Rodrigo Pacheco e Rogério Marinho lideram na disputa
A eleição que definirá quem irá presidir o Senado até janeiro de 2025 acontece na próxima quarta-feira (1º) e, por enquanto, o favorito para a disputa é Rodrigo Pacheco (PSD), que tenta a reeleição.
É possível, no entanto, que o cenário se reverta, já que o candidato Rogério Marinho (PL), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tem crescido em apoio. Também há chances de que haja traições dentro das bancadas, com senadores prometendo em votar em um candidato e escolhendo outro.
O voto é secreto.
Para vencer a eleição para o Senado, o candidato precisa de 41 votos;
Caso a quantidade não seja atingida, a votação vai para o segundo turno;
Quem vota em Rodrigo Pacheco?
Por enquanto, senadores da base de apoio do presidente Lula (PT) e dos partidos do centro – o que lhe confere em torno de 40 votos.
PSD: 14 senadores
MDB: 10 senadores
PT: 9 senadores
PDT: 3 senadores
PSB: 2 senadores
Cidadania: 1 senador
Rede: 1 senador
Quem vota em Rogério Marinho?
Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador conta com os votos da oposição, totalizando cerca de 23 votos. Há bancadas que ainda não se decidiram.
PL: 13 senadores;
PP: 6 senadores;
Republicanos: 4 senadores.
Por que Pacheco é um dos favoritos?
Por enquanto, Pacheco é quem mais tem votos;
PDT foi o primeiro a declarar apoio;
Segundo o partido, Pacheco “representa honradez e respeito às minorias”, teve “elegância no trato”, “correção na política” e foi “justo e correto” com a sigla;
Depois, PT e bancadas de apoio declararam o mesmo voto;
Motivo tem a ver com o “comportamento em defesa da democracia” durante os atos antidemocráticos de 7 de setembro de 2022 e de 8 de janeiro de 2023;
Parlamentares acreditam que ele terá de 50 a 55 votos.
Por que Rogério Marinho é um dos favoritos?
Segundo o presidente do PL, Marinho “deseja resgatar a independência e o protagonismo do Senado”;
Os três partidos abrigam políticos da base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL);
Marinho defende equilíbrio entre os Poderes;
Sinaliza possibilidade de acatar pedidos de impeachment contra ministros do STF - vistos como 'inimigos' de Bolsonaro.
Quem é Rodrigo Pacheco?
Nasceu em Porto Velho (RO), mas cresceu em Passos (MG);
Tem 44 anos;
Tornou-se advogado criminalista e defendeu políticos e empresários em ações como o mensalão;
Começou a carreira política no fim de 2014, ao ser eleito deputado federal por MG;
Na época, era do MDB;
Ganhou destaque e foi indicado para a presidência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça);
Migrou para o DEM e foi eleito senador em 2018;
Era apoiado por Jair Bolsonaro;
Atuou com perfil liberal para temas econômicos, mas não acompanhou o governo na pauta de costumes;
Foi acusado de defender interesses próprios ao trabalhar em prol de empresas de transporte rodoviário. Ele é ligado a duas companhias do ramo;
Atualmente, é do PSD.
Quem é Rogério Marinho?
Nasceu em Natal (RN);
Tem 59 anos;
É economista e atuou como professor da rede estadual de ensino;
Iniciou a carreira política como integrante do movimento estudantil universitário;
Foi eleito vereador de Natal pelo PSB em 2000;
Se elegeu como deputado federal em 2006, 2010 e 2014;
Teve papel importante na Reforma da Previdência ao ocupar o cargo de secretário especial da Previdência Social e Trabalho;
Em 2020, foi nomeado ministro do Desenvolvimento Regional do governo Bolsonaro;
Se elegeu como senador pelo PL em 2022.
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