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segunda-feira, novembro 10, 2008

Corrupção estimula uso dos remédios BO

por Roberta Cerqueira
Laboratórios de pequeno e médio porte estimulam a venda de alguns remédios de procedência e eficácia duvidosas, oferecendo lucros de até 100% às farmácias, além de gratificações aos balconistas. Considerada uma estratégia de mercado da indústria farmacêutica, a prática é denunciada e questionada pelo Conselho Regional de Farmácia (CRF) e Sindicato dos Farmacêuticos (Sindifarma) do Estado da Bahia, que afirmam tratar-se de um meio que põe em risco a saúde da população, com objetivo na maximização dos lucros. “Na luta para conquistar mais clientes, alguns laboratórios oferecem até cinco caixas de um medicamento, pelo preço de uma e assim estimulam os balconistas a indicarem estes medicamentos similares, para aumentar os lucros dos estabelecimentos e os seus”, diz Altamiro José dos Santos, presidente do CRF-Ba, se referindo aos chamados “bonificados”, também denominados, no jargão de alguns vendedores, como “BO” (bom para otário), acirrando, ainda mais, as reservas em torno dos mesmos. “Não podemos afirmar que são drogas falsas, pois não existem estudos que comprovem isso, mas, a publicidade excessiva em torno delas levanta algumas suspeitas”, diz, reforçando ainda a necessidade de uma maior fiscalização em trono do método. “Só deveriam existir dois grupos, os dos medicamentos de marca e a dos genéricos”, defende. A opinião é compartilhada por Clovis Reis, presidente do Sindifarma. “Somos contra qualquer incentivo ao uso de remédios de forma inadequada e os bonificados são um estímulo a empurroterapia e a automedicação, pois acaba atribuindo ao balconista a competência de indicar drogas sem nenhuma experiência no assunto”, acrescenta. O órgão responsável pela inspeção dos medicamentos no país é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que garante a segurança dos similares – grupo em que estão inseridos os “bonificados” – mas, não tem controle sobre a sua comercialização. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Anvisa afirmou que não há um teto mínimo para venda de determinado remédio, destacando, no entanto, que “é proibido outorgar, oferecer ou prometer, prêmios, vantagens pecuniárias ou em espécie, aos profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar medicamentos, bem como aqueles que exerçam atividade de venda direta ao consumidor”. (Resolução 102/2000, art. 19) O trabalho de fiscalização também é realizado pela unidade local, a Vigilância Sanitária do Município, que verifica a certificação de garantia, prazo de validade, procedência, informações contidas nas embalagens, local de armazenamento (de acordo com as normas da Anvisa) nos medicamentos, em comercialização, nos pontos de vendas. “No entanto, não é uma legislação que limite a publicidade destes produtos e mesmo que houvesse, ainda seria difícil de fiscalizar a atuação dos laboratórios sobre os comerciantes”, declara Agusto Bastos, sub-coordenador da V.S.M. Para que os medicamentos similares entrassem para o rol dos genéricos e passassem a oferecer maior segurança, seria necessário passar por uma série de testes, que certificassem sua eficácia, identificando as características equivalentes aos de referência. Por conta desta e de outras polêmicas, em torno dos similares, a Anvisa reformulou, em 2003, as diretrizes para a produção destes produtos. A partir da Resolução 133, passou a determinar que os medicamentos similares devam ser submetidos aos testes d e bioequivalência e biodisponibilidade (mesmos dos genéricos), mas, a nova medida tem um prazo longo e os fabricantes terão até o ano de 2013 para se enquadrarem a novas regras.
Balconista substitui remédio
Enquanto isso, os remédios de procedência duvidosa continuam sendo “empurrados” pelos representantes, aos donos de farmácias, que por sua vez também “empurram” para os consumidores, sem o menor rigor. “Tem representantes de laboratórios que oferecem desde canetas a liquidificadores, para que os balconistas vendam aqueles produtos, isso ocorre muito, principalmente em farmácias menores, onde os proprietários almejam apenas o lucro”, declara o farmacêutico Christian Saback, ressaltando que os medicamentos similares não substituem os de referência ou genéricos. “Não se deve substituir uma medicação, recomendada por um médico, por outra similar, sem orientação de um profissional”. - Medicamento de Referência - produto registrado pela Anvisa, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro. - Medicamento Similar - aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. Trata-se de uma alternativa terapêutica cujos resultados podem ser diferentes do medicamento referência. - Medicamento Genérico - medicamento similar a um produto de referência, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade. É um medicamento que terá comprovado através de testes a mesma qualidade e efeito correspondente ao medicamento referência existente no mercado.
Gerenciamento de riscos corporativos em pauta noYacht
Nesta terça-feira (12), o Yacht Clube da Bahia será palco para reflexão de um assunto de interesse de todos: o atual cenário econômico. A tão temida crise financeira e os derivativos cambiais no Brasil serão pontos abordados no evento promovido em Salvador pela PwC. Em meio a cenários de instabilidade econômica, todos querem se proteger. E, com as empresas não é diferente. Para tratar desses e outros assuntos, a PwC traz à capital baiana seu especialista em Gerenciamento de Riscos Corporativos, Márcio Magalhães. O grande desafio é como realizar uma implantação bem sucedida de um Sistema de Gerenciamento de Riscos. Nesse contexto, algumas questões precisam ser refletidas: Por onde começar? Minha empresa está preparada para a implantação? Como adaptar esse sistema a outros ciclos de gestão? Como integrar pessoas, processos e tecnologia em prol da administração de riscos?. Em evento fechado para gestores de empresas convidadas, de 9h às 12h, empresários da capital baiana e de outros estados discutirão sobre a necessidade das organizações investirem em um efetivo Sistema de Gerenciamento de Riscos Corporativos. A medida agrega valor às empresas e, consequentemente, aos acionistas na medida em que permite que decisões estratégicas, táticas e operacionais sejam tomadas a partir da avaliação dos riscos correspondentes. PricewaterhouseCoopers (www.pwc.com) é um network global de firmas, totalmente separadas e independentes, que presta serviços de auditoria, assessoria tributária e societária e assessoria em gestão empresarial com foco em segmentos econômicos específicos. Mais de 154.000 profissionais em 153 países conectam seu conhecimento e experiência para criar valor aos clientes das firmas membro e seus stakeholders.
Fonte: Tribuna da Bahia

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