Apelidada de "primeira-combatente" e defensora do chavismo, mulher de Nicolás Maduro chegou a presidir a Assembleia Nacional do país entre 2006 e 2011
Em uma visita que foi considerada “histórica” por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente brasileiro recebeu o líder venezuelano, Nicolás Maduro, nesta segunda-feira (29), no Palácio do Planalto.
O encontro também contou com a participação das primeiras-damas do Brasil, Rosângela Silva, a Janja, e da Venezuela, Cilia Flores.
Nome conhecido na política venezuelana e uma das mulheres mais poderosas de seu país, a carreira política da “primeira-combatente”, como ficou conhecida Cilia, remonta ao ano 2000, quando foi eleita pela primeira vez como deputada na Assembleia Nacional. Atualmente, ela tem 66 anos.
Cilia foi reeleita deputada em 2005 e chegou a ocupar a presidência da Casa entre 2006 e 2011.
Advogada e chavista (defensora da ideologia de esquerda ligada ao ex-presidente Hugo Chávez), Cilia Flores foi nomeada procuradora-geral da Venezuela em 2012.
Pouco depois, em 2015, voltou a assumir um mandato de deputada no país, permanecendo no cargo até 2017, quando renunciou para compor a comissão que viria a criar a Assembleia Nacional Constituinte, naquele mesmo ano.
Cilia se casou com Nicolás Maduro em 2013. Antes disso, foi casada com o advogado Walter Ramón Gavidia, com quem teve três filhos.
Em 25 de setembro do ano passado, a primeira-dama venezuelana foi incluída em uma lista de sanções pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos por suspeita de corrupção.
Maduro pede diálogo permanente com o Brasil
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira (29) que seu país está “de portas abertas” para a retomada das relações com empresários brasileiros.
“A Venezuela, hoje, está preparada para que retomemos as nossas relações virtuosas junto a investidores e empresários brasileiros. A Venezuela está de portas abertas, com plenas garantias ao empresariado, para que voltemos ao tempo de investimentos e crescimento econômico”.
Após reunião bilateral com Lula, Maduro criticou a forma como as relações entre Brasil e Venezuela foram “fechadas” nos últimos anos e disse esperar que as portas de seu país com o Brasil “nunca mais se fechem” e que as duas nações “precisam estar unidas”.
“Estou muito feliz de estar no Brasil, vejo com olhos positivos, amamos a história do povo brasileiro e esperamos que nunca mais ninguém feche as portas do Brasil com a Venezuela. Brasil e Venezuela precisam estar unidos, de aqui por diante e para sempre”.
CNN