Os dois municípios vêm sofrendo as consequências do transboradamento do rio Vaza Barris e do Açude de Cocorobó
Muitos moradores, comerciantes e produtores rurais das cidades de Canudos e Jeremoabo no Nordeste da Bahia relatam sérios prejuízos após o grande volume de água das chuvas dos últimos invadir residências, lojas e propriedades rurais, principalmente no perímetro irrigado de plantação de banana que está com 80% da área comprometida.
Lideranças políticas dos dois municípios receberam na visita do governador Jerônimo Rodrigues que in loco pode constatar o sofrimento das pessoas pelo ar, quando sobrevoou a área e por terra onde conheceu o açude que recebeu volume histórico de água e veio a sangrar, algo que não acontecia há duas décadas, juntando a problemática do transbordamento do rio Vaza-Barris fez com que os dois municípios decretassem estado de emergência.
Mesmo depois de receberem o governador, lideranças dos dois municípios viajaram para Salvador nesta segunda-feira, 08, onde juntamente com o deputado estadual Alex da Piatã (PSD) foram até a Superintendência do DNOCS (Departamento Nacional Obras Contra Seca) e que neste caso vai atuar para encontrar solução para amenizar o sofrimento em consequência da enchente.
No DNOCS o parlamentar esteve acompanhado por cerca de 15 lideranças dos dois municípios e foram recebidos pelo superintendente Rafael Guimarães de Carvalho que ouviu atentamente o relato do prefeito Jilson Cardoso de Macedo (PSD) e o ex-prefeito Gel, do Município de Canudos e de Jeremoabo do ex-prefeito Tista, ex-prefeita Anabel, vereador e presidente da Câmara Cacá e os colegas de parlamento: Eriks, Chaves e Dedé. A deputada Fátima Nunes também marcou presença no decorrer da reunião.
Antes de se reunirem no DNOCS a comitiva esteve reunida com o senador e presidente estadual do PSD Otto Alencar para pedir que ele interfira junto ao Governo Federal e ele prontamente manteve contato com Rafael Guimarães e pediu que o órgão faça um diagnóstico do que aconteceu, já sabendo que as perdas foram muito grandes, comentou sobre a ida do governador àquela região e vai tomar as providências para que se repare os danos.
Os lideres puderam mostrar em fotos e videos a real situação, a exemplo da comunidade rural do Canché em Jeremoabo, onde o vereador Sidney faz um comovente vídeo ao lado de Tista, quando visitaram a casa do professor Marinaldo que está submerso e perdeu praticamente tudo.
O vereador se comprometeu ao afirmar que irá fazer seu papel através de requerimento com pedido de providências junto aos órgãos competentes.
Tista se mostrou preocupado ao visitar o local atingido pela enchente onde segundo ele tinha visto em fotos.
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Nota da redação deste Blog - Agora observem a inversão de valores:
A prioridade em tempos de calamidade: amenizar o sofrimento ou festas juninas?
Enquanto Jeremoabo ainda sofre as consequências da enchente, com famílias desalojadas e desabrigadas, a postura do prefeito causa indignação. Em vez de concentrar esforços em ações para amenizar o sofrimento da população, ele se dedica a divulgar em redes sociais e programas de rádio as bandas já contratadas para os festejos juninos.
É importante lembrar que o município decretou situação de calamidade pública, o que significa que a prioridade absoluta deve ser o atendimento às necessidades básicas da população afetada. Gastos com festas, neste momento, são considerados desnecessários e imorais.
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) é claro: em situação de calamidade pública, os gastos com festas públicas são proibidos. A prioridade é resolver a situação de emergência e garantir o bem-estar da população.
Além da calamidade pública, outros fatores também impedem gastos com festas:
- Salários atrasados: Se o município não está em dia com o pagamento dos servidores, não há justificativa para investir em eventos festivos.
- Sobrepreço: Gastos com valores acima do mercado, sem licitação ou com indícios de irregularidades, também são vedados.
- Falta de transparência: A gestão dos recursos públicos deve ser transparente e acessível à população.
- Desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal: A Lei impõe limites e critérios para gastos públicos, visando a sustentabilidade das contas públicas.
É inadmissível que, em meio a tanto sofrimento, o prefeito insista em realizar festas juninas. A população de Jeremoabo precisa de ações concretas para superar este momento difícil. As prioridades devem ser:
- Auxílio às famílias desalojadas e desabrigadas: Fornecer abrigo, alimentação, água potável, roupas e itens de higiene pessoal.
- Recuperação da infraestrutura: Reparar os danos causados pela enchente nas casas, ruas, pontes e outros equipamentos públicos.
- Prevenção de novas enchentes: Investir em medidas que minimizem os riscos de futuros eventos climáticos extremos.
A população de Jeremoabo merece um gestor que esteja à altura dos desafios e que coloque o bem-estar da comunidade em primeiro lugar.
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