Major da Polícia Militar liderou atos no QG e fugiu do DF após ataques do dia 8 de janeiro
Por Redação
Um major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal liderou o acampamento golpista em frente ao Quartel-General do Exército por mais de 60 dias e acabou fugindo depois dos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro. Cláudio Mendes dos Santos, 49 anos, chegou a comemorar, em mensagem de WhatsApp: "Ainda não 'tô'' preso".
O militar usava do título para endossar discursos a favor de uma intervenção. Ele era um dos líderes que mais discursava no palco improvisado montado em um caminhão no QG de Brasília e chegou a levar o filho de 8 anos para o acampamento. Se apresentando como major Cláudio Santa Cruz, se vangloriava por ter sido do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
As informações são do Metrópoles. No dia da posse de Lula (PT), o policial foi figura central de uma discussão entre os próprios apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que reclamaram de mais um pedido de dinheiro feito pelo Cláudio e o chamaram de covarde. “Só quer saber de Pix”, acusou um homem. Relembre:
Segundo o Portal da Transparência do Governo do Distrito Federal, o salário líquido do major da reserva, após os descontos, é de R$ 34.105,99. Nas redes sociais, que ele excluiu após os ataques bolsonaristas na Praça dos Três Poderes, o militar ainda informava que era instrutor de tiro.