Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sexta-feira, novembro 30, 2007

Denúncia liga político ao novo Propinoduto

Renato Grandelle
Nem só de fiscais, contadores e empresários é feito um rombo bilionário na Receita estadual. A CPI da Arrecadação, concluída pela Alerj em setembro, chegou a investigar se a quadrilha comandada pelo fiscal Francisco Roberto da Cunha Gomes, o Olho de Boi, teria relações com o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB).
A investigação, que dividiu os integrantes da CPI, foi motivada por uma carta-denúncia recebida pela parlamentar Cidinha Campos (PDT) e assinada por um grupo identificado como "fiscais de renda honrados". No texto, Olho de Boi é chamado de "testa-de-ferro do célebre deputado". A dupla teria mais influência para nomear fiscais do que o então secretário estadual de Receita, Luiz Fernando Vítor, "que só teve autonomia para nomear um assessor".
Os signatários da carta apontam as inspetorias de São Cristóvão, Irajá, Nova Iguaçu e Méier como as capitais da negociata. Segundo a denúncia, as empresas sonegadoras repassavam mensalmente a Olho de Boi valores nunca menores do que R$ 300 mil. A verba, então, seria entregue à caixa de campanha do parlamentar.
- Enquanto não for preso político algum, o corpo de fiscais não estará livre da corrupção - alerta a deputada Cidinha Campos.
Em depoimento à CPI, Olho de Boi garante só encontrar Eduardo Cunha em eventos. O parlamentar não foi chamado para depor na comissão.
- Já se aproximava o prazo para que encerrássemos os trabalhos, e julgamos ter concluído a pauta proposta - justifica a pedetista.
A convocação de Cunha, porém, poderia esbarrar na convicção dos colegas de Cidinha. O relator da CPI, Paulo Melo (PMDB), foi contra envolver o correligionário. Cunha, embora tenha sido citado no depoimento de Olho de Boi, ficou de fora do relatório final da comissão.
- Não havia razão para que ele aparecesse. Cunha é deputado, e não fiscal - explica Paulo Melo. - Não dá para dizer se o grupo de Olho de Boi tem ligação política. A quadrilha investigada forma uma espécie de baixo clero. São corvos que sempre ciscaram o patrimônio público, cada hora em cima de um espantalho.
Se comprovado o envolvimento de Cunha, não seria a primeira vez que o deputado teria de mostrar sua renda e movimentação financeira na Justiça. Há três anos, o Supremo Tribunal Federal instaurou um inquérito para apurar se o peemedebista cometeu crime contra a ordem tributária à época em que era presidente da Companhia Estadual de Habitação (Cehab), entre 1999 e 2000.
Fonte: JB Online

Em destaque

Relatório robusto da PF comprova que golpismo bolsonarista desabou

Publicado em 28 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Charge do Nando Motta (brasil247.com) Pedro do C...

Mais visitadas