Partidos de esquerda e ex-aliados de Bolsonaro se uniram para tentar dar mais força ao pedido
Movimentos sociais planejam ato para o mesmo dia em Brasília
Texto deve apontar mais de 20 crimes do presidente
Partidos de esquerda e movimentos sociais se juntaram para elaborar um superpedido de impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido), que será protocolado na próxima quarta-feira (30). O pedido vai listar mais de 20 crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente.
A data foi definida em reunião de líderes das organizações nesta quinta-feira (24). O requerimento se propõe a unificar os mais de 100 pedidos já feitos anteriormente pela oposição e ex-aliados de Bolsonaro, como Joice Hasselmann (PSL-SP) e Alexandre Frota (PSDB-SP).
Os debates são liderados pelos presidentes do PSOL, PT, PCdoB, PDT, PSB, Rede, UP, PV e Cidadania. Com a união de diversas siglas, eles esperam ter mais força para pressionar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a pautar o pedido.
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No dia da entrega do pedido será feito um ato em Brasília, às 14h30, encabeçado pelas organizações sociais que participam da mobilização em prol do superpedido, entre elas a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Movimento dos Sem Terra (MST).
"Esse novo pedido é muito importante, primeiro porque vem com a força e mobilização permanente das ruas contra Bolsonaro, e também porque agora reúne todos pedidos anteriores, movimentos sociais e partidos e deverá reforçar ainda mais os próximos protestos", diz Iago Montalvão, presidente da UNE.
O superpedido
Os crimes apontados pelo superpedido de impeachment se referem a diferentes ações do presidente Bolsonaro durante seu mandato. Entre elas, a suposta interferência na Polícia Federal, denunciada pelo ex-ministro Sérgio Moro.
Questões relacionadas à gestão da crise sanitária causada pela pandemia de Covid-19 também foram levantadas.
Ameaças ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF) também devem entrar no pedido, além do apoio e participação em manifestações consideradas antidemocráticas ou anticonstitucionais e a defesa do Ato Institucional nº5 (AI-5), promulgado na ditadura militar.
Superpedido de impeachment contra Bolsonaro será protocolado na quarta (30) com ato em Brasília
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Líderes de partidos, de movimentos sociais e deputados decidiram em reunião nesta quinta-feira (24) que apresentarão na quarta-feira (30) o chamado superpedido de impeachment contra Jair Bolsonaro, que reúne mais de 100 pedidos feitos por siglas e grupos de oposição e parlamentares que se arrependeram de ter apoiado o presidente, como Joice Hasselmann (PSL-SP) e Alexandre Frota (PSDB-SP).
Presidentes de PSOL, PT, PC do B, PDT, PSB, Rede, UP, PV e Cidadania têm liderado as discussões. A expectativa é a de que por se tratar de iniciativa supraideológica o pedido tenda a ganhar força e elevar a pressão para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), analise as acusações.
A entrega dos pedidos contará também com um ato na Câmara dos Deputados, em Brasília, programado para as 14h30, com a presença de entidades que fazem parte da mobilização pelo superpedido, como UNE (União Nacional dos Estudantes) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), além de parlamentares.
"Vamos presencialmente. Ainda que o sistema seja remoto, todas as entidades e partidos queremos que o ato seja de unidade nacional. É preciso que a voz das ruas ecoe no parlamento. Não é possível que o presidente Arthur Lira (PP-AL) silencie frente a essa voz das ruas que se avoluma. A crise se amplia, as denúncias se agravam, e o Congresso não pode ficar surdo. Os fatos da semana falam por si sós", diz o deputado José Guimarães (PT-CE).
Para os envolvidos, o ato e a entrega do pedido vão dar início a um período decisivo de mobilização contra Bolsonaro. A campanha Fora, Bolsonaro, que encabeça os protestos nacionais contra o presidente, marcou para 24 de julho as próximas manifestações.
"Esse novo pedido é muito importante, primeiro porque vem com a força e mobilização permanente das ruas contra Bolsonaro, e também porque agora reúne todos pedidos anteriores, de movimentos sociais e partidos, e deverá reforçar ainda mais os próximos protestos", diz Iago Montalvão, presidente da UNE.
"Deixa mais pesada a artiharia contra o governo em um momento de desesperança e de letargia de maior parte da sociedade", diz o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP).
"Robustece o único pedido de impeachment, ainda mais agora com denúncias da Covaxin. Cada dia surge uma coisa nova, algum filho do presidente sendo investigado ou alguma vacina que ele se recusou a comprar, algum email que ele ignorou e que mostra que a gente podia ter iniciado nossa imunização em dezembro. Com essas novidades aparecendo acho importante manter a chama do impeachment acesa para criar momento para acolhimento do pedido", completa o líder do MBL (Movimento Brasil Livre). Ele diz que não poderá participar presencialmente do ato na quarta-feira (30).
Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, o superpedido deverá apontar mais de 20 tipos de crimes contra a lei de responsabilidade.
Para Fernanda Melchionna (RS), deputada do PSOL, autora de um dos primeiros pedidos de impeachment contra Bolsonaro, o superpedido mostra unidade de ação entre forças distintas e fortalece as mobilizações nas ruas e também ganha força com elas.
"Nenhum governo cai de podre, é preciso derrotá-lo. O novo calendário de mobilizações é fundamental para que ande a luta política para derrotar o Bolsonaro", afirma.
Sobre as investigações a respeito de indícios de irregularidades no acordo de compra de doses da vacina indiana Covaxin pelo governo federal, Melchionna afirma que nada impede que um novo pedido relativo ao caso seja adendado posteriormente, mas que o grupo preferiu consolidar o superpedido com o material que já havia sido debatido e estava mais maduro para agilizar a mobilização.
Superpedido de impeachment contra Bolsonaro será protocolado na quarta com ato em Brasília
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Partidos e movimentos sociais decidiram em reunião nesta quinta-feira (24) que apresentarão na quarta-feira (30) o chamado superpedido de impeachment contra Jair Bolsonaro, que reúne mais de 100 pedidos feitos por movimentos sociais, partidos de oposição e parlamentares que se arrependeram de ter apoiado o presidente, como Joice Hasselmann (PSL-SP) e Alexandre Frota (PSDB-SP).
Presidentes de PSOL, PT, PC do B, PDT, PSB, Rede, UP, PV e Cidadania têm liderado as discussões. A expectativa é a de que por se tratar de iniciativa supraideológica o pedido tenda a ganhar força e elevar a pressão para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), analise as acusações.
A entrega dos pedidos contará também com um ato na Câmara dos Deputados, em Brasília, programado para as 14h30, e que deverá contar com a presença de movimentos que fazem parte da mobilização pelo superpedido, como UNE (União Nacional dos Estudantes) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), além de parlamentares.
"Vamos presencialmente. Ainda que o sistema seja remoto, todas as entidades e partidos queremos que o ato seja de unidade nacional. É preciso que a voz das ruas ecoe no parlamento. Não é possível que o presidente Arthur Lira (PP-AL) silencie frente a essa voz das ruas que se avoluma. A crise se amplia, as denúncias se agravam, e o Congresso não pode ficar surdo. Os fatos da semana falam por si sós", diz o deputado José Guimarães (PT-CE).
Para os envolvidos, o ato e a entrega do pedido vão dar início a um período decisivo de mobilização contra Bolsonaro. A campanha Fora, Bolsonaro, que encabeça os protestos nacionais contra o presidente, marcou para 24 de julho as próximas manifestações.
"Esse novo pedido é muito importante, primeiro porque vem com a força e mobilização permanente das ruas contra Bolsonaro, e também porque agora reúne todos pedidos anteriores, movimentos sociais e partidos e deverá reforçar ainda mais os próximos protestos", diz Iago Montalvão, presidente da UNE.
Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, o superpedido deverá apontar mais de 20 tipos de crime contra a lei de responsabilidade.
Para Fernanda Melchionna (RS), deputada do PSOL, autora de um dos primeiros pedidos de impeachment contra Bolsonaro, o superpedido mostra unidade de ação entre forças distintas e fortalece as mobilizações nas ruas e também ganha força com elas.
"Nenhum governo cai de podre, é preciso derrotá-lo. O novo calendário de mobilizações é fundamental para que ande a luta política para derrotar o Bolsonaro", afirma.
Sobre as investigações a respeito de indícios de irregularidades no acordo de comprar de doses da vacina indiana Covaxin pelo governo federal, Melchionna afirma que nada impede que um novo pedido relativo ao caso seja adendado posteriormente, mas que o grupo preferiu consolidar o superpedido com o material que já havia sido debatido e estava mais maduro para agilizar a mobilização.
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