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terça-feira, maio 16, 2023

Petrobras abandona a criminosa paridade de importação nos preços dos combustíveis

Publicado em 16 de maio de 2023 por Tribuna da Internet

Jean Paul Prates, indicado à Petrobras, renuncia ao mandato de senador

Prates tentou recuar, mas teve de atender a Lula

Anelise Gonçalves e Nicola Pamplona
Folha

A Petrobras divulgou, nesta terça-feira (16), sua nova política de preços de combustíveis, em substituição à PPI (paridade de importação), que definia reajustes da gasolina e do diesel com base em simulações sobre o custo de importação dos produtos. O novo modelo deixa de considerar o custo de importação e mira a busca por clientes e o custo de oportunidade de venda dos produtos, como já vinha sinalizando o presidente da estatal, Jean Paul Prates. A expectativa é que contribua para reduzir os preços no país.

A Petrobras não deixará de acompanhar as cotações internacionais do petróleo e seus derivados e diz que os reajustes continuarão sem periodicidade definida, “evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

MAIS COMPETITIVA – Em comunicado, Prates repetiu que a estratégia comercial tornará a Petrobras mais eficiente e competitiva, atuando com mais flexibilidade para disputar mercados com seus concorrentes.

“Vamos continuar seguindo as referências do mercado, sem abdicar das vantagens competitivas de ser uma empresa com grande capacidade de produção e estrutura de escoamento e transporte em todo o país”, afirmou.

A política do PPI foi implantada no governo Michel Temer, como estratégia para blindar a estatal contra ingerências políticas após um período de represamento de preços que trouxe grandes prejuízos à companhia durante a campanha para a reeleição de Dilma Rousseff, em 2014.

REPASSES INDEVIDOS – Seus críticos, porém, diziam que a política penalizava o consumidor ao repassar para o mercado interno custos como o transporte dos combustíveis até o país e as volatilidades do mercado internacional de petróleo.

No comunicado distribuído nesta terça, a Petrobras defende que a nova política “mantém um patamar de preço que garante a realização de investimentos previstos no Planejamento Estratégico, sob a premissa de manutenção da sustentabilidade financeira da companhia”.

“A Petrobras reforça seu compromisso com a geração de valor e com sua sustentabilidade financeira de longo prazo, preservando a sua atuação em equilíbrio com o mercado”, completa a companhia.

GRUPO GESTOR – Os reajustes continuarão a ser definidos por um grupo formado por dois diretores e pelo presidente da estatal, com acompanhamento do conselho de administração, que é hoje mais alinhado ao governo do que em gestões anteriores.

A empresa não divulgou uma fórmula de precificação dos combustíveis. Diz que os valores serão definidos com base nas alternativas de suprimento, ou seja, a concorrência, e no custo de oportunidade, isto é, por até qual valor a estatal poderia vender o produto.

A decisão foi comemorada nesta terça por sindicatos que apoiaram a campanha do presidente da República. “Depois de quase sete anos assombrando o povo brasileiro, o pesadelo chega ao fim”, disse o coordenador-geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros), Deyvid Bacelar.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – 
Quando o governo acerta, é uma alegria parabenizá-lo. Lula prometeu e cumpriu. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que é ligado ao mercado do petróleo, ainda tentou recuar, mas não foi possível. Vamos ver se o governo do PT seguirá em frente, porque ainda falta reorganizar o setor de refino, que só produz 78,2% dos combustíveis aqui utilizados, embora o país seja autossuficiente na produção. É nessa injustificada importação de combustíveis que mora o perigo e tem mais corrupção do que nos demais setores da estatal, onde trabalhei por vários anos. Mas quem se interessa? (C.N.)


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