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segunda-feira, junho 03, 2024

Marcelo Odebrecht identificou Toffoli como o “amigo do amigo de meu pai”


KacioPacheco/Metrópoles

Charge do Kacio (Metrópoles)

José Paulo Cavalcanti
Jornal do Commercio

Segundo o empresário Marcelo Odebrecht, nas colaborações premiadas que fez, o “amigo do amigo de meu pai”, que consta nas escriturações de propinas da Odebrecht, seria o próprio ministro Dias Toffoli ‒ ver Malu Gaspar em O Globo (23/05).

Por sua gravidade, essa questão deveria ter sido examinada melhor pelo Ministério Público. Para, no caso de ser improcedente, ficar livre o ministro de acusação tão grave quanto à sua honra. Podendo ainda processar, quem o denunciou, por calúnia (art. 138 do Código Penal). E, acaso procedente, para que se promovesse o devido processo legal por corrupção passiva que, acaso provado, poderia levá-lo à prisão.

PAGAMENTO DE PROPINAS – Todos nós, o ministro inclusive, temos conhecimento de como funcionou o Departamento Estruturado da Odebrecht, para pagamento de propinas. E lemos nota pela empresa publicada em todos os jornais do país, “DESCULPE, A ODEBRECHT ERROU”.

 Nela, se pode ler “A Odebrecht reconhece que participou de práticas impróprias em sua atividade empresarial”. Ou “Não importa se cedemos a pressões externas. Tampouco se há atos que precisam ser combatidos no relacionamento entre empresas privadas e o setor público”.

Ou “O que mais importa é que reconhecemos nosso envolvimento e fomos coniventes com tais práticas”. Mais simplesmente, a construtora pediu publicamente desculpas por ter cometido essa corrupção, a mesma que o ministro considera inexistente.

NADA EXISTIU – O ministro Toffoli, nas suas decisões, age como se não tivesse existido essa nota. Nem corrupção alguma. Tanto que libertou de multas a empresa, como inocentou empresários e funcionários que já se reconheceram publicamente como corruptos.

Alguém sobre quem pesa dúvidas (ou suspeitas) de ter recebido dinheiro da empresa decidiu, sozinho, inocentar a tal empresa e empresários que poderiam (ou não) lhe ter pago propina. Em resumo, é isso.

Seja como for, enquanto essa questão não estiver esclarecida, o ministro jamais deveria tomar a decisão que tomou. Mais razoável sendo, sem dúvida, se considerar impedido. Por tudo, então, é razoável dizer (respeito quem pensa diferente, é só meu pobre entendimento) que essa decisão, no plano ético, mais uma vez NÃO ESTÁ CERTA.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Publicaremos nesta terça-feira a parte final do artigo do advogado e escritor josé Paulo Cavalcantimembro da Academia Brasileira de Letras. O texto foi editado originalmente no Jornal do Commercio do Recife e transcrito na Folha. Merece ser lido com a máxima atenção por todos brasileiros. (C.N.)

A Triste Realidade de Jeremoabo sob a Gestão Deri do Paloma: Uma Teia de Denúncias e Abuso de Poder

                              Foto divulgação - whatsApp

A Triste Realidade de Jeremoabo sob a Gestão Deri do Paloma: Uma Teia de Denúncias e Abuso de Poder

Jeremoabo, cidade baiana que infelizmente só ganha as manchetes quando as notícias são ruins, se vê mergulhada em um mar de denúncias e escândalos durante a gestão do prefeito Deri do Paloma. A situação, que beira o surreal, expõe um quadro alarmante de descaso com o dinheiro público e desrespeito com a população.

Um Prefeito Cercado por Acusações:

  • Operações Policiais: A Polícia Federal realizou buscas e apreensões, enquanto o Ministério Público Estadual requisitou a quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito. Já o Ministério Público Federal pediu sua prisão preventiva e o de Jeremoabo bloqueou seus bens.
  • Fraudes e Desvio de Recursos: A imprensa local denunciou fraudes em licitações de combustíveis, enquanto um jornal de grande circulação na Bahia revelou o cancelamento de um decreto de calamidade pública para bancar bandas em festejos.
  • Concurso Público Manchado por Irregularidades: O Ministério Público de Jeremoabo sugeriu o cancelamento do concurso público por supostas irregularidades, enquanto o SINPROJER ingressou com ação judicial pedindo o mesmo, alegando diversas falhas no processo.
  • Abandono da População: Em meio ao caos, as escolas da cidade caem aos pedaços por falta de manutenção, enquanto a saúde pública agoniza sem médicos e medicamentos.
  • Nepotismo Descarado: A população indignada cobra da Câmara de Vereadores a instalação de uma CPI para investigar as denúncias, enquanto familiares do prefeito e secretários foram aprovados no concurso público, manchando ainda mais a gestão.

Um Clamor por Justiça e Transparência:

Diante desse cenário desolador, a comunidade de Jeremoabo clama por justiça e transparência. É inadmissível que o dinheiro público, destinado a garantir o bem-estar da população, seja desviado para fins escusos e que o poder seja utilizado para beneficiar uma minoria em detrimento da maioria.

A Esperança por dias Melhores:

Resta saber até quando a população de Jeremoabo terá que suportar essa situação. É preciso que as autoridades competentes tomem as medidas cabíveis para punir os responsáveis e garantir que tais práticas nefastas não se repitam. A cidade merece um futuro melhor, com gestores honestos e comprometidos com o desenvolvimento social e econômico de sua gente.

Somente o tempo dirá qual será o desfecho dessa história, mas uma coisa é certa: a luta por justiça e por um futuro melhor para Jeremoabo não irá parar.


domingo, junho 02, 2024

Clientes da Caixa relatam falhas no pagamento da restituição do Imposto de Renda

 Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

De acordo com a Receita Federal, 5,5 milhões de contribuintes foram contemplados no primeiro lote de restituição02 de junho de 2024 | 19:33

Clientes da Caixa relatam falhas no pagamento da restituição do Imposto de Renda

ECONOMIA

Alguns clientes da Caixa Econômica Federal têm relatado problemas para receber o pagamento da restituição do Imposto de Renda, cujo primeiro lote foi liberado no último dia 31 de maio.

O atraso acontece para quem optou pelo crédito via Pix, de acordo com a Caixa. A opção pelo método de pagamento instantâneo com chave CPF foi um dos critérios para definir a prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda.

Segundo a instituição financeira, o pagamento está em fase final de regularização e o depósito já foi efetivado para “a maior parte dos clientes”.

“O banco orienta que os clientes acompanhem o crédito pelo extrato de suas contas pelos aplicativos ou Internet Banking”, diz a Caixa, em nota. Não foram informados, porém, a causa do problema ou o prazo para resolução definitiva.

Nas redes sociais, usuários falam em descaso e desrespeito com os contribuintes.

De acordo com a Receita Federal, o número de contribuintes contemplados no primeiro lote de restituição chegou a 5,5 milhões, e o montante bateu R$ 9,5 bilhões –maior valor já pago pela instituição em um único lote.

Até então, a quantia mais alta havia sido paga no ano passado, quando as quatro primeiras levas repassaram R$ 7,5 bilhões cada.

A restituição do IR é paga primeiro a quem declara nos primeiros dias. No entanto, há uma lista de prioridades legais, que coloca alguns contribuintes à frente de outros. Quem não está lista na prioridade pode ter que aguardar um pouco mais, mesmo tendo declarado no início.

Este ano, os moradores do Rio Grande do Sul entraram na fila de prioridade em razão do desastre climático que acometeu o estado no último mês. Os gaúchos têm direito de receber antes do que quem entrega a declaração pré-preenchida ou opta por receber a restituição por Pix.

Ao todo, 886.260 contribuintes do Rio Grande do Sul estão no primeiro lote, incluindo de exercícios anteriores, totalizando mais de R$ 1 bilhão em valores a restituir.

A falha no pagamento da restituição na Caixa, porém, também afetou moradores do estado.

Tamara Nassif, FolhapressPoliticaLivre

Gadelha ironiza Neymar e pergunta se ele é contra “privatizar” as praias


BZNotícias - Namorado de Fátima Bernardes, Túlio Gadelha ironiza pedido de  desculpa a Neymar - Portal da Abelhinha

Túlio Gadelha quer evitar que praias sejam privatizadas

Deu em O Globo

O deputado federal Túlio Gadelha (Rede-PE) publicou neste sábado um vídeo para afirmar que não pediu desculpas a Neymar, ao contrário do que diz uma nota oficial divulgada pelo atacante. Ele ainda questionou o jogador se ele gravaria um vídeo “se posicionando contra a privatização das praias”.

— Eu pedi desculpas ao Neymar? (risos). Nem eu pedi desculpas ao Neymar, nem ele me pediu desculpas — afirmou Gadelha, em vídeo publicado nas redes sociais. — Um dos sócios dele me ligou e eu o alertei sobre os riscos sociais e ambientais que essa PEC representa. Inclusive deixamos com ele cinco notas técnicas explicando detalhadamente esses riscos.

TERRENOS DE MARINHA – Túlio citou Neymar durante os debates da PEC das Praias, proposta que está no Senado e prevê a transferência da posse dos terrenos de marinha (faixa de 33 metros de terra a partir do mar) da União para estados, municípios e ocupantes privados . No vídeo deste sábado, o deputado incluiu um trecho da sua fala no Congresso:

— A gente sabe a quem interessa essa PEC. A gente viu inclusive um jogador, Neymar, fazer propaganda de um empreendimento tomando como certa a aprovação dessa PEC.

A ligação de Neymar com a proposta se deu por conta de um projeto do jogador, em parceria com a incorporadora Due, de erguer entre os litorais Sul de Pernambuco e Norte de Alagoas 28 imóveis de alto padrão. O empreendimento, cujo faturamento pode chegar até R$ 7,5 bilhões, é um dos citados nas críticas de ambientalistas contra o texto em discussão no Senado.

BOLSONARISTA – Outra ligação de Neymar ao projeto é seu apoio público ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em 2022, ele pediu votos na última eleição presidencial, vencida pelo presidente Lula. E a PEC das Praias é relatada e defendida por Flávio Bolsonaro.

Nas redes sociais, o debate público também associou Neymar à proposta. Um dos vídeos que mais viralizou sobre o tema foi da atriz e comunicadora socioambiental Laila Zaid, que classifica o atacante como “um dos apoiadores da ideia”. O caso também rendeu ao jogador um bate-boca público com a atriz Luana Piovani.

Por isso, Neymar foi às redes sociais rebater críticas. Numa nota, ele afirmou que há “desconexão da sua iniciativa privada com a PEC 03/2022” e a aprovação da proposta “não refletirá em nada nos imóveis de sua propriedade”. A nota divulgada por ele também afirma que o deputado Túlio Gadelha “já foi acionado, informado em detalhes o equívoco que cometeu e compreendeu perfeitamente a ausência de ligação, seguido de um pedido de desculpas”. Este foi o trecho que motivou o posicionamento do parlamentar nas redes.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Túlio Gadelha é um excelente parlamentar, que se destaca entre os deputados da nova geração. Pretender travar uma polêmica com Gadelha é muita petulância de Neymar. Se insistir, o deputado vai dar em Neymar um drible entre as pernas – no bom sentido, é claro(C.N.)


"Desafios na Gestão Municipal: Entre Danças e Interdições"


A atuação do prefeito na dança é inegável, mas agora parece estar ampliando seus horizontes para além dos passos ritmados. Ontem, ao interditar a Goela da Ema, causou um verdadeiro tumulto. Hoje, domingo, dia 2 de junho, os toldos que foram colocados desde ontem ocupam uma parte da pista, e até agora, no decorrer deste domingo, ainda não foram removidos. É preocupante pensar que amanhã isso poderá resultar em problemas de trânsito durante o horário de pico. Resta-nos esperar e ver se serão retirados a tempo para o início das atividades normais. A interdição ocorreu ao lado da Caixa Econômica, abrangendo da loja Minas até a loja Jerecel. Hoje, mesmo não sendo um dia útil, já enfrentamos congestionamentos. Se os toldos não forem retirados cedo, a situação pode se agravar. Jeremoabo está parada.

Até o período dos festejos, é essencial que o prefeito se concentre em resolver os problemas presentes, deixando de lado comentários sobre casos de corrupção e os processos que estão surgindo. É hora de agir em prol da cidade e de seus habitantes, priorizando a resolução das questões que afetam diretamente o cotidiano de todos.


PSICOPATIA – Um Transtorno de Personalidade.

 Qualquer semelhança é mera coincidência.


PSICOPATIA – Um Transtorno de Personalidade. 



Segundo estudiosos sobre distúrbios de personalidade, as pessoas com PSICOPATIA tendem a demonstrar comportamento que reflete dificuldade de sentir empatia ou remorso, e tendem a ser manipuladoras e mentirosas. Tais enfermos tendem a se manifestarem através de comportamentos impulsivos, além de não convergirem para o planejamento futuro, vivendo o agora, inclusive, podem se comportar de forma agressiva com seus interlcutores. Eles tendem a  infringir as normas sociais e as leis, pois acreditam estarem acima de tudo e de todos. E aqui vale destacar o Transtorno de Personalidade Narcisista em que as pessoas se julgam superiores e especiais, dotadas de inteligência ímpar. Fato que levam os que assim são diagnosticados, a tendenciar ao desprezo e exploração daqueles que os cercam e que com esses, possuem algumas relações sociais. Pessoas assim diagnosticadas apresentam quase sempre, as seguintes características: 

Constantemente preocupam-se com fantasias de sucesso ilimitado, poder, inteligência, beleza e amor ideal;

Acreditam que são superiores, especiais e únicos, esperando que os outros também o vejam dessa maneira;

Geralmente exigem admiração excessiva por parte de outras pessoas;

Não costumam ter empatia e têm dificuldade em compreender os desejos, experiências e sentimentos dos outros;

Apresentam atitudes esnobes, arrogantes e condescendentes.

Segundo estudiosos, a psicopatia é um transtorno mental comum, caracterizado por traços de personalidade que incluem egocentrismo, falta de empatia e remorso, além de comportamento antissocial com dificuldade de inibir ações prejudicais às pessoas. Apesar disso, não é considerado uma doença.

Os psicopatas podem enganar, manipular, explorar, ameaçar, roubar ou agredir fisicamente outras pessoas. Ao mesmo tempo, eles podem parecer externamente amigáveis e bem ajustados quando querem atingir um objetivo. Essas características tornam o transtorno difícil de ser identificado. 

Ainda segundo a mesma fonte, uma pessoa com psicopatia, os seguintes sinais devem ser observados:

charme — ter a capacidade de encantar as pessoas quando tem um objetivo e, como não é autêntico, o comportamento pode variar em momentos diferentes;

mentira — mentir constantemente e muitas vezes sem razão;

falta de remorso — não sentir nenhum remorso pelo comportamento negativo, mesmo sabendo que isso pode prejudicar outras pessoas;

falta de lealdade — desvalorizar e substituir os outros com facilidade, pois não costumam ter apego ou amor;

egocentrismo — querer que as pessoas fiquem em constante competição pela sua atenção, promovendo intrigas e manipulando todos em sua volta;

impulsividade — tomar decisões importantes de forma impulsiva, sem muita reflexão;

reações explosivas — demonstrar pouca paciência e, quando contrariados, reagir de forma explosiva. Fonte: https://summitsaude.estadao.com.br/novos-medicos.

Ao me deparar com este assunto, senti-me de alguma forma, presente ao mesmo, levando-me a considerar que muitos possam estar vivendo o drama em seu dia a dia, sem perceberem a gravidade da convivência, fato que me levou a escrever e descrever alguns dos transtornos desse distúrbio de personalidade, para que assim, alguns possam despertar e compreender a areia movediça em que estão pisando. 

Segundo o Google - 1 - A psicopatia é um transtorno mental comum, caracterizado por traços de personalidade que incluem egocentrismo, falta de empatia e remorso, além de comportamento antissocial com dificuldade de inibir ações prejudicais às pessoas.

2 - O padrão de comportamento é caracterizado pelo não conformismo com normas legais e sociais e por atos repetidos que podem ser motivo de detenção (quer sejam presos ou não), tais como destruir propriedade alheia, importunar os outros, roubar ou dedicar-se à contravenção. Nos casos extremos, são cometidos assassinatos.

3 - Muitas vezes, os sociopatas podem apresentar comportamento agressivo e se irritam facilmente. Em geral, os antissociais não sentem empatia pelo outro e nem mesmo remorso das suas ações e conduta. Quem apresenta transtorno de personalidade antissocial tende a ser muito autoconfiante, arrogante e teimoso.

4 - São vaidosos, mas o ponto fraco é atingirem seu ego. O psicopata é patologicamente mentiroso. Mente por prazer. Conta uma mentira elaborada para explicar outra mentira ou omite fatos.

5 - Embora os psicopatas mostrem uma falta específica de emoções, como ansiedade, medo e tristeza, eles podem sentir emoções como felicidade, alegria, surpresa e nojo. Assim, enquanto tendem a sofrer para reconhecer rostos amedrontados ou tristes, são menos sensíveis às ameaças e punições.

Finalizo dizendo que é necessário entender a situação vivida, para que assim, possamos mudar o entendimento e seguir trilhas diferentes em busca dos nossos propósitos. Chega de querer aprender com os próprios erros e continuar errando!

Por: José Mário Varjão, em 02 de junho de 2024.


Também existe o eleitor corrupto

 

Não basta que clamemos por justiça, enquanto nós, sociedade, continuarmos sendo a âncora da mesma injustiça que ora estamos a combater. Infelizmente, vemos que cidadãos exemplares em comportamento ético e moral, distanciarem-se cada vez mais da política, em razão da corrupção imposta pela própria sociedade, considerando que o VOTO deixou de ser um direito de cada cidadão escolher, senão o ideal (melhor), ao menos o menos ruim entre todos os candidatos, para de tornar em moeda de barganha por alguns míseros sacos de cimento, algumas centenas de telhas, a retifica do motor de uma moto, etc., por valor que futuramente não cobrirá 1% das consequências geradas contra o vendedor e a própria família, isto é fato incontestável em períodos de eleição, enquanto isso, a justiça pune o comprador, enquanto esquece da causa do problema, que é sempre o próprio eleitor, considerando que o político chega para pedir o voto, mas depara-se de imediato com argumentos: o senhor sabe que estamos juntos, mas somos pobres e estamos precisando disse e daquilo mais, o seu adversário já passou aqui e fez ofertas até melhor, mas eu disse que estou com o senhor; nesse momento deixa o político sem saída, ou dá o que foi citado ou desiste do eleitor, inclusive, mesmo cedendo a pressão, sai sem a certeza de que obterá o voto. A verdade é que o sistema se tornou uma fonte de corrupção que leva o eleito à prática de atos não republicanos, para que assim, possa reaver todo custo de sua eleição, acrescido dos devidos encargos e tudo mais que seja possível levar, infelizmente, está é a nossa realidade e da qual já não temos como fugir, exceto quando a justiça passar a punir o corruptor, que neste casa, é o senhor eleitor. A coisa está tão banalizada que é frequente encontrarmos correligionários dizendo: vamos ganhar porque temos dinheiro pra gastar, não sabendo o idiota que está falando da própria desgraça que está a cultivar.( JMV)

Nota da redação deste Blg -

Também existe o eleitor corrupto

23 de dezembro de 2021, 16h38

    É comum falar em políticos corruptos. No entanto, pouco se fala sobre o "eleitor corrupto". Afinal, todo político foi eleito por determinada quantidade de votos suficientes para sua escolha, ainda que por quóruns/quocientes que podem ser aperfeiçoados.

    Importante destacar que o crime de corrupção eleitoral está definido no artigo 299 do Código Eleitoral, que prevê a figura do corruptor, bem como a do corrompido. Logo, é uma forma diferente da adotada no Código Penal em que o crime do corruptor é previsto em artigo/capitulação penal diferente da prevista para o corrompido (artigos 317 e 333 do Código Penal). Um dado interessante é que no caso dos crimes de corrupção, tanto comum, como o eleitoral, não incluem a figura do verbo "entregar", ou seja, se o candidato ou servidor público pede vantagem, e a pessoa entrega a mesma não é considerado como "dar" (ato espontâneo). Neste caso, o cidadão não cometeria crime.

    Porém, o crime de corrupção eleitoral tem uma delimitação temporal e conceitual bem restrita, ou seja, mais próximo às eleições e voltado exclusivamente para compra de voto. O crime de corrupção eleitoral, não é necessariamente crime de corrupção política (vantagem política). Nem se pode confundir o crime de corrupção eleitoral, com o de boca de urna, pois este não precisa ter uma vantagem expressa, embora tenha um limite temporal ainda mais restrito, pois ocorre apenas no dia da votação, a partir da meia noite.

    Outro aspecto é que para a corrupção eleitoral a vantagem não precisa ser apenas financeira, pode ser um cargo, pode ser de natureza sexual, ou de mero espaço político, ou seja, qualquer vantagem indevida.

    No entanto, pouco se fala sobre a estrutura de como se faz compra de votos. Na prática o modelo predominante tem se dado da seguinte forma: a venda de votos é realizada de forma estratégica e com participação ativa do eleitor. Em documentos apreendidos em investigação foi identificado que os valores pagos como corrupção variam de R$ 50,00 a 100,00 para o eleitor corrupto, e para os líderes locais em torno de R$ 200,00, ou seja, um valor até pequeno. Particularmente achava que o valor de venda era maior. Geralmente a compra é feita nos dias próximos às eleições (quanto mais próximo maior fidelidade do eleitor corrupto).

    Em alguns casos também feita com fornecimento de combustível ou pagando para usar adesivos em veículos, por exemplo. No entanto, o que tem mais impacto é o pagamento na véspera da eleição. Este modelo cria um elo entre eleitor corrupto e candidato corrompido, uma espécie de ética reversa (antiética).

    Observa-se que geralmente o candidato aproxima-se do eleitor fazendo propostas de cunho mais coletivo. No entanto, quase sempre, em mais de 90% dos casos, o eleitor é quem inicia o seguinte diálogo: "mas isto que você está falando é para todos, eu quero saber o que você propõe para mim e minha casa". E continua o eleitor: "eu preciso de cerveja para aniversário do meu filho ou também pedidos de pneus, pagamento de contas, materiais de construção, emprego em órgão público (mas deixam claro que querem o emprego, ou status, mas sem trabalhar) e outros similares". Geralmente, o candidato registra o pedido e pode atender posteriormente, ou não, depende do controle de "fidelidade". Alguns candidatos tentam ser politicamente corretos e alegam sorrindo que isto é crime e que não podem atender. No entanto, o eleitor responde, em resumo: "Ora, mas todos fazem isso, não tem cadeia para prender todo mundo".

    A medida faz sentido, inclusive eleitores criminosos têm tratamento especial e diferenciado, pois quando presos no dia da eleição, ficam em ginásios, fóruns ou similares, em vez de serem conduzidos ao presídio e são liberados automaticamente ao final da eleição, sem nem mesmo pagarem fiança ou cumprirem outra medida cautelar. Este tratamento diferenciado não faz o menor sentido e nem tem previsão legal, mas é feito com naturalidade pelo sistema jurídico.

    Por outro lado, não raro é comum ver candidatos de "primeira viagem" começarem a chorar para conhecidos, em virtude do desencanto com o eleitor, pois o candidato realmente acreditava em propostas coletivas e ficou constrangido e decepcionado com a atitude do eleitor que iniciou uma barganha.

    E em razão disso, muitos prováveis e potenciais candidatos desistem até mesmo de tentar candidatar, pois desiludem com o eleitor.

    E não se trata de vitimismo para justificar e dizer que pobre tem nesta oportunidade um momento para conseguir ser ouvido. Afinal, o que varia por classe social é a natureza do pedido, pois pobre pede menos, e classe média pede emprego no setor público (mas com muito pouco trabalho) e se for classe alta pede um contrato empresarial (até faz doações para a campanha por "acreditar nas propostas").

    Um outro ponto que alguns candidatos mais experientes falam é que o apoio mais caro, se for eleito, é dos apoiadores que não receberam pagamentos durante a campanha. Pois depois da eleição, se o candidato apoiado foi eleito, este "apoiador voluntário" acredita que foi o responsável pela eleição e deseja tudo, e ainda faz chantagens veladas ou até diretas mesmo.

    Para atender aos pedidos do eleitor corrupto durante a eleição é preciso haver uma certa rede de investigação. Logo, líderes de bairros ou de associações identificam quem seria "fiel" para receber os valores e votar. Mas, como saber se cumpriu a promessa? Isto não é tarefa fácil. Mas, citando o caso de uma eleição municipal como exemplo. O candidato a prefeito terá votos em todas as urnas, o que seria difícil de comprovar a fidelidade corruptiva do eleitor. Então mede-se pelo voto do candidato a vereador, por isso, a compra de votos tem que ser casada entre candidato a vereador e prefeito, onde presume-se que se o candidato a vereador teve votos na urna X, então também o eleitor votou no candidato a prefeito. Inclusive, quanto mais votos tem o candidato a vereador maior a possibilidade de receber mais recursos para pagar as despesas de campanha.

    No entanto, o curioso é que quase nunca a proposta de corrupção parte do candidato, e sim, do eleitor.

    Além disso, são feitas pesquisas não registradas na Justiça Eleitoral para identificar onde há votos favoráveis e contrários, os endereços e dados dos eleitores são repassados, sem autorização dos eleitores, para aliados políticos, e fingindo ser uma pesquisa, fazem é uma investigação ilegal, inclusive para identificar indecisos.

    Temos também aquela compra de votos mais sútil, na qual os cidadãos ficam reféns de serviços públicos sem um critério objetivo de atendimento, e então os políticos usam esta espécie de "fura fila" para manter o eleitor cativo. No entanto, este cidadão/eleitor não se preocupa em melhorar o serviço em si, pois basta ser atendido individualmente (predador social) e não importa o outro, logo o serviço continua ruim, em um círculo vicioso.

    Além disso, há programas sociais, que não exigem um esforço pessoal, e acabam sendo uma moeda permanente de barganha e dependência que também gera voto, em que o eleitor acomoda-se em um círculo vicioso.

    O que impressiona é o descaso e descompromisso do eleitor com a importância do voto, e depois quer reclamar dos serviços públicos estatais, embora sempre tenha como visão "mais Estado". Este é um paradoxo da "cabeça do brasileiro", pois critica Estado, mas sempre vê como solução "mais Estado", o que decorre provavelmente até mesmo de aspectos religiosos de determinada religião que critica o lucro, ainda que decorrente do trabalho. Além disso, e com base ainda no esteio tecnocrático também fortalece a visão de "servidores públicos" não são ambiciosos e não visam lucro, apesar de carreiras públicas terem salários maiores que na iniciativa privada.

    Mas, este descaso com o coletivo e com o próximo também está em classes sociais mais abastadas, não se trata de apenas pobreza e falta de ensino formal. Em determinado condomínio fechado de classe média a preocupação em grupos de rede social é com furtos de orquídeas e também fezes de cachorros nas portas das residências, mas praticamente nada se preocupam com as áreas de uso comum, principalmente se foram as áreas verdes/ecológicas. As áreas comuns destinadas a esportes até há uma preocupação maior, embora bem menor que o espaço do terreno da residência em si. Esta pequena abordagem demonstra um indicativo forte do descaso do eleitor brasileiro com as questões coletivas e de interesse macro, e isto reflete na eleição.

    As dificuldades para se combater a corrupção eleitoral são enormes até mesmo pelo fato de que nos Tribunais Eleitorais há advogados, juízes temporários, mas não há promotores, o que acaba violando a paridade de armas, mas isto é pouco debatido.

    Em outro giro, registra-se que já foi informado ao TSE que a figura de fiscais de partido e até mesmo das formiguinhas estão sendo meio de compra de votos, pois diluem a fiscalização e muitos não estão trabalhando. No entanto, o corpo técnico do TSE informou que não tem estrutura para fiscalizar. Porém, foi rebatido que basta exigir que o candidato /partido cadastre seus fiscais e os "formiguinhas" no sistema antes do dia da eleição e que este dado fique público e de fácil consulta. Então alegaram que não há previsão legal para isso. Ora, isso poderia ser feito com base no poder normativo do TSE. Afinal, o caso de suspender verbas de empresas privadas foi feito com base neste poder normativo, embora não exista previsão expressa em lei.

    Na prática da corrupção eleitoral é comum que se apreenda o dinheiro no dia da eleição, mas o candidato/partido alega que a verba é para pagar seus fiscais ao final do dia, e como não é possível saber oficialmente quem é fiscal de partido, então o dinheiro tem que ser devolvido ao candidato.

    Tem muita gente que supostamente recebe como fiscal de partido, mas não vai trabalhar, ou trabalham apenas poucas horas, e assim, cria um rodízio para atender a um grupo maior de pessoas. Isso tudo com a conivência do cidadão eleitor que finge ser fiscal, uma função remunerada pelo partido, sem transparência alguma. A lei nem afirma que possa ser remunerada, embora também não vede.

    Isto leva a outra conduta como no caso de o candidato ser vencedor, então acreditar que apenas venceu um jogo individualista e que tudo pode, como se tivesse ganho na mega sena e o dinheiro público lhe pertencesse para seus fins privados.

    Ou seja, é uma espécie de corrupção moral que também chamam de "corrosão do caráter". Em que se retira a responsabilidade individual pelo todo, isto ocorre ao se fortalecer a figura do "Estado babá" ou até mesmo 'Deus-babá" (para algumas seitas), onde Deus e o Estado é que deve servir às pessoas, e não, o contrário. E como no caso do condomínio, o "eu" passa a ser o centro do universo, e não há mais esta relação entre esforço pessoal, responsabilidade individual e solidariedade, o que é pregado pelo Cristianismo, e ao se perder os valores ocidentais tradicionais, o que se tem é um "vale tudo" decorrente do caos social e que permite esta visão reducionista de espaço e reflete na venda de votos, por exemplo, além de outros comportamentos sociais abusivos.

    Combater a corrupção não é ato fácil, por exemplo, um servidor público que não tenha produtividade, está cometendo uma corrupção, pois é uma vantagem indevida.

    Em pesquisa ouvindo o setor empresarial foi constatado que para os mesmos a ineficiência estatal gera mais prejuízo que a corrupção. Um dado interessante é que a legislação brasileira não prevê a corrupção empresarial, apenas existe corrupção criminal se envolver o setor público.

    Todo partido político, como recebe verba pública, deveria ter um portal da transparência e não apenas prestar contas à Justiça Eleitoral, pois no portal haveria mais publicidade, o que não existe no sistema atual.

    Contudo, o que move a sociedade são dois fatores básicos: recompensa e punição. No caso as punições no campo eleitoral estão muito focadas no candidato, e tratam o eleitor com mera vítima da sociedade ou do sistema. No entanto, são muito mais responsáveis do que imaginamos, e urge que os sistemas punitivos ampliem as punições para o eleitor corrupto, e permitindo vias mais rápidas para se punir e que não sejam apenas criminais.

    Portanto, é preciso que a lei estabeleça sanções administrativas mais graves para o eleitor corrupto, como impedir de votar, e assumir cargos públicos, perda de benefícios fiscais, por no mínimo oito anos, inclusive se cometer o crime por meio de pessoa jurídica, o que seria estendido à empresa, além de restrição de uso de alguns serviços públicos, isto para eleitores que cometerem ilícitos de natureza eleitoral, pois daria um temor maior, e embora os garantistas aleguem que punição não funciona, a população sabe que funciona, pois aumenta o risco e todas as pessoas fazem este cálculo antes de cometerem o crime (Teoria Econômica do crime).

    • é promotor em Minas Gerais, doutor em Direito Constitucional pela PUC-SP e curioso em temas de gestão pública e privada.

    https://www.conjur.com.br/2021-dez-23/opiniao-eleitor-corrupto/

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