Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

terça-feira, maio 05, 2020

Generais Heleno, Braga e Ramos são chamados a depor em defesa de Sérgio Moro


Governo descarta 'ação agressiva' contra Venezuela e diz que papel ...
Advogado de Moro vai pedir a gravação da reunião ministerial
Carlos Newton
O inquérito inicialmente aberto no Supremo contra o ex-ministro Sérgio Moro de repente de feição e está se transformando em processo criminal contra o presidente Jair Bolsonaro, segundo reportagem de O Globo, assinada pelos excelentes jornalistas Bela Megale e Aguirre Talento. A investigação é sigilosa, mas não há como evitar vazamentos num sessão em que havia mais de dez pessoas na sala.
Os repórteres conseguiram informações mínimas, mas que se completam e deixam claro que o presidente Jair Bolsonaro cometeu o maior erro de sua vida ao chamar de mentiroso o então o ministro da Justiça e Segurança Pública e mandar o procurador-geral da República, Augusto Aras, abrir inquérito contra Moro, com a máxima urgência.
REALIDADES APARENTES – Em sua ignorância jurídica, Bolsonaro agiu baseado em realidades aparentes, superdimensionando os poderes de que dispõe na Presidência da República e as prerrogativas do cargo. Na sua visão estreita e desfocada, o chefe da nação pensa (?) que pode tudo e os demais poderes (Supremo e Congresso) têm de se curvar às suas ordens.
Assessorado pelo ministro Jorge Oliveira, aquele major da PM que estudou Direito e se diz “jurista”, Bolsonaro julga (?) ter direito a acessar o andamento de inquéritos que lhe interessem, mas não existe nenhuma lei que o permita.
A única legislação existente refere-se a “relatórios de Inteligência”, ou seja, somente assuntos do maior interesse nacional, sem abrir idêntica oportunidade em relação a meros inquéritos policiais, como os que tramitam na Polícia Federal.
GEN. HELENO AVISOU – Bela Megale e Aguirre Talento divulgaram que a decisão de Bolsonaro demitir o diretor da Polícia Federal, Mauricio Valeixo, foi comunicada a Moro numa reunião do Conselho de Ministros. Na ocasião, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, explicou a Bolsonaro que ele não podia, como presidente, requisitar relatórios de inquéritos do seu interesse, mas o presidente ficou irredutível.
Moro disse que a reunião, dia 22 de abril foi gravada pelo Planalto, e pediu a requisição da fita. Detalhe importante: no dia da demissão do ministro, Bolsonaro chegou a citar essa gravação, disse que ia exibi-la para desmascarar Moro, mas até agora não o fez.
Além de Augusto Heleno, a defesa de Moro também convocou  a prestar depoimento os generais Braga Netto (Casa Civil) e Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), que também presenciaram as iniciativas de Bolsonaro para interferir na Polícia Federal.  E o procurador Aras já requisitou a gravação e pediu o depoimento dos três ministros.
###
P. S. 1
 – Não se trata de um simples inquérito. Como é conduzido por um ministro do Supremo, ao mesmo tempo já é um processo, que investiga simultaneamente Moro e Bolsonaro, e o presidente não tem possibilidades de escapar. Se entregar a gravação, estará liquidado. Caso se recuse a entregá-la, os generais l Heleno, Braga e Ramos vão depor e não faltarão com a verdade. Ou seja, ficará reforçada a confissão de culpa que o presidente Bolsonaro fez em pronunciamento à nação, quando admitiu que realmente pretendia ter acesso aos relatórios da Polícia Federal.
P.S. 2 – Se for condenado no Supremo, o acórdão será enviado à Câmara, para abertura do processo de impeachment. (C.N .)

Em destaque

Trump ergueu um partido nacional e populista, realmente muito eficaz

Publicado em 18 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Agora, Trump precisa encontrar um sucessor para ...

Mais visitadas