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sábado, dezembro 21, 2019

Não tem lógica Flávio Bolsonaro pedir ao Supremo que suspenda as investigações


Resultado de imagem para flavio bolsonaro chargesPedro do Coutto      Charge de Aroeira (O Dia/RJ)
Realmente não tem a menor lógica o requerimento do senador Flávio Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal solicitando que a Corte suspenda a investigação sobre fatos surpreendentes que se desenrolaram em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Efetivamente não faz sentido, sobretudo porque encontra-se ele hoje no desempenho do mandato de senador, mas só é protegido pelo foro por crimes cometidos no atual mandato, e os fatos não possuem vínculo com seu atual trabalho no Senado.
As acusações concentram-se também em torno de Fabrício Queiroz, que não consegue dar explicações razoáveis sobre a movimentação de dinheiro em sua conta e também qual o destino que os recursos teriam no final da linha.
CONTRADIÇÕES – Reportagem de O Globo nesta sexta-feira, de autoria de André de Souza e João Paulo Saconi, focaliza o assunto tão contraditório quanto os personagens envolvidos na rede de repasses. Mesmo sendo ele um dos acusados diretos, mais uma vez se estranha o interesse do senador em conter as investigações.
Flávio Bolsonaro, depois das matérias publicadas em O Globo, na Folha de São Paulo e no Estadão, deveria ser o primeiro a querer o esclarecimento total do episódio, principalmente para que nenhum reflexo pudesse recair sobre sua conduta. Agindo em contrário, o parlamentar fica exposto a conjecturas que poderão considerá-lo parte do esquema denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.
O pior é que Flávio Bolsonaro identifica na citação de seu nome uma manobra política para atingir seu pai, o presidente da República. Casos assim devem ter totalmente concluídas as investigações, sob pena de se pensar que houve perseguição política ou favorecimento.
OUTRO ASSUNTO – Reportagem de Geralda Doca, também na edição de ontem de O Globo, destaca que no mês de novembro foram gerados 99.232 empregos com carteira assinada. Ótimo resultado, mas para que seja completa a informação, é necessário confrontar-se os empregos que se abriram e os postos de trabalho cortados no mesmo mês. Esta é uma etapa para o raciocínio. Mas há outras estradas capazes de fornecer o verdadeiro resultado concreto no confronto entre as duas tendências.
Furnas, por exemplo, emitiu 1042 empregados na primeira quinzena de dezembro. Claro que esses 1042 postos de trabalho não ocorreram em novembro, mas representa de fato uma tendência que não se reverteu como avanço sob o ângulo econômico social. Isso de um lado.
De outro a recuperação do mercado de trabalho depende também da renda proporcionada pelos novos contratos, porque é possível que o número de empregos com carteira aumente mas a renda fique estagnada ou até diminua. Depende dos padrões salariais. Eis aí uma pesquisa extremamente importante.

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