em 24 jun, 2021 7:00
A imunização contra a covid-19 está ocorrendo em todo o Brasil e, com isso, surgem diversas dúvidas. Uma delas é quanto à eficácia da vacina, o que levou diversas pessoas a buscarem testes para saber se a vacina fez algum tipo de efeito.
Essa prática, conforme o médico infectologista Matheus Todt, não é recomendada, pois não tem capacidade para indicar a eficácia da vacina. “A realização de exames sorológicos com objetivo de identificar se vacina realmente fez efeito não possuem representatividade para comprovação. Quando a pessoa já tomou a vacina e deseja saber se o imunizante realmente fez o efeito, ela pensa em fazer um exame sorológico, mas o resultado dos exames vai mostrar apenas como estão os anticorpos, é algo muito limitado”, declara.
Ainda sobre os exames sorológicos, o profissional menciona que o resultado não é preciso, já que quem lida com o vírus é a linha celular. “A linha celular é a principal linha que vai lidar com um vírus quando ele estiver no corpo. A linha moral, que são os anticorpos, não é a principal, e é ela que é mostrada no resultado dos exames de imunidade”, afirma.
As vacinas Pfizer, CoronaVac e AstraZeneca e, brevemente, Sputnik V, são os imunizantes disponibilizados para os sergipanos. O infectologista menciona a importância de se imunizar tomando as duas doses. “Mesmo que fazer testes não mostre se a vacina funcionou, é importante estar ciente de que cada imunizante, com base em estudos científicos, possui sua base de eficácia e porcentagem de imunização. A pessoa estará imunizada 14 dias depois de tomar a segunda dose da vacina”, destaca.
Segundo Matheus Todt, é necessário reforçar que, mesmo após a imunização, a pessoa pode ter covid-19. “A segunda dose garante uma maior segurança na imunidade, mas ainda assim existe o risco de ter a covid-19 moderada. A única forma de prevenir isso é continuar respeitando as medidas de segurança, utilizar máscara, manter o distanciamento social e sempre higienizar as mãos”, ressalta.
Por Isabella Vieira e Verlane Estácio
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