Publicado em 27 de abril de 2024 por Tribuna da Internet
Pedro do Coutto
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) do IBGE, cujos dados sobre segurança alimentar no país foram divulgados nesta quinta-feira, revelaram que a fome no Brasil recuou em cinco anos. O percentual de lares sob algum grau de insegurança alimentar caiu para 27,6% em 2023. Ainda assim, os números revelam que o país retrocedeu no horizonte de dez anos. Há mais lares sem quantidade e qualidade adequada de alimentos do que se via em 2013 (22,6%).
A classificação da existência da fome é difícil de ser estabelecida, embora reconheça-se que ainda hoje atinja 8,6 milhões de brasileiros e brasileiras. O problema é complexo, pois é difícil determinar as faixas de insegurança alimentar, ou seja, os que não têm certeza que poderão se alimentar no dia seguinte.
CRITÉRIOS – Essa redução forçada pelos fatos e pela falta de recursos para adquirir os produtos varia e não é fácil alinhar critérios fixos e claros que não gerem dúvidas até para quem realiza as pesquisas. A angústia gerada aos que se incluem nessas faixas é terrível, inclusive para pais e mães de família que ficam em uma situação de desespero diante da realidade que cerca e impede com que seus filhos sejam alimentados.
A questão só pode ser resolvida com o aumento do nível de empregos, que tem avançado com o governo atual, e com os salários enfrentando, de fato, os índices inflacionários que são os devoradores do consumo de alimentos.
O índice de pessoas com fome, embora alarmante, é menor do que o atual governo encontrou no início de suas gestão, resultado de programas que têm dado certo. Porém, o índice que revela a quantidade absurda de pessoas ainda com fome é um indicador muito grave, apesar dos avanços nas melhorias sociais. Vejamos se o governo consegue melhorar a questão até o final deste seu mandato.