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sexta-feira, fevereiro 24, 2023

Êxito das ‘junior oils’ revela benefício da quebra de monopólio da Petrobras


Produção de petróleo em Mata de São João, na Bahia

Produção de petróleo em Mata de São João, na Bahia

Deu em O Globo

O fim do monopólio da Petrobras na exploração de petróleo, com a abertura do setor ao capital privado, fez florescer um vasto campo de empresas independentes conhecidas como junior oils. Sem conexões com grandes grupos, habilitadas a explorar campos em terra firme (onshore), elas têm se tornado mais relevantes tanto para o setor de óleo e energia quanto para a economia como um todo nas cidades e estados onde atuam.

As junior oils surgiram na esteira do plano de desinvestimento da Petrobras iniciado em 2015, três anos depois de a produção onshore da estatal, concentrada no Recôncavo Baiano, entrar em declínio.

ÁREAS ANTIGAS – Empresas como PetroReconcavo, 3R, Eneva, Origem e Seacrest começaram a crescer adquirindo áreas antigas de produção da estatal. Hoje, as junior oils são responsáveis por 315 mil empregos e pagaram, em 2021, R$ 1 bilhão em royalties aos municípios onde operam.

Entre 2016 e 2022, foram responsáveis pelo aumento de 30% da produção onshore de petróleo e gás no Brasil, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP).

A produção das junior oils representa, nos cálculos do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), 6% do total brasileiro. Esse percentual deverá crescer devido aos investimentos que elas têm feito no Recôncavo e noutras áreas antigas de exploração, como Riacho da Forquilha, no Rio Grande do Norte.

COMPETITIVIDADE – O gás que produzem no Nordeste tem elevado a competitividade de indústrias locais e trazido benefícios a toda a região. O próprio Rio Grande do Norte se tornou um exemplo ao saber aproveitar a influência delas.

Como não se consegue tirar 100% do petróleo das camadas geológicas perfuradas, utilizam-se diversas técnicas — injeção de gás ou soluções químicas nos poços —, para ampliar a extração do óleo e gás retidos

. Esse trabalho não compensava para a Petrobras. Para as junior oils, é rentável, gerando empregos e renda em regiões carentes do interior, cujo padrão de desenvolvimento se degradaria com a paralisação das atividades da Petrobras.

MAIS EMPREGOS – Cada emprego direto no setor gera entre nove e 36 indiretos, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ao substituir a Petrobras como polos de desenvolvimento regionais, talvez por terem outra cultura organizacional, as junior oils acabam por criar raízes mais profundas nas comunidades locais, com impacto social positivo.

Nada disso aconteceria se não tivesse sido quebrado o monopólio estatal do petróleo. O estudo desse caso de sucesso deveria inspirar o governo a estimular a concorrência na economia brasileira.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– É comovente o esforço de O Globo ao defender o fim do monopólio da Petrobras, que agora só continua valendo no pré-sal, segundo a Lei da Partilha. Mas dizer que cada emprego no setor privado do petróleo gera entre nove e 36 empregos indiretos, com toda certeza, é um monte de exagero. Deve ser mais uma Piada do Ano. Esse tipo de argumento falso depõe contra a seriedade do editorial de uma organização jornalística que é totalmente favorável à entrega da Petrobras ao capital estrangeiro. Duvido que a imprensa norueguesa tenha sido contra a estatal Statoil, que enriqueceu o país e seu povo. (C.N.)

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