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segunda-feira, novembro 24, 2008

Maranhão prepara “auditoria” no Estado

Adelson Barbosa dos Santos e Vanderlan Farias
O senador José Maranhão (PMDB) disse ontem, ao Correio, que sua primeira medida como governador, tão logo assuma o cargo, nos próximos dias, será a realização de uma auditoria, minuciosa e profunda, em todas as contas do Governo, para mostrar à sociedade paraibana como o governador cassado definitivamente pelo TSE, Cássio Cunha Lima (PSDB), está deixando as finanças públicas.
"Vamos fazer uma análise profunda nas contas do Estado e um diagnóstico completo nos serviços e obras. Somente assim, poderemos traçar um plano de emergência o mais rápido possível", declarou o futuro governador da Paraíba. Segundo ele, o saneamento financeiro é o que será feito com urgência e prioridade pelo futuro Governo.
De acordo com Maranhão, outras medidas serão tomadas em decorrência do diagnóstico nas contas, obras e serviços. O senador disse que uma coisa é certa: seu Governo será de conciliação e terá a participação de todas as forças políticas da Paraíba que querem o desenvolvimento e o crescimento do Estado.
"No momento, a minha visão é a de que somente a união dos paraibanos permitirá que o Governo tire o Estado dessa situação de crise financeira em que se encontra", declarou o senador, que ainda não voltou à Paraíba, desde que foi anunciado como governador, logo após a cassação definitiva do atual, Cássio Cunha Lima.
Maranhão permanecerá em Brasília até quinta-feira. Caso o acórdão do TSE sobre a cassação de Cássio seja publicado antes, ele retorna para ser empossado no Cargo pela Assembléia Legislativa da Paraíba. Se o acórdão não for publicado antes, ele volta na sexta-feira, para participar do casamento de uma filha, no sábado.
Ele disse que, em Brasília, está mantendo contatos como vários ministros, no sentido de assegurar a liberação recursos para o mais rápido possível. Hoje, Maranhão vai solicitar uma audiência com o presidente Lula. Na audiência, Maranhão vai conversar com o presidente sobre parceria entre o Governo da Paraíba e o Governo Federal. "Vou tratar com o presidente sobre projetos de parceria.
Mesmo em Brasília, Maranhão tem sido informado sobre todos os acontecimentos políticos na Paraíba. Sobre tais acontecimentos, ele só pretende se pronunciar depois da publicação do acórdão do TSE. O senador já recebeu centenas de telefonemas de felicitações de toda a Paraíba e do Brasil.
Deputado sugere coalizão
O deputado estadual Rodrigo Soares (PT) sugeriu ontem a formação de uma coalizão de forças políticas para garantir apoio ao futuro governador José Maranhão (PMDB) e ao vice Luciano Cartaxo (PT) que devem ser empossados logo que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publique o acórdão com a cassação do atual governador, Cássio Cunha Lima (PSDB) e seu vice José Lacerda Neto (DEM).
Segundo Soares, a coalizão de apoio ao novo governo deve ter como parâmetro os partidos que dão sustentação política ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "A maioria dos partidos que compõem a base do presidente Lula esteve no palanque do senador José Maranhão na campanha de 2006, quando ele enfrentou o atual governador Cássio Cunha Lima", justificou.
De acordo com o deputado petista, devem participar dessa coalizão PMDB, PT, PRB, PC do B e PCB, além de outros partidos que deram apoio a Maranhão em 2006. "O futuro governo vai precisar de força política para implantar projetos que permitam ao estado retomar o caminho do desenvolvimento. Daí a importância do senador José Maranhão contar com uma base sólida", explicou.
Rodrigo Soares prevê dificuldades para o futuro governador e sua equipe receberem informações sobre a real situação financeira do Estado e entende que Maranhão deve fazer uma espécie de auditoria, logo que assumir a gestão, nas contas da atual administração. "Pelo que estamos vendo, é pouco provável que a administração atual facilite as coisas em termos de informações sobre as finanças do Estado. Por isso, acredito que será necessária uma investigação rigorosa sobre os números para se chegar a uma solução", prevê.
Fonte: Correio da Paraíba (PB)

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