pagamento das dívidas. Entre os credores, a Upon, a Nestlé e até a própria Ambev, cujos acionistas controladores são os mesmos das Americanas. Mas por que os bancos especializados em operações de crédito de vulto não sabiam da real situação da empresa ? Algo a ser esclarecido.

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