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quinta-feira, fevereiro 23, 2023

Bolsonaristas anunciam pela internet novo ataque contra o Supremo e o Congresso


Extremistas se mobilizam nas redes e cobram soltura de presos

Pedro do Coutto

Bolsonaristas estão utilizando as redes sociais e publicando a convocação para uma nova ofensiva, desta vez contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, exigindo a demissão de toda a classe política legislativa e dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Na mesma mensagem, cujo texto integral é focalizado em reportagem de Levy Teles, o Estado de S. Paulo de terça-feira, os bolsonaristas querem também a libertação dos depredadores presentes na invasão de Brasília por hordas de subversivos voltados contra o governo Lula da Silva.

CONVOCAÇÃO – No texto da mensagem, os bolsonaristas sustentam que o povo esclarecido clama por justiça e que ainda não há data marcada para o desencadeamento do projeto de ação, mas que a convocação já começou a circular e está sendo lida por centenas de milhares de pessoas.

Acrescenta que o texto deve ser repassado a todas as pessoas conhecidas e que a guerra é contra os maus políticos e juízes que estão degradando a nação. Como se constata na reportagem, o movimento volta a ganhar corpo e desenvoltura com a postagem de mensagens como a que a matéria publicada focaliza.

O movimento bolsonarista permanece ativo, portanto. E, na minha impressão, encontra-se à espera do retorno ao Brasil do ex-presidente Jair Bolsonaro, previsto para o mês de março. Um problema, acrescento, para os ministros Flávio Dino e Múcio Monteiro e para o comandante do Exército, General Tomás Miguel Ribeiro.

DESINFORMAÇÃO –  Reportagem de José Marques, Folha de S. Paulo de terça-feira, destaca que o grupo pela democracia criado pela Advocacia-Geral da União contra a desinformação presente nas redes da internet, apesar de quase dois meses de ter sido anunciado pelo governo Lula, ainda não começou a funcionar. Uma de suas tarefas é combater e rebater as ações subversivas injetadas na comunicação da internet, além de dar resposta imediata às desinformações divulgadas pelos opositores do governo.

O problema, acentua José Marques, depende de uma ação concreta do advogado-geral da União, Jorge Messias. A primeira reunião do grupo está marcada para o dia 28 deste mês, quando então deverá ser aprovado o calendário a ser seguido e as formas de atuação. Na minha opinião, trata-se de um problema essencialmente jornalístico baseado na pronta resposta contra as fake news e também contra a divulgação de mensagens como a que foi focalizada pelo repórter Levy Teles no Estado de S. Paulo, citada anteriormente.

LOJAS AMERICANAS –  Daniele Madureira e Nicola Pamplona, Folha de S. Paulo desta quarta-feira revelam que estão em curso 5400 processos trabalhistas contra as Lojas Americanas no valor total de R$ 534 milhões. Neste total, incluem-se 2.300 ações já julgadas, ainda não pagas, no valor de R$ 284 milhões. O levantamento foi feito com base no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, considerando também a empresa ST Importações vinculadas ao grupo.

No caso das importações em débito, as ações encontram-se na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a mesma que concedeu a recuperação judicial das Americanas. A reportagem não se refere aos débitos para com o INSS e o FGTS. Mas fica claro, logicamente, que existem. Pois não faz sentido ao mesmo tempo não cumprir decisões trabalhistas e manter em dia os recolhimentos para o INSS e para o FGTS.

Inclusive, o panorama nas relações de trabalho com os empregados deixa no ar uma ameaça aos que ainda se encontram no emprego. Mas, legalmente, não podem assumir qualquer atitude preventiva.

ICMS –  Manoel Ventura e Carolina Nalin, O Globo de ontem, focalizam as ações através das quais os estados do país ingressaram na Justiça para recompor as perdas nas receitas do ICMS, no caso dos combustíveis, estabelecidas pelo governo Jair Bolsonaro, no sentido de reduzir os preços da gasolina e do óleo diesel.

Estados alegam perdas diretas de R$ 11 bilhões e lutam pela correção monetária com base em dados da inflação calculados pelo IBGE. No total, além dos R$ 11 bilhões aceitos judicialmente, mas ainda não pagos, os estados buscam mais R$ 34 bilhões, estimando que a dívida total é de R$ 45 bilhões.


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