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sábado, junho 08, 2024

EDITORIAL – Imagens de cinema, drama real, por Eduardo Figueiredo


Caros submersos após temporal no rio Grande do Sul (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)
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Cenas antes vistas apenas em séries e filmes estão se tornando cada vez mais frequentes na vida real. Desastres climáticos como inundações, secas severas, nuvens de fumaça, incêndios florestais e temperatura excessivamente elevada são alguns dos eventos climáticos extremos causados pela desenfreada degradação do meio ambiente. Nesta edição, a REVISTA CENARIUM aborda a cosmovisão indígena, com base nas previsões ancestrais e avisos dos povos originários sobre mudanças climáticas, que foram ignorados por anos.

A mais recente situação de desastre é a que atingiu a população do Rio Grande do Sul, que sofre com as consequências de chuvas intensas. O evento climático, reflexo da quantidade elevada de chuva, sob o efeito do El Niño, transformou a cidade em um cenário de fim de mundo, causou mortes, desaparecimento de pessoas e animais, e deixou um grande número de desabrigados.

Algo semelhante ao roteiro de filme The Flood – enchente: quem salvará nossos filhos? (em tradução livre) – onde uma comunidade é atingida por uma grande tempestade e fica presa em meio à enchente. Para sobreviver, os personagens tentam subir em pontos mais altos, enquanto aguardam pelo resgate. A
cena foi repetida, na vida real, pelos moradores do Rio Grande do Sul que também subiram nos telhados das casas, na tentativa de serem socorridos.

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Esse e outros cenários de desastres socioambientais já eram previstos por lideranças indígenas desde sempre. Autor de “Ideias para adiar o fim do mundo”, o líder indígena, ambientalista, escritor e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) Ailton Krenak afirma que os eventos extremos eram previsíveis. “O que está acontecendo em câmera lenta para alguns como se fosse uma festa para aqueles que são muito ricos e que podem ir para qualquer lugar do mundo já era previsível na cosmovisão indígena”.

Outra liderança indígena ouvida pela reportagem foi Maria Flor, do povo Pataxó, que também previram os efeitos das mudanças climáticas. “Já sabemos (Pataxó) que essa crise climática existe há muito tempo, não precisou chegar ao ponto que está hoje para compreendermos (povo indígena). Agora, está escancarado”, disse.

Por fim, esta edição traz o questionamento: o que podemos fazer para garantir o futuro? Lideranças indígenas e cientistas acreditam que medidas de preservação do meio ambiente aliadas a um freio à política social e econômica de consumo exacerbado, especialmente de itens da floresta, sejam o início da retomada do ambiente natural do planeta.

O assunto foi tema de capa e especial jornalístico da nova edição da REVISTA CENARIUM AMAZÔNIA do mês de maio de 2024. Acesse aqui para ler o conteúdo completo.

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