Publicado em 5 de março de 2023 por Tribuna da Internet
Mirelle Pinheiro e Carlos Carone
Metrópoles
José Rainha, líder da Frente Nacional de Luta (FNL), foi preso pela Polícia Civil de São Paulo, neste sábado (4/3), por suspeita de extorsão a proprietários rurais na região do Pontal do Paranapanema (SP). Na ação, os investigadores apreenderam armas. A suspeita é de que os armamentos tenham sido usados em conflitos agrários e invasões.
A FNL confirmou a prisão de Rainha, que é ex-líder do Movimento de Trabalhadores Sem-Terra (MST), e de Luciano de Lima, outra liderança do movimento. A Frente defendeu, no entanto, que a ação da polícia tem “cunho político”.
EXTORSÕES – A polícia informou que os principais alvos de mandados judiciais exigiam vantagens financeiras de fazendeiros e nega que a operação esteja relacionada com as recentes invasões de terras. De acordo com as investigações, os suspeitos teriam feito pelo menos seis vítimas.
“As prisões preventivas têm como objetivo a interrupção do ciclo delitivo e promoção de prevenção geral e paz no campo. É importante ressaltar que em nada se confundem com os atos decorrentes do Carnaval de 2023, quando um grupo invadiu nove propriedades rurais, mas sim visa a apuração do ciclo de violência decorrentes de extorsões e dos disparos de arma de fogo, incluindo fuzil, o que colocou em risco indeterminado de pessoas”, detalhou a PCSP, por meio de nota.
Na visão da FNL, a ação, porém, está relacionda com as ocupações do Carnaval Vermelho, sendo “um ato de retaliação aos lutadores do povo sem terra”.
CARNAVAL VERMELHO – “A FNL ganhou força nos últimos anos ao realizar jornadas de luta no carnaval. O objetivo do Carnaval Vermelho é trazer para a discussão à contradição de sermos um dos países que mais produz alimentos no mundo, porém temos mais de 125 milhões de brasileiros com alguma insegurança alimentar, sendo 58% dos brasileiros e brasileiras, e o mais grave, são mais de 33 milhões com insegurança alimentar severa”, diz o texto.
A FNL também afirma que Rainha tem o “direito de responder à acusação que for, em liberdade, não há fundamento para uma prisão”. “Exigimos a imediata liberdade e convocamos todos aqueles que lutam a se solidarizar, pois não podemos tolerar que o Estado haja de maneira arbitrária contra quem luta.”
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também confirmou a prisão pelas redes sociais.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como dizia o Barão de Itararé, agora temos o MST 1, petista, e o MST 2, extorquista, em meio à mais completa esculhambação. (C.N.).