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quarta-feira, novembro 07, 2007

Sucessão de Renan faz PT cobiçar a Paraíba

Fernando Exman
BRASÍLIA. Ciente de que dificilmente ocupará de forma definitiva a presidência do Senado, o PT quer usar a sucessão do presidente licenciado da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), para conquistar o governo do Estado da Paraíba. Petistas tentam convencer o senador José Maranhão (PMDB-PB) a disputar a presidência do Senado quando Renan Calheiros renunciar ao cargo. Querem abrir espaço para o vereador de João Pessoa Luciano Cartaxo (PT) assumir o Executivo do Estado, caso o governador Cássio Cunha Lima (PSDB) seja cassado. O PT já governa os Estados do Pará, Acre, Bahia, Sergipe e Piauí.
Para os petistas obterem sucesso, entretanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem que confirmar o entendimento do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) de que Cunha Lima agiu de forma irregular durante a campanha do ano passado. Se o tucano for cassado, deverão tomar posse os integrantes da chapa que perdeu as eleições por uma diferença de 2,5% dos votos apurados, a qual foi liderada por José Maranhão. Cartaxo disputou como vice do senador. Se o colega de coligação optar pela presidência do Senado, o vereador petista pode se tornar o novo governador paraibano.
Petistas evitam comentar o caso abertamente. A discrição aumentou ontem, quando Renan Calheiros retornou ao Senado depois de ter tirado uma licença médica. O alagoano enfrenta quatro representações por suposta quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética. Licenciou-se da presidência da Casa para tentar salvar o mandato e os direitos políticos. A presidência é ocupada de forma interina por Tião Viana (PT-AC).
Cunha Lima é acusado pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) de distribuir 35 mil cheques por meio da Fundação de Ação Comunitária (FAC) durante a campanha do ano passado a fim de conquistar votos. O TRE da Paraíba deu ganho de causa aos comunistas, cassou o mandato de Cunha Lima e o multou em R$ 100 mil. Em agosto, no entanto, o TSE concedeu liminar suspendendo a decisão do tribunal regional. A expectativa de Maranhão é que o julgamento seja concluído em 60 dias pelo TSE.
Além da Justiça, os petistas têm outro obstáculo a superar. Precisam convencer o próprio José Maranhão a optar pela cadeira mais importante do Legislativo e abdicar do controle do governo do Estado. A tarefa será árdua.
- Não estou disposto a fechar essa negociação - ressaltou Maranhão. - Sob uma visão utilitarista, eu teria três anos de mandato como governador da Paraíba. Na presidência do Senado, eu ficaria menos tempo. Mas o meu projeto é voltar ao governo da Paraíba para continuar obras que eu iniciei e hoje infelizmente estão paradas.
Segundo Luciano Cartaxo, o PT não pressiona Maranhão.
- Essa é uma decisão pessoal - argumentou o vereador. - Isso só demonstra o bom momento em que o senador vive: pode virar governador e é cotado para assumir a presidência do Senado.
Aliado de Cunha Lima, o senador Efraim Morais (DEM-PB) ironiza a manobra do PT.
- Estão esquecendo de combinar com o TSE - declarou. - Não acredito na cassação do governador.
Fonte: JB Online

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