Sob os holofotes da CPI da Covid por intermediar a compra da vacina indiana Covaxin junto ao Ministério da Saúde, o empresário Francisco Emerson Maximiano conta com ampla rede de contatos, que vai do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) a membros do PT.
Segundo O Globo, Maximiano já foi alvo de investigações que envolvem negócios com os Correios, Petrobras, governo do Distrito Federal e o Ministério da Saúde. A defesa dele nega irregularidades.
Antes de ser alvo da CPI, Maximiano estava sob investigação da Polícia Federal em Brasília por suspeitas de pagamento de propina envolvendo um contrato dos Correios. Em fevereiro, ele foi intimado a prestar depoimento.
O inquérito identificou que ele movimentou R$ 22 milhões entre 2013 e 2015, período em que declarou rendimentos de apenas R$ 523 mil. A discrepância foi classificada pela Receita Federal como "nitidamente incompatível".
Maximiano tem relação com o filho mais velho do presidente Bolsonaro, Flávio. Ainda segundo o Globo, ele buscou ajuda para conseguir reunião com o mandatário do BNDES.
Ele também costurou relações durante o governo de Michel Temer (2016 a 2018).
Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, fechou contrato com o governo do Distrito Federal para fornecer kits de testes para detecção da Covid-19.
Em Brasília, fechou negócios com o poder público. Em 2016, o vereador de Americana Alexandre Romano (PT) afirmou que repassava ilícitos de Maximiano a um diretor dos Correios, para viabilizar a contratação de uma empresa de Max.
O empresário também fechou contrato de R$ 549 milhões, em 2015, com a Petrobras, em outra empresa sua, a Global Gestão em Saúde. No entanto, a estatal rescindiu o acordo por entender que o programa de medicamentos continha falhas. A Petrobras multou a Global em R$ 2,3 milhões e proibiu a empresa de firmar novos contratos.
Bahia Notícias