Autor: Marcelo do Sindicato
A tradição é coisa simples não precisamos de ostentação para sermos tradicionalistas.
Tradição é herança, vem de família, eu diria que é coisa de berço; eu vejo do seguinte princípio, todas as famílias estruturadas iniciam-se a partir dos ensinamentos e educação de seu país, estado e município bem com de seus ancestrais, tais como: andar, falar, respeitar cada um o seu espaço, escola, igreja e isso tudo em seus estágios de cada ciclo.
Todos os povos do mundo têm suas tradições independente a qual continente pertençam, todos têm sua história, é aí onde aparece a tradição de cada um.
Em resumo tradição é cultura, e tradição sem cultura vai se extinguindo até se findar, isto é, uma segue a outra, lado a lado através dos tempos, devemos ter consciência disso que nunca a tradição anda sozinha, ela precisa de união, e por que não dizer patriotismo.
O tradicionalismo é um estado de consciência que busca preservar os costumes de um povo, do um passado sem nunca entrar em conflitos com o progresso, mesmo sabendo que tudo muda, como a exemplo da internet e a globalização que vieram para tornar nossas vidas mais fácies. Mesmo tendo o amadurecimento e a certeza de que nada disso muda nossa tradição, mais serve para auxiliar, e nos apoiar nas divulgações, mas nunca devemos deixar de lado o nosso verdadeiro objetivo, que é o de transmitir aos nossos descendentes a nossa tradição.
Nos nossos festejos juninos local, aqui do município de Jeremoabo/BA sempre tivemos festas no dia 24 de junho, que é justamente o dia do nosso padroeiro ‘’ SÃO JOÃO BATISTA”, infelizmente esse ano em decorrência de mudanças feitas pela a atual gestão que vinha categoricamente prometendo de resgatar o tradicional “São João” do nosso povo, foi extinta a festa do dia 24/junho, dia em que há mais de 200 anos seguidos se comemora o dia de “São João Batista” nosso padroeiro, e principal (festa cultural) do povo de Jeremoabo/BA, assassinando assim de forma violenta e sanguínea a “tradição” de nosso povo.
Não sei se agindo assim os príncipes da sagrada mudança irão concretizar o resgate de nossas festas tradicionais como fora prometido e explorado em campanha que parece-me que apenas tinha o intuito de dividir para conquistar o trono. Diante desse insulto a nossa cultura, o que se entende, é que as coisas estão sendo feitas de acordo com determinadas vontades de uma minoria com complexo de maioria, que trazem consigo o ranço do império que tem como norma inabalável impor suas próprias regras e costumes, como diz o ditado - “manda quem pode e obedece quem tem juízo”.