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sexta-feira, novembro 21, 2008

PMDB não abre mão de disputar a Assembléia

Por Fernanda Chagas
Mesmo após o governador Jaques Wagner (PT) ter acenado a “bandeira de paz”, no que diz respeito ao tensionamento entre o PT e o PMDB, acabou por criar um novo impasse quando assumiu a sua preferência pela recondução do deputado Marcelo Nilo (PSDB) à presidência da Assembléia Legislativa, o que, conseqüentemente, contraria os interesses do PMDB, que tem não apenas um, mas dois candidatos declarados no páreo: Arthur Maia e Luciano Simões. Maia, por exemplo, sem esconder a sua insatisfação quanto às declarações do governador, afirmou que no pleito anterior, em 2006, a simples demonstração de Wagner a favor do nome de Nilo foi suficiente para que as outras candidaturas fossem retiradas e uma única fosse construída. “No entanto, desta vez é diferente. O governador continua no direito de manifestar preferência por quem bem quiser, mas isso não significa que terá nenhuma garantia de que os outros partidos, até mesmo da base, irão acatá-lo, muito pelo contrário”, retrucou. Segundo Maia, inclusive, Wagner já havia tomado conhecimento, através do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, que não apoiará a reeleição de Nilo. “Assim como o presidente estadual do partido, Lúcio Vieira Lima, reforçou a decisão ontem ao secretário de Relações Institucionais, Rui Costa. Com isso, fica claro que o PMDB não abrirá mão da disputa, mas se o governador, acha que está com uma base forte e esta é a decisão mais acertada, cabe a ele julgar. Somente ele pode avaliar se essa tensão é boa para a base dele”, enfatizou o deputado, ressaltando que o seu nome continua firme no embate. E engana-se quem pensa que as divergências entre os dois partidos podem parar por aí. Um novo capítulo de estremecimento entre as duas siglas não está descartado com o futuro embate da União das Prefeituras de Salvador (UPB), onde Wagner tem Luis Caetano, prefeito de Camaçari, como candidato, e o PMDB, deve lançar o prefeito eleito de Jequié, Luis Amaral. Além do mal estar com o PMDB, a disputa na AL pode render ainda como conseqüência ao governador a não confirmação do “antigo namoro” com o Partido Republicano (PR), no sentido de ampliar a base, já com vistas em 2010, como foi feito recentemente com o Partido Progressista (PP). Nas últimas horas, o líder do PR na Casa, deputado Elmar Nacimento e também candidato virtual à presidência do parlamento, em um dos seus mais duros discursos, deixou claro, pelo menos no que depender dele, a impossibilidade de qualquer acordo com o governo. Na ocasião muita sujeira, inclusive, foi jogada no ventilador, com direito até mesmo a acusações de cooptação. Segundo declarações de Elmar, em referência a quantia de R$ 5 milhões em emenda que o governo teria dado como recompensa aos deputados do PP, “o governador precisa saber que tem deputado que não se vende”. Indo ainda mais longe o progressista admitiu ainda ter sido alvo do mesmo tipo de proposta, que teria sido feita na presença de um ex-governador, cujo nome não revelou, depois que voltou atrás num acordo celebrado com seu grupo no PR para fazê-lo secretário de Agricultura e o governo passou a assediá-lo a fim de buscar fazer uma recomposição com ele e o partido. Por tabela Elmar, pediu a inclusão, nos Anais da Assembléia, do polêmico artigo publicado recentemente em que o ministro da Integração Nacional colocou os cargos do PMDB à disposição do governo. Também, de forma irônica, fez elogios rasgados ao novo secretário de Agricultura, Roberto Muniz, indicado pelo PP, afirmando que, embora Muniz não havia servido para ser prefeito de Lauro de Freitas nem conselheiro do TCE, pode agora salvar o governo da “incompetência”.
Garibaldi admite “mal-estar” entre governo e o Congresso
Depois de decidir devolver ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a MP (medida provisória) que regulamenta entidades filantrópicas, o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), admitiu ontem que há um “mal-estar” entre o Legislativo e o Executivo em conseqüência do excesso de medidas provisórias encaminhadas ao Congresso. Garibaldi disse, porém, que não há crise institucional entre os dois Poderes, mas ressaltou que a devolução da matéria vai permitir ao governo refletir sobre o excesso de medidas provisórias. “Não está acontecendo uma crise de natureza político-institucional. O que há é o Legislativo que precisa cumprir a sua missão, ter condições de cumprir o seu papel e isso não pode ser objeto de manipulação pelo Executivo e pelo Judiciário. Esse mal-estar já vinha existindo há muito tempo no Legislativo. Pelo menos [a devolução] vai fazê-lo [Executivo] refletir sobre tudo isso”, disse. O senador afirmou que o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) foi levado pelo “aspecto emocional” ao reagir à devolução da MP das Filantrópicas. “O Múcio é um homem de muito bom senso e articulador político do governo. Ele pode ter sido levado pelo aspecto emocional quando recebeu a decisão. Ele sabe que para dar desdobramento à MP não se pode deixar de contar com o Legislativo.” Ao ser informado da devolução da MP na quarta-feira, Múcio classificou a reação de Garibaldi de um “ato político e inusitado” e disse que agora cabe ao Senado se responsabilizar, sozinho, pelas reivindicações das entidades filantrópicas. O presidente do Senado disse que a Casa Legislativa “fez a sua parte”, uma vez que não a MP não atende aos critérios de urgência e relevância para ser editada pelo Executivo. “Fizemos um apelo para que a MP pudesse ser retirada pelo governo e pudesse ser revogada. Ele mandaria uma nova. Foi isso que foi solicitado e o governo não atendeu. O que se quis muito foi um entendimento”, afirmou. A decisão do presidente do Senado de devolver ao Executivo a MP das Filantrópicas terá que ser aprovada pelo plenário da Casa para ocorrer efetivamente. Como o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), recorreu da decisão de Garibaldi à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a MP só deixará de vigorar caso a comissão e o plenário do Senado mantenham a decisão de Garibaldi.
Banqueiro enfrenta De Sanctis com ao menos nove advogados
A preocupação com uma possível prisão levou Daniel Dantas a se apresentar ontem à Justiça Federal com um batalhão de advogados. Em vez dos tradicionais três ou quatro defensores, o banqueiro entrou na sala de audiência do juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal, rodeado por ao menos nove advogados. O juiz federal já decretou duas vezes a prisão de Dantas —ambas foram anuladas por ordem do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes. Ontem foi a audiência final do processo movido contra Dantas por suposta corrupção (oferecimento de US$ 1 milhão a um policial para se ver livre de um inquérito por crimes financeiros) e, teoricamente, De Sanctis poderia ter sentenciado o banqueiro à prisão, o que não ocorreu. O magistrado ainda vai analisar pedidos formulados pela defesa antes de se pronunciar sobre a acusação. À parte disso, circulava ainda um boato de que o delegado da Polícia Federal Ricardo Saadi, que chefia a investigação contra Dantas por crimes financeiros, teria pedido uma nova prisão do banqueiro, o que não foi confirmado. Pessoas que acompanharam a audiência disseram que a tensão ficou evidente quando o banqueiro recebeu do juiz um documento. Num primeiro momento, pensaram se tratar de uma ordem de prisão. Depois, viram que era uma intimação comunicando o bloqueio de US$ 46 milhões atribuídos a ele no Reino Unido. “O que é isso?”, perguntou Dantas ao receber o papel. Ao ser informado do bloqueio, o banqueiro repassou o documento a um dos advogados.
Emiliano lança livro sobre Victor Meyer, um revolucionário baiano
Autor de livros sobre Lamarca, Marighella e padre Renzo - o religioso que se solidarizava com os presos políticos da ditadura militar - o escritor e jornalista Emiliano José acaba de anunciar mais uma obra. Trata-se do terceiro volume de “Galeria F, Lembranças do Mar Cinzento”, com o resgate da memória de “Victor Meyer, um revolucionário”, pela Caros Amigos Editora. O livro será lançado hoje, a partir das 18h, no Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador, (sub-solo da Prefeitura Municipal). Com prefácio do ex-secretário Especial dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, a obra traça o perfil de Victor Meyer, um revolucionário baiano que militava na organização clandestina Política Operária – Polop, uma corrente de esquerda que denunciava o stalinismo hegemônico nas esquerdas brasileiras. Victor Meyer faleceu precocemente, aos 52 anos, perdeu muitos amigos assassinados, mas, sobreviveu e tornou-se um acadêmico da Universidade Católica de Salvador e da UFBa. Como afirma Nilmário Miranda, também ele um ex-integrante da Polop, “foi um intelectual que nunca se prosternou ao deus dinheiro”. Em anexo, o livro se enriquece com o texto “Fragmentos de memória da Polop na Bahia”, da autoria do engenheiro Orlando Miranda. Emiliano José afirma que ao ler alguns escritos de Victor Meyer “foi tomado pelo encanto, deslumbramento diante deles. Pela acuidade científica e pelo modo particular, sereno e terno de abordar alguns temas. Victor sabia tratar daqueles tempos de terror e de sombras com especial talento e sensibilidade”. As memórias dos ex-integrantes da Polop revelam figuras conhecidas na Bahia como os irmãos Gustavo Falcon e Peri Falcon, os sindicalistas Olívia Braga e Ivan Braga, João Henrique Coutinho, Orlando Miranda e Tânia Miranda entre outros. Também revelam as origens políticas de figuras nacionalmente conhecidas como Dilma Roussef, Marco Aurélio Garcia, Raul Pont, dentre outros intelectuais.
Fonte: Tribuna da Bahia

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