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sexta-feira, maio 26, 2023

Plano Tacla Duran contra Moro fracassou devido ao juiz petista que assinava “LUL22”


Ao depor em CPI, Tacla Duran exibiu provas fraudadas

Mario Sabino
Metrópoles

Você aí que votou em Lula, esperando que ele e o seu partido “pacificassem” o país, depois de quatro anos de Jair Bolsonaro — você foi enganado. O presidente da República e o seu partido continuam a açular os cidadãos contra o seu antípoda eleitoral, em grau que vai muito além do jogo natural da política.

É necessidade de sobrevivência. Lula e o PT precisam de Jair Bolsonaro e dos bolsonaristas, assim como um doente de asma precisa do seu nebulímetro. O contrário é também verdadeiro. Sem a bombinha, todos eles ficam sem oxigênio. É uma gente sem fôlego próprio, asfixiada para sempre com ideias historicamente ultrapassadas, seja à esquerda ou à direita.

LIMPAR A SUJEIRA – Há outro motivo para que Lula e o PT continuem a açular os cidadãos contra Jair Bolsonaro e os bolsonaristas: eles querem reescrever a história da Lava Jato, obviedade que eu já disse aqui, para limpar a reputação suja de óleo da Petrobras.

A esperteza foi associar ao bolsonarismo a operação anticorrupção que os flagrou na lambança ao seu antípoda eleitoral, aproveitando-se do erro de Sergio Moro de aceitar o cargo de ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (aceito que foi um erro) e de ainda ter feito campanha para o sujeito que o rifou.

Essa esperteza de associar a Lava Jato ao bolsonarismo contou com a vantagem competitiva de um sistema interessado em causa própria na anulação das sentenças do chefão petista e de outros graúdos, bem como dos processos inteiros. Sistema integrado por Jair Bolsonaro e bolsonaristas, não venham eles igualmente querer reescrever a história.

OSSO DURO DE ROER – A Lava Jato, contudo, é osso duro de roer, pega um, pega geral e também vai pegar você. É impossível passar uma borracha sobre ela que apague completamente tudo e substituí-la por um textinho achamboado das versões militantes.

Não adiantou anular sentenças, não adiantou a campanha abjeta nas redes sociais e na imprensa amiga, não adiantou cassar Deltan Dallagnol e não adiantará cassar Sergio Moro, que é o objetivo anunciado.

A operação anticorrupção foi tão robusta em termos de provas, tão inédita no seu destemor com poderosos, que não dará para transformá-la em ato de perseguição política, apesar de todos os esforços feitos até agora e de outros a ser feitos. Para completar, além de todas as qualidades incanceláveis da Lava Jato, Lula e o PT ainda têm aloprados para atrapalhar a reescritura da história.

PLANO TACLA DURAN – Veja-se, neste momento, o que ocorre na 13ª Vara Federal de Curitiba. Tudo estava pronto para pôr em marcha o plano Tacla Duran de ataque contra Sergio Moro, mas eis que o magistrado “LUL22”, encarregado de dar aquela credibilidade à Lava Jato, supostamente resolveu intimidar, por meio de um ridículo telefonema anônimo, o filho de um desembargador do TRF-4 que ousou contrapor-se à estratégia petista.

Não passou pela mente genial do autor do telefonema que o rapaz pudesse gravá-lo e comunicar essa enormidade às autoridades, como ocorreu. O resultado é que o suspeito “LUL22” foi afastado cautelarmente pelo TRF-4 dos casos da operação, dando lugar à juíza que Lula e o PT só odeiam menos do que odeiam Sergio Moro. Ou seja, por causa da suposta patetice de “LUL22”, o plano Tacla Duran precisará de Brasília para ser executado. Assisto com curiosidade antropológica aos próximos e previsíveis episódios.


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