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terça-feira, junho 15, 2021

Ministro bolsonarista do TCU é amigo do auditor que fez relatório falso da Covid


Jorge Oliveira. Foto Antonio Cruz/ABr

Jorge Oliveira, major da PM, se tornou ministro do TCU


Vicente Nunes
Correio Braziliense

O clima continua tenso — e muito — no Tribunal de Contas da União (TCU). Investigações em andamento pelo órgão apontam ligações entre o ministro Jorge Oliveira e o auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, autor do “estudo paralelo” que vem sendo citado nos últimos dias pelo presidente Jair Bolsonaro. O ministro Jorge Oliveira e Alexandre Silva Marques são amigos de longa data dos filhos de Bolsonaro.

Até o momento, no entanto, não há nada comprovando que o ministro Jorge Oliveira — o único do TCU indicado por Bolsonaro — teve acesso antecipado à farsa montada pelo auditor para desqualificar as estatísticas oficiais sobre mortes pela covid-19 no país. Alexandre afirma que ao menos 50% dos óbitos registrados não foram pela doença.

É POSSÍVEL RASTREAR – No entanto, segundo integrantes do TCU, com as investigações abertas pelo órgão e com a quebra dos sigilos do auditor pela CPI da Covid, será possível rastrear todos os movimentos que levaram o “estudo paralelo” até o presidente da República. Em nota, o TCU negou a existência de qualquer relatório oficial sobre mortes pela covid-19.

Num primeiro momento, Bolsonaro assumiu que o “estudo” era falso. Contudo, logo depois, voltou a difundir entre os seus seguidores fanáticos que o TCU tem, sim, um relatório apontando que as vítimas do novo coronavírus foram superestimadas pelos governadores com o intuito de receberem mais verbas federais.

Alexandre Silva Marques foi afastado de suas funções e proibido de entrar nos prédios do TCU e de acessar os sistemas do Tribunal. O corregedor do órgão, ministro Bruno Dantas, com base em matérias publicadas pelo Blog, abriu um processo administrativo interno e pediu que a Polícia Federal investigue o auditor.

ESTRATÉGIA DO PLANALTO – A nomeação de Jorge Oliveira para o TCU faz parte da estratégia de Bolsonaro de ter mais controle sobre o Tribunal. Lá correm pelo menos três processos contra o governo envolvendo gastos com cloroquina.

O Exército adquiriu o fármaco com dispensa de licitação. O medicamento é indicado pelo presidente da República para o tratamento precoce da covid, mesmo não tendo comprovação científica.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O Estadão publica que Bolsonaro quer mais uma vaga no TCU, mediante a antecipação da aposentadoria do ministro Raimundo Carreiro, a quem o presidente já ofereceu a Embaixada em Portugal, num troca-troca nada republicano(C.N.).

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