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quarta-feira, julho 19, 2023

Arcebispo de Salvador realiza missa em memória de madre baiana em processo de beatificação

Quarta-Feira, 19/07/2023 - 10h20

Por Redação

Arcebispo de Salvador realiza missa em memória de madre baiana em processo de beatificação
Foto: Arquidiocese de Salvador

O Cardeal Dom Sérgio da Rocha, vai presidir nesta quarta-feira (19), uma missa em memória dos 308 anos da morte da Madre Vitória da Encarnação, religiosa que está em processo de beatificação e canonização sob responsabilidade da Arquidiocese de Salvador, com o apoio das Clarissas. 

 

A madre baiana era apontada por alguns estudiosos como inspiração religiosa de Irmã Dulce, primeira santa brasileira, canonizada em 2019. Alguns devotos e fiéis apontaram que a religiosa realizou alguns milagres. Um relato apontou que ela tinha o dom de sonhar com pessoas necessitadas e, em seguida, enviava ajuda. A Madre também era procurada quando as Irmãs do convento enclausuradas recorriam para encontrar objetos perdidos e eram encontrados. 

 

Caso seja beatificada, a Madre pode participar do processo de santificação e se tornar a segunda santa brasileira reconhecida pelo Vaticano. A causa da beatificação possui um postulador, que atua como uma espécie de advogado e tem a missão de investigar a vida do candidato à beatificação para verificar seu testemunho de vida e de santidade. 

 

Ao ser iniciado o processo, em 2019, começaram oficialmente os estudos históricos sobre a época em que a religiosa viveu e a busca por documentos relativos a ela como, por exemplo, o diário do Convento, possíveis cartas ou testemunhos.

 

Madre Vitória da Encarnação nasceu na cidade de Salvador, então capital do Brasil colonial, em 6 de março de 1661, sendo batizada no mesmo ano na antiga Sé da Bahia. 


 

Em 1675, quando Vitória estava com 14 anos, seu pai desejou enviá-la, juntamente com sua irmã mais velha, Maria da Conceição, para um convento nos Açores, em Portugal, porém a menina se recusou, dizendo que preferia que lhe cortassem a cabeça do que ser enviada para um convento.

 

A madre vivia na capital baiana, naquela época, um jesuíta de muita piedade a quem o povo venerava como santo já em vida e tinha fama de ser um profeta, o padre João de Paiva. Foi a ele que o pai de Vitória recorreu aflito ao perceber que sua filha havia tomado aversão às coisas sagradas, pedindo ao padre que rezasse por ela. O padre João o acalmou dizendo que a menina seria, no futuro, uma grande religiosa

 

A missa em honra da religiosa vai acontecer nesta manhã, no Convento Santa Clara do Desterro. 

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