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sábado, julho 30, 2022

Na pesquisa espontânea, Datafolha comprova que nada mudou, tudo continua como antes

Publicado em 30 de julho de 2022 por Tribuna da Internet

TRIBUNA DA INTERNET

Charge do Newton Silva (newtonsilva.com)

Carlos Newton 

Sabe-se lá por quê, é impressionante o prestígio do Instituto Datafolha, que não é melhor nem pior do que os outros, basta lembrar a última eleição para o Senado em Minas Gerais, quando a candidata Dilma Rousseff foi dada como eleita por antecedência, favoritíssima até na boca de urna, mas de repente deu uma ventania, ela não soube estocá-la e acabou em humilhante quarto lugar.

Mesmo assim, com desprezível nível de acerto, a pesquisa DataFolha é sempre aguardada com inusitada expectativa, até parece o Oráculo de Delfos. Desta vez, até o senador Renan Calheiros estava indócil, alegando que os números iriam destruir a candidatura de Simone Tebet e era melhor o MDB ir logo apoiando Lula.

E VEIO A PESQUISA… – Para fazer mais suspense do que o Hitchcock, o Datafolha solta seus números em capítulos. Na quarta-feira, dia 28, deu início com os resultados entre jovens e mulheres, uma chatice. Somente na quinta-feira chegaram ao que interessa, e o resultado foi decepcionante.

Bem, o Datafolha diz que Lula já teria votos válidos para ganhar no primeiro turno, com 47%, enquanto Bolsonaro (PL) vem com bem menos, 29%; Ciro (PDT), 8%; Simone (MDB), 2%; Janones (Avante), Marçal (Pros) e Vera Lúcia (PSTU) apenas 1%.

Mas isso foi na pesquisa estimulada, em que o leitor recebe a lista dos candidatos para escolher. É um indicativo de baixa confiabilidade, que favorece os nomes que estiveram no alto da relação especialmente o primeiro candidato listado.

A PESQUISA REAL – A única pesquisa que interessa é a espontânea, em que o entrevistador indaga, como primeira pergunta: “Em quem você vai votar?”.

E o resultado foi desanimador. Lula continua em 38%; Bolsonaro empacou em 26%, Ciro Gomes registra 3%, Simone Tebet 1%, e o resto “non ecziste”, diria Padre Quevedo.

Em tradução simultânea, pode-se afirmar que a eleição continua indefinida. Lembrem-se de que, no primeiro turno de 2002, Lula teve 46,44% dos votos válidos. Em 2006, aumentou um pouquinho, foi para 46,662. Quando a Bolsonaro, no primeiro turno de 2018 teve 46,03%.

Ou seja, a pesquisa espontânea mostra que Lula precisa recuperar cerca de 8% para voltar a seu patamar costumeiro de 46%. E Bolsonaro – “Oh, coitado!” – tem de buscar 20% para voltar aos bons tempos de 2018.

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P.S. – Quanto a Ciro Gomes e Simone Tebet, faltam seis dias para decidir se vão formar uma chapa para ter chances de vitória, ou se disputarão separados,  sem a menor chance, destinados a ficar quatro anos fora da política, a não ser que pretendem disputar eleições municipais em 2024. (C.N.)

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