Apontado como um dos operadores das offshores criadas pela Odebrecht, Duran recebeu R$ 36 milhões de empreiteiras investigadas na Lava Jato
atualizado 27/03/2023 18:22
O advogado Rodrigo Tacla Duran, um dos alvos da Operação Lava Jato, depôs à Justiça Federal na tarde desta segunda-feira (27/3). Em seu depoimento, relatou crime de extorsão praticado pela operação e envolveu nas acusações o deputado Deltan Dallagnol (Podemos) e o senador Sergio Moro (União Brasil)
Apontado como um dos operadores das offshores criadas pelo “departamento de propina da Odebrecht”, Tacla Duran recebeu R$ 36 milhões de empreiteiras investigadas na Lava Jato, entre elas, a UTC, Mendes Júnior e EIT.
Além de Dallagnol e Moro, o advogado citou em sua oitiva o advogado Carlos Zucolotto e o cabo eleitoral Fabio Aguayo.
O depoimento foi encerrado para “evitar futuro impedimento”, uma vez que foram citados os nomes de parlamentares. Assim, o juiz determinou, no texto, “certa a competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal”.
A intimação para depoimento, expedida pela 13ª Vara Federal de Curitiba em fevereiro deste ano, veio após o juiz Eduardo Fernando Appio revogar a ordem de prisão preventiva de Tacla Duran. A decisão derrubou uma ordem judicial de prisão assinada pelo próprio Moro.
Tacla Duran chegou a ficar preso por três meses na Espanha – ele é descendente de espanhóis – em 2016. O advogado foi solto provisoriamente depois de recorrer à Justiça espanhola.
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