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sexta-feira, junho 05, 2020

Bolsonaro chama grupos pró-democracia e antifascistas de “viciados” e “bando de marginais”


Bolsonaro não cansa de mentir ao acusar quem não aprova seu governo
Thays Martins, Augusto Fernandes e Ingrid Soares
Correio Braziliense
O presidente Jair Bolsonaro voltou a comentar as recentes manifestações de grupos pró-democracia e antifascistas que ocorreram nos últimos dias pelo país. Em live, na noite desta quinta-feira, dia 4,  ao criticar a atuação da mídia na cobertura dos atos, Bolsonaro disse que os manifestantes são “blackblocs”, uma tática de guerrilha urbana.
“Vocês que têm ajudado tanto o antifas, o nome agora dos blackblocs”, afirmou. “Olha a cobertura de O Globo desse povo de preto. Eu tô de preto, mas por baixo é amarelo”, citou, em referência às roupas usadas pelos manifestantes. O presidente também pediu para que os apoiadores dele não compareçam às manifestações convocadas para domingo.
CONFRONTO – Bolsonaro criticou os episódios do último domingo, dia 31, quando houve cenas de depredação de patrimônio público e privado, além confrontos de manifestantes com policiais em alguns protestos ao redor do país. Sabendo de novos eventos para este fim de semana, ele pediu que os seus apoiadores não saiam às ruas, para evitar conflitos com “esse bando de marginais”.
“Pessoal de verde e amarelo, que tem Deus no coração, que pensa no seu país, que é conservador, não compareçam a esse movimento, que esse pessoal não tem nada a oferecer. Bando de marginais. Muitos ali são viciados. Outros têm costumes dos mais variados possíveis que não condiz com a maioria da sociedade brasileira. Querem tumulto, confronto”, opinou Bolsonaro.
TERRORISMO – O presidente ainda afirmou que “os governadores, que têm compromisso com a democracia de verdade, com a Constituição, com as leis, com o bem estar da população, está se preparando para reagir caso o pessoal ultrapasse o limite da racionalidade”. Além disso, ele alertou que os manifestantes do próximo domingo devem participar do ato armados com itens como soco inglês, punhal, barra de ferro e coquetel molotov.
“Estão fazendo um papel, no meu entender, terrorista. Esses marginais querem, na verdade, é roubar a sua liberdade. Fiquem em casa. Deixem eles mostrar o que é democracia para eles. Não estou torcendo para ter quebra-quebra. Mas a história nos diz que esses marginais de preto, que vão com soco inglês, punhal, barra de ferro, coquetel molotov, geralmente eles apedrejam, queimam bancos, estações de trens e outras coisas.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Bolsonaro tenta construir uma realidade inventada pelos ecos que povoam a sua mente. No último fim de semana, um deputado bolsonarista disse em vídeo que queria atirar em opositores. Sua outra apoiadora, Sara Winter, declarou que o acampamento que defende o governo em Brasília conta com pessoas armadas. Além disso, aliados diariamente agridem profissionais da imprensa e partem para cima de qualquer um que questione os desmandos presidenciais. Agora, Bolsonaro cria um cenário de terrorismo, inverte tudo e acusa manifestantes contrários ao seu mandato de serem viciados e andarem armados. O discurso retrata a que nível chegou a sua falta de lucidez e desespero.  (Marcelo Copelli)

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