Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

quarta-feira, abril 03, 2019

Delegados federais lança livro sobre a “institucionalização” do crime no Brasil


Imagem relacionada
A Lava Jato começou a seu investigada neste posto de gasolina
Celso Serra
Nesta quinta-feira, dia 4, haverá o lançamento do livro “Crime.Gov”, dos delegados federais Jorge Barbosa Pontes e Márcio Anselmo , sobre a “criminalidade institucionalizada” no Brasil, que foi revelada pela Operação Lava Jato. Tudo começou em 2009, quando a Polícia Federal começou a investigar lavagem de dinheiro em um posto de gasolina de Brasília, conhecido como “Poste da Torre”, por ficar perto da antena de TV na cidade..
Responsável pela investigação, Anselmo e sua pequena equipe começaram a puxar o fio da meada, que nunca mais parou de se desenrolar. A primeira investigação de crimes de lavagem de dinheiro envolveu o então deputado federal José Janene, do PP paranaense, com base eleitoral em Londrina e que atuava com os doleiros Alberto Youssef e Carlos Habib Chater.
NA ERA DO PT – O delegado Jorge Barbosa Pontes ficou conhecido nacionalmente quando denunciou  a “criminalidade institucionalizada no governo do PT”.  Pontes é formado pela Academia Nacional do FBI em Virgínia, coordenou a Interpol no Brasil, trabalhou com adido da Polícia Federal em Paris e recentemente foi nomeado pelo ministro Sérgio Moro para ocupar o cargo de diretor de Ensino e Estatística da Secretaria Nacional de Segurança Pública, braço do Ministério da Justiça.
Em seu livro, Pontes e Ancelmo defendem a tese da existência desse novo fenômeno da criminologia, o crime institucionalizado,“um flagelo a ser enfrentado, mais problemático, e localizado ainda acima do crime organizado convencional.
PORTA DE FERRO – Em novembro de 2017, em entrevista ao Estadão, Pontes alertou para delegados “abduzidos” pelo poder político. Ele afirmou que o País queria “ouvir o barulho de uma porta de ferro da cadeia trancando senadores, governadores e deputados”. E disse que “a Lava Jato nunca correu tanto risco”. Afirmou, ainda, que “assessorar alguns políticos é mais comprometedor do que se associar à boca de fumo.”
Segundo a revista Exame, após 30 anos de PF, primeiro como agente federal, depois como delegado, Jorge Barbosa Pontes leva no currículo passagens por setores estratégicos da corporação e investigações complexas numa época em que os recursos eram escassos.
DOSSIÊ CAYMAN – Por exemplo, foi ele quem descobriu a farsa do célebre ‘Dossiê Cayman’, um punhado de papéis montados por estelionatários que pretendiam vender a opositores informações forjadas contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, durante a campanha eleitoral de 1998. Por causa do dossiê, o pastor Caio Fábio foi processado e condenado a quatro anos de prisão.
Pontes foi o autor da proposta que originou a criação da unidade especializada da Polícia Federal que combate à delinquência ambiental no país.
Recentemente, foi nomeado para a Diretoria de Ensino e Estatística da Secretaria Nacional de Segurança Pública, e recebeu do ministro da Justiça, Sérgio Moro, a missão de ‘pensar e repensar’ a formação e o treinamento das polícias.
O livro “Crime.Gov” será lançado nesta quinta-feira na livraria da Travessa, no Shopping Leblon, a partir das 18 horas.

Em destaque

Autor do livro mais vendido do Brasil marca presença em Juazeiro, Bahia

Junior Rostirola, autor da obra "Café com Deus Pai", segue em seu tour nacional e marcará presença em Juazeiro, Bahia, no dia 26 d...

Mais visitadas