SÃO JOÃO DESVIRTUADO - TRÊS PREFEITOS QUE COMANDAM O ASSASSINATO DA TRADIÇÃO E A PRIVATARIA DO ESPAÇO PÚBLICO
Caruaru. Petrolina. Campina Grande. As cidades líderes das festas juninas, comandam o esmagamento da tradição, o desvirtuamento das grades artísticas e, agora, a sobreposição decisiva dos camarotes sobre o espaço antes reservado para o público. Os empresários amigos, exploram os camarotes, símbolos maiores da discriminação social que agridem, pela forma como está sendo feito, uma festa popular. Esses novos donatários mandam no espaço público e usam os artistas pagos pelas prefeituras para darem espetáculos para seus clientes privilegiados. Faturam milhões nos espaços privatizados para uso da elite que pode pagar e tripudia sobre a massa esmagada como sardinhas na lata.
CULTURA MASSACRADA
As três cidades conquistaram, pelo trabalho de gerações, a posição de líderes das festas juninas no Nordeste. Caruaru e Campina Grande, largam na frente. Liderando o segundo pelotão, vem Petrolina. No entanto, estão liderando, também, a discriminação da participação popular e o esmagamento da história da festa. Prefeitos insensíveis às tradições e muito, digamos assim, sensíveis à sedução dos milhões de reais drenados das festas públicas para irrigar eventos privados. Eles comandam a quadrilha junina fake que espezinha as tradições. Pior. Transformam as festas pagas pelo poder público em grandes negociatas, que privilegiam camarotes, o maior símbolo da discriminação social de uma festa que nasceu do povo e deveria ser sempre pelo povo e para o povo. A farra dos camarotes é um escândalo sem precedentes. São os chefetes dessa farra: Simão Durando, prefeito de Petrolina. Rodrigo Pinheiro, de Caruaru. Bruno Cunha Lima, de Campina Grande. Há outros na mesma linha. E há os honestos com a História, que resistem. O PODER está denunciando as falcatruas culturais e direcionamento para receitas privadas dos recursos públicos. A tradição, o respeito à população, têm aqui uma trincheira.
Esses três prefeitos de cidades símbolo, desrespeitosos com as origens e executores das distorções culturais, sociais e econômicas, estão sendo cobrados. Um crime cultural dessa proporção não pode ficar por isso mesmo.
O PODER está e vai continuar mostrando as distorções dispensáveis desse folgado passeio no asfalto, que envolve milhões de lucros mal explicados, discriminações odiosas e regalias abomináveis, que beneficiam políticos lenientes, empresários vorazes , artistas que nada têm a ver com o espírito da festa e ricaços endinheirados. Vamos dar voz ao clamor que vem das brasas das fogueiras, das adivinhações, das brincadeiras, do legítimo forró, do arrasta pé. Um povo que não respeita sua alma, não tem salvação. Os assassinos das tradições vão responder por seus atos.
Alavantur.
Site OPODER