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sexta-feira, novembro 30, 2007

Motoristas movidos a cocaína e anfetamina

Brasília. O uso de drogas, principalmente as anfetaminas, entre os motoristas profissionais, cresce a cada dia. Hoje, cerca de 30% dos caminhoneiros fazem uso freqüente de alguma substância ilícita. A conclusão é de uma pesquisa do Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso feita com 132 motoristas nas duas principais rodovias que cruzam o estado, as BR 364 e 070. Depois das anfetaminas, a droga mais consumida é a cocaína. O objetivo é o mesmo: ficar acordado e conseguir trabalhar por mais horas seguidas.
Uma das propostas em discussão para combater o problema é a de restringir o tráfego de caminhões nas estradas das 22h às 5h. A idéia é obrigar que os caminhoneiros tenham pelo menos um período de descanso. O procurador Paulo Douglas de Morais explica que "o uso de drogas está intimamente ligado a uma jornada maior". A anfetamina consumida nas estradas é conhecida popularmente como rebite. O custo médio da droga é R$ 20.
De acordo com o médico Lamberto Mário Henry "hoje, em quase todos os postos de gasolina, tem alguém para oferecer a droga" que, segundo o especialista, causa euforia, insônia e energia em um primeiro momento, mas depois gera depressão.
A pesquisa revelou também que 31% dos caminhoneiros trabalham mais do que 16 horas por dia, o dobro do recomendado pela Consolidação das Leis do Trabalho.
A pesquisa revelou que o uso de rebites e outras drogas não é alvo de investigação quando há acidentes nas rodovias. De acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal, entre janeiro e outubro, mais de 5 mil pessoas morreram em acidentes nas estradas de todo o País. Outras 65 mil pessoas ficaram gravemente feridas, num total de 103 mil acidentes.
Fonte: JB Online

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