Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
Uma possível candidatura do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, ao governo do estado em 2010 é cada vez mais evidente, assim como o rompimento do PMDB com o governo Jaques Wagner e o PT também parece ser uma questão de tempo. Por enquanto, nenhum dos dois lados assume, mas os lances de bastidores e as entrelinhas dos discursos têm revelado uma situação insustentável. Além dos problemas originados durante a última campanha para a prefeitura de Salvador, na difícil relação entre PT e PMDB - ou entre Geddel e Wagner-, surgiram especulações sobre as futuras disputas que deverão se envolver os dois partidos que formam o embrião do atual governo estadual. Logo que as urnas de Salvador foram fechadas, as discussões sobre as eleições pelas presidências da Assembléia Legislativa e da UPB vieram à tona. Para completar, segue em ritmo silencioso nos bastidores também a disputa pela presidência do Bahia, o clube mais popular do Norte/Nordeste do país, e apontado como o divisor de águas na reeleição de João Henrique. Neste tempo de seca, Geddel e Wagner trabalham, ou se comportam, como dois seres que precisam ir á fonte beber água, mas, para um não encontrar com o outro, preferem passar mais algumas horas de sede. Mas como a natureza não permite uma sede por tanto tempo, a qualquer momento eles precisarão saciar as suas vontades. Por outro lado, como na natureza, em torno dos dois também gravi-tam outros seres, que esperam ansiosamente o desfecho deste imbróglio para que também possam sobreviver. Mas ontem o ministro Geddel deu sinais de que não quer seguir nesta cantilena, por isso colocou todos os cargos que o PMDB tem no governo estadual à disposição. Com o gesto, o ministro mostra o seu desapego a cargos e passa a bola para o PT atirar a primeira pedra. “A Bahia continua querendo mudar e continuaremos apoiando o atual governo enquanto nos entendermos úteis para a mudança que urge, que precisa acontecer. Mas estamos prontos para abrir mão, desde já, de todos os espaços na administração”, declarou o ministro. “O momento é de reforma. Todos os cargos devem estar à disposição do governador. A atitude foi sensata”, respondeu Jonas Paulo, presidente estadual do PT, comentando o gesto do ministro Geddel Vieira Lima. Talvez o momento não seja propicio para o enfrentamento já que o governador encontra-se na Suécia. Dessa forma, cresce a tensão com a chegada do governador, prevista para hoje à noite. Enquanto isso, petistas e peemedebistas tratam de colocar panos quentes, ou frios, para segurar os nervos dos mais exaltados. “Nós estamos num momento de ajuste, de ampliação da base para disputar a eleição de 2010, reelegendo o governador Wagner, que entendemos como condição para pavimentar a sucessão de Lula”, argumentou Jonas Paulo. Uma possível entrega dos cargos ao governador Jaques Wagner não mudaria muito a influência política que Geddel exerce no Estado. Além de forte participação na prefeitura de Salvador, onde tem o prefeito João Henrique como aliado, o ministro tem também o controle de mais 114 prefeituras do PMDB e outras de partidos que gravitam em torno do seu nome. Forte na Bahia, o ministro é também uma das lideranças mais influentes do PMDB em Brasília. Na disputa para a escolha dos presidentes da Câmara e do Senado, ele é figura-chave, além de desfrutar de prestígio com o presidente Lula. Com a sucessão presidencial de 2010 ainda indefinida, o Palácio do Planalto conta com o ministro para compor o palanque do seu candidato aqui na Bahia. Em Brasília o ministro tem dito que vai trabalhar para manter a aliança com o PT, mas sabe que não depende só dele. Tradicionalmente, o PMDB sempre marchou dividido nas últimas eleições presidenciais, por isso Geddel prefere ficar com o candidato de Lula, mas não sabe como vai ser o palanque da Bahia. “Geddel é ministro do presidente Lula. Ele sabe que não é flertando com o inimigo que nós vamos construir as mudanças. Esperamos que ele não se coloque na rota de colisão da mudança”, ponderou Jonas Paulo.(por Evandro Matos)
Disputa de 2010 bate à porta
Uma influente fonte política afirma que não vai existir racha entre PT e PMDB por causa das eleições de 2010. “O racha já está aí, não falta acontecer mais nada. E Geddel é candidato a governador em 2010”, declarou a fonte. “A conversa envolve também o ex-governador Paulo Souto, que já declarou interesse em disputar o Senado”, continuou a fonte. O deputado federal ACM Neto, que não tem a idade mínima exigida para disputar o Senado, seria novamente candidato à Câmara Federal, e voltaria com novo fôlego para a disputa de Salvador em 2012. Nesse jogo também caberia uma vaga no time para o senador César Borges, unindo a fome e a vontade de comer, já que vai precisar renovar o seu mandato na próxima eleição e tem o PR para engordar o bolo. Nessa conjuntura que se projeta, além do PMDB, DEM e PR, poderia se inserir também o PDT e os partidos que fizeram parte da coligação que reelegeu o prefeito João Henrique e outros que fizeram parte da aliança formada pelo candidato ACM Neto. Como diz o velho adágio popular, onde há fumaça há fogo. Isso posto, as cartas ainda não estão todas na mesa, mas o jogo já começou faz muito tempo. A eleição de Salvador pode não ter sido o primeiro tempo, mas serviu para estabelecer que existem bons jogadores, faltando definir quem fica com quem, ou quem chuta para que lado. Consciente dessa nova realidade, o próprio governador Jaques Wagner tomou a iniciativa para ajustar o seu time. Primeiro, teve uma rápida conversa com o ministro Geddel para saber se o mesmo tinha intenções de se candidatar ao governo do estado. Se Geddel disse sim ou não, Wagner não externou. Como as relações continuaram tensas, é sinal forte de que o governador não ouviu o que desejava. Por isso, ele imediatamente deu início às reformas no seu governo, que estavam previstas para dezembro.(por Evandro Matos)
Três alvos à vista e um objetivo
Mesmo que petistas e peemedebistas queiram contemporizar, não está fácil segurar os ânimos. O próprio calendário político não favorece a qualquer projeto de unidade entre PT e PMDB. De olho em 2010, os dois seguem como o bode e a onça, um desconfiando do outro. Por isso a cada disputa que surge pela frente os interesses dos dois partidos se chocam, provocando novos contratempos.Primeiro foram as discussões sobre a disputa pela presidência da Assembléia Legislativa, quando o PT já sinalizou simpatia pela reeleição do deputado Marcelo Nilo (PSDB) e o PMDB disse não ter compromisso e também já trabalha a sua candidatura. Na União dos Prefeitos da Bahia (UPB), enquanto o PT quer Luiz Caetano, prefeito eleito de Camaçari, o PMDB quer Luiz Amaral, prefeito eleito de Jequié. Ontem ficou mais evidente uma disputa que gesta nos bastidores e que também tem adquirido um viés político. Trata-se da eleição do Bahia, clube de grande tradição e de maior torcida no Estado. Também neste caso parece emergir dos dois partidos as duas principais candidaturas anunciadas até aqui. Até domingo, o nome do economista Reub Celestino, atual presidente da Ebal e ligado ao secretário Fernando Schimidt, surgiu como o candidato da simpatia do governador Wagner e do PT. Por outro lado, anteontem, surgiu a candidatura do deputado federal Marcelo Guimarães Filho, filiado ao PMDB do ministro Geddel Viera Lima. Coincidência ou não, assim que o nome de Guimarães surgiu, Reub retirou a sua candidatura, já que trabalhava pelo consenso. Tanto Wagner quanto Geddel negam que estejam por traz de qualquer um dos nomes, mas as suas origens, os apoios e os discursos não deixam dúvidas. Talvez o ministro Geddel tenha apenas o interesse de ver o Bahia sair da situação em que se encontra, mas se for com um aliado, melhor ainda. (por Evandro Matos)
Leilão de estradas na Bahia transferido para 18 de dezembro, informa senador
O leilão de privatização que vai assegurar a duplicação do Anel do Contorno de Feira de Santana, as obras de recuperação da BR 324 entre Salvador e Feira de Santana e a duplicação da BR 116 até a fronteira com Minas Gerais foi transferido do dia 1º para 18 de dezembro. A notícia foi confirmada ontem ao senador João Durval (PDT-BA) no Ministério dos Transportes . O adiamento foi um pedido da Ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Roussef. O senador baiano esteve no Ministério dos transportes para uma audiência com o Ministro Alfredo Nascimento. Ele aproveitou para conversar com técnicos sobre detalhes do projeto cujas obras devem iniciar ainda em 2009. João Durval foi informado que a ministra Dilma pediu o adiamento em alguns dias em função da necessidade de prestar maiores esclarecimentos aos participantes do leilão.Conforme explicado ao Senador era necessário esclarecer detalhes dos projetos e garantir a participação de empreiteiras, especialmente no momento em que existe uma crise financeira em todo o mundo. Alguns interessados, no entanto, teriam manifestado o interesse em participar do leilão mesmo com o cenário de crise. Na conversa com o Ministro, João Durval foi informado que as obras de recuperação da estrada que liga Salvador a Feira de Santana podem começar ainda em 2009, dependendo do leilão e da assinatura de contrato com a empresa vencedora. Iniciada a obra, a duplicação do Anel de Contorno de Feira de Santana deve ser uma das primeiras etapas previstas.A previsão é que as rodovias baianas BR-116 e BR-324 sejam leiloadas ainda em dezembro deste ano. A informação foi confirmada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres, que disponibiliza através de seu endereço na Internet uma série de documentos, inclusive estudos de tráfego e meio ambiente. Ao todo, será aberta concorrência para 680 quilômetros de rodovias, com investimentos na ordem de R$1,9 bilhão pelo governo federal. O Conselho Nacional de Desestatização publi-cou no Diário Oficial da União resolução que aprova as condições gerais para a realização do leilão, que deverá ser realizado na Bolsa de Valores de São Paulo. Vencedor da disputa será o grupo empresarial que se propuser a operar a rodovia cobrando a menor tarifa de pedágio e o preço máximo estipulado pelo governo é de R$ 3,15 por praça de pedágio.
Prefeito paga agiotas com dinheiro público e é acionado pelo MP
O prefeito do município de Sobradinho, Antônio Gilberto de Souza, teve decretada a indisponibilidade dos seus bens após o promotor de Justiça Tiago Quadros ajuizar uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra ele, comprovando que o prefeito estava utilizando verba pública para pagar dívidas pessoais com agiotas. Também por solicitação do promotor, o Juízo da comarca decretou o bloqueio das contas do Município, onde são depositados os recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). A partir de agora, conforme explicou Tiago Quadros, o Município só poderá realizar pagamentos com ordem judicial e após prévia verificação da licitude do crédito, com exceção do pagamento da folha de pessoal, bem como do repasse das parcelas descontadas dos vencimentos dos servidores para os planos de saúde e empréstimos do mês de competência. A decisão, deferida em medida liminar, contribuirá para que o prefeito, que encerra o mandato em dezembro próximo, não continue dilapidando o patrimônio do Município, alegou o promotor, afirmando que Antônio Gilberto estava desviando quantias vultosas a fim de pagar dívidas pessoais com agiotas.Segundo Tiago Quadros, existem dezenas de cheques emitidos pelo prefeito circulando na “praça”. O desconto de muitos deles, aliás, fez com que o gestor não honrasse as obrigações contraídas pelo Município e motivou representações da sociedade ao Ministério Público estadual. Foi no curso do inquérito instaurado pela Promotoria, explica o promotor, que professores municipais confirmaram a falta de pagamento da categoria e testemunharam ser notório que o prefeito estava desviando recursos públicos para pagar dívidas pessoais. Além disso, continua ele, o próprio ex-secretário de Governo de Sobradinho afirmou que recursos públicos foram desviados pelo prefeito que “possui dívidas com agiotas e costuma pagá-las com cheques da prefeitura ou mediante transferências bancárias”.
Fonte: Tribuna da Bahia
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