A administração de Deri do Paloma foi marcada por um desastre anunciado, fruto de uma gestão que acreditou estar acima da lei e da ordem. Deri errou ao subestimar as consequências de seus atos, confiando na impunidade e no poder que acreditava ser absoluto.
Mas seria justo culpar apenas o ex-prefeito? Não. A omissão dos vereadores foi um fator decisivo para o caos administrativo que se instalou em Jeremoabo. Desde o início, caberia à Câmara Municipal cumprir sua função fiscalizadora, instaurando uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar e coibir os desvios. Se isso tivesse sido feito a tempo, Jeremoabo não teria sofrido tanto.
A negligência do Legislativo custou caro. O município foi prejudicado em áreas cruciais como saúde, educação e infraestrutura. A falta de medicamentos, escolas em condições precárias e ruas esburacadas são reflexos de uma gestão desastrosa que não encontrou resistência onde deveria: nos representantes do povo.
Enquanto o povo de Jeremoabo não exercer plenamente seu direito de cidadania, exigindo que os vereadores cumpram seus deveres de fiscalizar e denunciar irregularidades, a história tende a se repetir. Não basta culpar o prefeito ou os vereadores; é preciso reconhecer que a responsabilidade também recai sobre quem os elegeu.
O futuro de Jeremoabo depende de uma mudança de atitude. É hora de aprender com os erros do passado e exigir uma gestão comprometida com a transparência, o bem-estar da população e o progresso do município.