Publicado em 5 de junho de 2023 por Tribuna da Internet
Roberto Nascimento
Lamentável, inconcebível e preconceituoso o comentário do governador de Minas, Romeu Zema, que chegou a ser uma esperança de renovação e hoje representa apenas uma decepção. Ele simplesmente criticou o fato de que no Sul e no Sudeste há um número infinitamente menor de brasileiros que recebem o Auxílio Brasil.
Zema, um político de estatura nanica, que acaba de propor e conseguir um aumento de 200% do salário de desgovernador, não merecia o mandato confirmado pelo eleitor mineiro, nas urnas de 2022.
DIVIDIR O PAÍS – Este novo Romeu, que tenta substituir o bíblico Mateus, aquele do primeiro os meus, mostra não conhecer Minas Gerais, não sabe da existência do Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres do Brasil e de outros focos de miséria em seu Estado. É um político ridículo, sem carisma ou noção de Ética.
Essa declaração vil pretende dividir o Brasil em dois países: Sul/ Sudeste, segundo Zema, rico e primeiro mundo e o outro, Nordeste/Norte/Centro Oeste, pobre e dependente do Sul maravilha, como dizia o Pasquim.
Deveria ser denunciado pelo Ministério Público Federal por propagação separatista, destinada a explodir a Unidade Nacional.
TRAIDORES DA PÁTRIA – O Brasil está infestado de traidores da Pátria, de políticos de segunda classe, de governadores como Zema, que deveriam permanecer no ostracismo das suas vidas mesquinhas, voltadas para seus negócios privados, porque falta-lhes o espírito público e o dever com a pátria, além da vocação inata de melhorar a vida do povo.
Romeu Zema não se enquadra no figurino do bom político, como seus conterrâneos Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves, Itamar Franco e Allison Paolinelli, criador da Embrapa, que revolucionou o agronegócio brasileiro.
Enquanto o tempo passa, os políticos brasileiros vão ficando cada vez piores, cada um mais trágico do que o outro.
TRISTES EXEMPLOS – Minas Gerais é um exemplo cabal de retrocesso, com Aécio Neves, Fernando Pimentel depois Romeu Zema, atrasando Minas no tempo e no espaço.
O Rio de Janeiro não fica atrás, tivemos Anthony Garotinho, Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão, Wilson Witzel e agora Cláudio Castro. Juntando todos esses cinco, não dá um Leonel Brizola.
Assim, constato com profunda tristeza que o Brasil está em fase de flagrante retrocesso político e administrativo. Se continuar desse jeito, logo iremos beijar o chão da Idade Média, com essa Justiça que passou a proteger os corruptos e os amigos do rei.