Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sábado, novembro 08, 2008

PF investiga participação de juíza em liberação de verbas

BELO HORIZONTE - A Polícia Federal (PF) iniciou a coleta de depoimentos do quarto relatório da Operação Pasárgada. O foco da PF é apurar a eventual participação da juíza federal Ângela Maria Catão, da 11ª vara de Justiça Federal na capital mineira, com o esquema de liberação irregular de verba do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
No inquérito de 300 páginas, a PF sustenta que a juíza mantinha relações suspeitas com Francisco de Fátima Sampaio - gerente afastado da Caixa Econômica Federal na capital mineira - e teria "plena consciência" de que ele representaria os interesses de Paulo Sobrinho de Sá Cruz, apontado como líder e principal lobista do esquema de liberação de recursos bloqueados do FPM.
A juíza já negou que tenha cometido qualquer irregularidade ou se beneficiado pelas liminares concedidas para a liberação de verbas do fundo em ações ajuizadas por prefeituras em débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Recentemente, o ministro Paulo Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) - relator do inquérito -, decidiu que são válidas as provas colhidas durante a Operação Pasárgada e autorizou o prosseguimento das investigações pela Polícia Federal.
Três funcionários da Justiça Federal que trabalham na 11ª Vara Federal - a secretária particular de Ângela Catão, Maria Márcia Santiago Silva; a diretora da Vara, Sandra Regina Dias Silveira, e Joaquim Augusto dos Santos, lotado no setor de distribuição dos processos -, foram ouvidos quinta-feira na condição de testemunhas pelo delegado Mário Alexandre Veloso. O teor dos depoimentos não foi revelado.
Além do suposto esquema envolvendo o FPM - que, segundo a PF teria gerado um rombo de pelo menos R$ 200 milhões nos cofres públicos -, a Operação Pasárgada investiga práticas de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas em contratos envolvendo o Grupo SIM e prefeituras mineiras.
No atual relatório, a PF vai privilegiar os depoimentos de servidores públicos e pessoas ligadas às autoridades das cidades de Divinópolis, Conselheiro Lafaiete, Ervália e Cipotânea. Endereços da juíza Ângela Catão foram alvo de mandados de busca e apreensão, mas ela não chegou a ser indiciada ou denunciada.
Na primeira fase da operação, foram presas 50 pessoas, entre elas 17 prefeitos e o juiz da 12ª Vara Federal de Belo Horizonte, Wellington Militão - que já foi acusado formalmente pela Procuradoria Regional da República da 1ª Região. Ontem, Ângela Catão disse que não iria se pronunciar sobre a investigação.
Em abril, após ser deflagrada a operação da PF, ela atribuiu a inclusão de seu nome no rol de investigados a uma "perseguição" do então corregedor-geral do TRF-1, Jirair Aram Meguerian. Sá Cruz também nega participação no suposto esquema. O advogado de Francisco de Fátima Sampaio não foi localizado. A defesa do Grupo SIM nega participação dos diretores da empresa nos crimes apontados pela PF.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Em destaque

Piada do Ano! Movimentos sociais pedem que Lula reconheça eleição de Maduro

Publicado em 28 de dezembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Nicolás Maduro é apoiado pela esquerda brasileir...

Mais visitadas