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sábado, junho 12, 2021

Lula busca apoio e diz que ‘jamais’ tratará o PDT e Ciro Gomes como inimigos

Publicado em 12 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

Ex-presidente Lula se reúne com políticos e lideranças comunitárias no Rio Foto: Ricardo Stuckert/ divulgação

No Rio, Lula se reuniu com seus adoradores de sempre

 

Camila Zarur
O Globo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que seu partido “jamais vai tratar como inimigo” o PDT, legenda de Ciro Gomes, que pretende concorrer à eleição presidencial de 2022. A declaração do petista foi dada neste sábado durante sua passagem pelo Rio de Janeiro.

Questionado se há a possibilidade de se aproximar do ex-ministro para a articulação de uma possível aliança ampla contra o presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), Lula respondeu que na política “nada é impossível”, porém disse que não há tentativas de conversa com o pedetista no momento.

RESPEITO E ADMIRAÇÃO — “Em política você sempre trabalha com a tese de que nada é impossível. Se o PDT decide que o Ciro é candidato, é um direito do PDT” — afirmou Lula, que completou: “Da nossa parte, nós jamais trataremos o PDT como inimigo. O PDT é um adversário eleitoral, e a gente vai disputar da forma mais civilizada possível. Não vamos aceitar nenhuma provocação. Não vamos ter nenhuma agressão. E eu continuo dizendo que apesar das críticas, eu tenho respeito e admiração pelo Ciro Gomes”.

Perguntado sobre se há alguma tentativa de aproximação com Ciro, Lula respondeu: “Não sei se é possível. Só o tempo é que vai se encarregar e ver o que vai acontecer. Da nossa parte é isso que nós queremos”.

O ex-presidente, que chegou à capital fluminense na quinta-feira, se encontrou com lideranças da esquerda e do centro para articular um palanque no Rio.

COM FREIXO – Na reunião que teve com o deputado federal Marcelo Freixo (Sem partido-RJ), apontado como um dos candidatos ao governo do estado pelo PSB, Lula disse que é hora de ser “generoso” com as alianças para a eleição do ano. Na ocasião, evitou críticas ao PDT e a Ciro Gomes e lamentou que a legenda de seu ex-ministro esteja afastada das conversas para a formação de uma frente ampla.

A mudança de tom do Lula contrasta com as brigas recentes que o petista teve com Ciro. Em meados de maio, os dois trocaram atritos pelas redes sociais. O pedetista rebateu uma publicação em que Lula havia escrito que adoraria dizer que seu ex-ministro “é um amigo”, mas “infelizmente ele não quer”.

“Todo mundo sabe que você só considera amigo uma única pessoa no mundo: você próprio”, escreveu Ciro no Twitter.

PALANQUES ESTADUAIS – Ainda que não confirme que concorrerá à Presidência em 2022, Lula tem se dedicado à construção dos palanques estaduais. A líderes comunitários, disse que pretende ouvir mais as críticas e sugestões da população quando for o candidato “no tempo certo”, frisou.

Para a disputa do Rio, o ex-presidente tenta articular a candidatura de Freixo, que se desfiliou recentemente do PSOL e vai migrar para o PSB. No entanto, não descarta a possibilidade de uma aliança com o prefeito Eduardo Paes (PSD), que já indicou como seu candidato o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.

Lula, Paes e Santa Cruz almoçaram juntos na sexta-feira; o encontro também teve a presença do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ). 

ATAQUES A BOLSONARO – Neste sábado, Lula se esquivou de definir em qual palanque estará caso não haja uma aliança ampla no Rio. A jornalistas, o petista apenas elogiou Freixo e Santa Cruz e disse que o Rio ter esses dois nomes como candidatos marca uma diferença das últimas eleições.

O ex-presidente não poupou críticas a Bolsonaro e à forma com que ele conduziu a pandemia. Lula chamou o presidente de “genocida” e afirmou que ele nunca esteve preparado para assumir a Presidência do país.

Também comentou sobre a defesa de Bolsonaro em relação ao voto impresso. Sobre isso, declarou: “Bolsonaro não é burro. Ele é inteligente. Ele quer criar a tese que de que, lá depois, foi roubado. Bolsonaro é o rei da bobagem, e ele fala de propósito e ele pensa isso. E ele acha bonito.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Lula e Bolsonaro são parecidos. Ambos usam a política com objetivos pessoais e familiares. E são exclusivistas, não deixam que apareçam lideranças alternativas em seus grupos políticos. Bolsonaro nem tem partido, mas quer se apossar de alguma legenda já constituída. Lula é dono do PT, mas o partido não existe mais. Quando Lula morrer, o PT vai ser sepultado no mesmo caixão, junto com ele. 
(C.N.)

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