Publicado em 13 de fevereiro de 2025 por Tribuna da Internet

Desde a Lava Jato não se combate corrupção, diz Brandão
Deu na CNN
O Brasil caiu para a 107ª posição no mais recente Índice de Percepção da Corrupção, divulgado pela Transparência Internacional. Em entrevista à CNN, o diretor executivo da organização, Bruno Brandão, detalhou os fatores que levaram à queda do país no ranking.
O índice, considerado o mais abrangente e tradicional medidor de corrupção no mundo, é baseado na percepção de especialistas sobre o problema em 180 países e territórios.
EMENDAS SECRETAS – Brandão explica que, devido à natureza oculta da corrupção bem-sucedida, o índice se baseia em avaliações de empresários, investidores, juristas e acadêmicos que estudam ou trabalham com o tema.
Um dos principais fatores destacados por Brandão para a queda do Brasil no ranking é o uso indevido de emendas parlamentares.
O diretor executivo aponta três impactos sistêmicos desse esquema: 1) Destruição da capacidade do Brasil de formular políticas públicas com bases técnicas; 2) Explosão da corrupção no nível local, com bilhões de reais sendo direcionados a municípios sem capacidade de controle; 3) Distorção no processo eleitoral, com a reeleição favorecida para quem tem acesso às emendas.
RECEITA ANTICORRUPÇÃO – Brandão ressalta que os países bem-sucedidos no combate à corrupção compartilham três elementos essenciais: 1) Instituições sólidas, confiáveis e democráticas; 2) Leis eficazes que permitem o enfrentamento e a prevenção da corrupção; 3) Uma cidadania bem informada, consciente, livre e ativa na defesa de seus interesses e direitos.
O diretor enfatiza que, embora a receita seja simples de compreender, sua aplicação é desafiadora.
Para o Brasil melhorar sua posição no ranking, será necessário um esforço conjunto de fortalecimento institucional, aprimoramento legislativo e engajamento cidadão na luta contra a corrupção.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – No caso do Brasil, tudo isso funciona como uma belíssima Piada do Ano. Por obra e graça do Supremo, a corrupção não é mais punida no Brasil, as ações se arrastam de tal maneira que os crimes acabam prescrevendo. Quando chega a haver condenação, como no caso de Paulo Maluf, prevaleceu a prisão domiciliar, porque ele alegou ter câncer. Na verdade, foi câncer de próstata, que ele operou em 1990, e ficou curado. Apesar disso, deram a ele a prisão domiciliar, sem uso de tornozeleira. Ah, Brasil!!! (C.N.)