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quinta-feira, maio 30, 2024

Prefeito de Mundo Novo é alvo de CPI sobre precatórios da educação e de ação popular por gastos anunciados em festejos juninos

 Foto: Divulgação

Prefeito de Mundo Novo, José Adriano da Silva30 de maio de 2024 | 09:42

Prefeito de Mundo Novo é alvo de CPI sobre precatórios da educação e de ação popular por gastos anunciados em festejos juninos

O prefeito de Mundo Novo, José Adriano da Silva, mais conhecido como Doutor Adriano (Avante), é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Vereadores do município que investiga o gasto dos precatórios da educação para a reforma de unidades escolares.

Segundo a denúncia, na conta dos precatórios só existe atualmente R$800, e as intervenções nas escolas não foram finalizadas. Além disso, duas unidades municipais de ensino foram demolidas e ainda não foram reerguidas. Os vereadores querem saber onde o montante foi gasto. A base do prefeito conta com apenas três edis, enquanto a oposição tem oito.

“Como se não bastasse isso, a Prefeitura vai gastar R$1 milhão com os festejos de São Pedro, sem explicar a questão dos precatórios”, disse o presidente da CPI, vereador Vilobaldo Santana Costa (PT).

Uma ação popular foi ajuizada com o objetivo de suspender as comemorações, já que, de acordo com denúncias, o município vive um caos na saúde, educação e na infraestrutura. A liminar ainda aguarda decisão judicial.

As denúncias já foram enviadas ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) e ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) por desvio de finalidade e improbidade administrativa. As dívidas de Mundo Novo ultrapassariam os R$ 37 milhões.

Política Livre




Nota da redação deste Blog - No município de Mundo Novo, o prefeito se encontra no centro de duas importantes questões: uma CPI relativa aos precatórios da educação e uma ação popular relacionada aos gastos excessivos anunciados para os festejos juninos. Esses eventos têm gerado controvérsias, especialmente considerando as denúncias de problemas generalizados na saúde, educação e infraestrutura municipal. Uma ação popular foi movida buscando a suspensão das celebrações juninas, argumentando que os recursos deveriam ser direcionados para resolver as crises em áreas prioritárias. A decisão sobre essa liminar ainda está pendente, aguardando pronunciamento judicial.

Enquanto isso, em Jeremoabo, a situação parece ainda mais grave, especialmente após a revogação do Decreto de Calamidade, o que deixou os moradores ribeirinhos em uma situação de abandono. Além disso, surgiram irregularidades relacionadas ao concurso público, agravando a instabilidade na região.

Diante desse cenário, a pressão sobre a Câmara de Vereadores para agir de forma responsável e investigativa é enorme. Os vereadores têm a obrigação de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os problemas apontados, garantindo transparência e responsabilização dos envolvidos. A população aguarda respostas concretas e medidas efetivas para enfrentar os desafios enfrentados pelo município.

Câncer de Boca: entenda os fatores e medidas de prevenção

Ir ao dentista para avaliação periódica ajuda na diagnóstico ou prevenção de doenças como o câncer de boca. (Foto: Shutterstock)


O câncer na cavidade oral – ou câncer de boca- é um tumor de neoplasia maligna, com maior incidência entre pessoas do sexo masculino, sendo o terceiro que mais acomete essa população.

Dentre os principais fatores estão o tabagismo, etilismo (consumo de álcool) e exposição ao sol. Neste mês de maio, a campanha Maio Vermelho alerta sobre o combate a este tipo de câncer.

Em entrevista ao Portal Infonet, o cirurgião Bucomaxilofacil, Bruno Barbosa, explica os motivos pelos quais o câncer atinge mais o público masculino. “Os homens não zelam tanto pela saúde quanto as mulheres. Eles consomem mais álcool, fumam mais e o fato de não ter atitudes preventivas de ir ao Dentista, a doença acaba acometendo mais o gênero masculino,” explica.

Entenda os sintomas

De acordo com o cirurgião, os primeiros sintomas da doença são alterações da cor e forma na mucosa oral (boca), além do aumento de volume. “Se começar a ficar uma mucosa esbranquiçada ou roxeada é um indicativo que uma lesão está iniciando no local,” destaca. Ele acrescenta ainda que o cuidado na escovação é fundamental. “Esse é o momento do autocuidado. Quando tiver escovando o dente deve olhar a boca, ver a língua, pois muitas vezes tem câncer embaixo da língua, então esse é o momento crucial de se avaliar sempre,” informa.

 lábio inferior e assoalho da boca. Um outro indicativo vem acompanhando de um aumento no linfonodos, localizado debaixo do queixo, popularmente conhecido como íngua. Esse indicativo forte no aumento de volume dos linfonodos é considerado uma defesa ou combate do corpo reagindo a uma lesão.

Em sua maioria, as pessoas que são acometidas com o Câncer Bucal, apresenta-se em estágio moderado a avançado da doença. “Por isso a gente trabalha muito com a prevenção, educação em saúde, levando informação a população para entender que o câncer pode ser tratado e o paciente ter um prognóstico bom, ou seja, uma expectativa de vida boa se diagnosticado precocemente. Isso porque muitas das lesões cancerígenas, elas começam a dar sinais com lesões pré-cancerígenas. Se o paciente conseguir perceber logo e vir ao consultório, conseguimos evitar a evolução da lesão,” enfatiza o Bruno.

Métodos para prevenção

Reduzir os fatores de risco como parar de fumar, evitar o consumo do álcool, manter uma boa higiene bucal e ter cuidado quanto a exposição ao sol está entre os principais fatores preventivos para evitar o câncer de boca.

O médico Bruno Barbosa alerta sobre a importância da frequência ao dentista. “É importante que haja uma avaliação periódica no Cirurgião Dentista. A recomendação é ir de seis em seis meses e, no mínimo, uma vez ao ano. O cirurgião dentista vai estar sempre realizando esses cuidados preventivos quando o paciente retorna. Esses cuidados são de extrema importância para manter a saúde bucal,” finaliza.

Por Cleiton Alberto e Aisla Vasconcelos 

INFONET

Lira ganhará protagonismo e força na regulamentação da reforma tributária

Publicado em 29 de maio de 2024 por Tribuna da Internet

Ilustração do Kleber Sales

Denise Rothenburg
Correio Braziliense

A criação de grupos de trabalho sem presidente e sem relator para análise da regulamentação da reforma tributária deixa o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na posição de senhor absoluto do tempo de apreciação das propostas e do texto final. Muitos parlamentares entenderam que, nesse sentido, será ele, inclusive, o relator informal, para arbitrar as disputas.

Em tempo: ao montar os grupos de trabalho de apenas sete integrantes cada um, Lira irritou vários deputados. Tem muita gente dizendo que uma discussão importante, como o pagamento de impostos, deveria ser mais ampla.

AVAL DOS LÍDERES – Lira, porém, não fez nada sozinho — só foi feito assim porque teve aval dos líderes. Nesse sentido, tanto ele quanto os chefes de bancadas e partidos têm interesse em entregar a reforma votada até o final do ano. Especialmente aqueles que sonham em ocupar a presidência da Câmara no futuro, caso de Elmar Nascimento (BA), do União Brasil.

Outro assunto importante é que, de olho na perspectiva de ajuda rápida e sem muita burocracia para os municípios gaúchos, o MDB sugeriu uma emenda à medida provisória que criou o Ministério Extraordinário para que a Companhia Vale do Rio Francisco possa atuar no Rio Grande do Sul.

Hoje, a Codevasf já não está limitada aos estados por onde passa o rio São Francisco e poderia auxiliar os gaúchos. A ideia é usar a sua expertise para fornecimento de caminhões, retroescavadeiras, motoniveladoras de solo — enfim, maquinário necessário à reconstrução.

CONSULTA À EMPRESA – A proposta do MDB foi feita diretamente à direção da Codevasf pelo presidente do MDB, Baleia Rossi (SP). O partido tem 134 prefeituras no Rio Grande do Sul. A companhia negou o pedido por causa dos limites geográficos de atuação impostos por lei.

Agora, resta saber se os deputados do Nordeste, que dominam a Codevasf, aceitarão ceder parte dos recursos da empresa para a ajuda ao Sul. A emenda é assinada pelo deputado Márcio Biolchi (MDB-RS).

Supremo precisa ser “criativo” se quiser arranjar motivo para prender Bolsonaro


Imagem

Charge do Latuff (Brasil de Fato)

Carlos Newton

Jair Bolsonaro e Dilma Rousseff têm alguma coisa em comum, além do fato de terem sido presidentes da República e serem desprovidos de inteligência pragmática, pois o que dizem de bobagens é fora do normal e só podem ser comparados a Lula da Silva, outro grande especialista em frases sem nexo ou propósito.

Um dos pontos em comum entre Bolsonaro, Dilma e Lula são as agressões à lei e aos bons costumes, que tiraram Dilma do poder, conduziram Lula a passar 580 dias atrás das grades e levaram Bolsonaro a responder a sete processos.

NO BANCO DOS REÚS – Lula e Dilma já pagaram suas contas, estão fora do alcance da Justiça, porém Bolsonaro mal começou a frequentar os tribunais.

Lula conseguiu algo inédito na Justiça mundial –uma “descondenação” sem exame do mérito. Dilma foi derrubada pelos políticos e depois desprezada pelos eleitores, ficou no limbo, até ser jogada para o outro lado do mundo por Lula, que pretende vê-la o mínimo possível. Dilma não se elege nem síndica de prédio e Lula dificilmente poderá ser candidato em 2026, com 81 anos e validade vencida, não adianta forçar a barra. Dificilmente se elegerá, a tendência é ir descendo a ladeira.

E Bolsonaro sonha com uma anistia que não vai acontecer, pois já está afastado da política até 2030, quando terá 75 anos e sua saúde problemática pode impedi-lo de seguir na política.

CINCO AÇÕES – Bolsonaro está respondendo a duas ações eleitorais que são até ridículas, com chances mínimas de condenação por abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação social, no funeral da Rainha Elizabeth II, na Inglaterra, e na 77ª Assembleia-Geral da ONU, nos Estados Unidos. As ações foram protocoladas pelo PDT e pelo PT.

O problema maior são as três ações criminais, que começam a pipocar: falsificação do cartão de vacina; venda do Rolex nos Estados Unidos e preparação para um golpe de Estado.

SEM SUBSTÂNCIA– E as outras duas ações criminais não têm substância. Devido ao livre arbítrio que protege o suicídio, ninguém pode ser condenado por se recusar o tomar vacina; falsificar cartão de vacina é crime sem gravidade; vender um relógio  que ganhou de presente, idem, e ninguém pode ser condenado por dar um golpe de estado que não aconteceu.

Se estivéssemos numa democracia da verdade, Bolsonaro não teria  sido condenado por haver convocado o corpo diplomático, porque o então presidente do TSE, Edson Fachin, tinha feito isso antes.

Bem, estamos falando do que ocorreria num país democrático, em condições normais de temperatura e pressão. Mas o caso de Bolsonaro é diferente. Ele tem o conjunto da obra, porque pensou (?) que era comandante-em-chefe das Forças Armas, mas o Estado Maior do Exército lhe respondeu: “Desculpe, foi engano, aqui mandamos nós!”. No conjunto da obra, o Supremo vai inventar alguma forma de prendê-lo, podem acreditar.

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P.S. 
– Em matéria de política, Lula, Dilma e Bolsonaro são um filme antigo dos Três Patetas, que ninguém aguenta mais assistir. Estão no final da temporada de despedida, em breve serão apenas um retrato na parede daquele palácio cheio de pilastras escorregadias. E vida que segue, diria João Saldanha, que adorava política, mas sabia distinguir entre um político de verdade e um enganador. (C.N.)


Querem cortar na Previdência, ao invés de cortar no topo da pirâmide pública

Publicado em 30 de maio de 2024 por Tribuna da Internet

Altamiro Borges: Os supersalários e os privilégios dos juízes

Charge do Custódio (Arquivo Google)

Sylvio Rocha

Diante do tamanho da arrecadação de impostos no Brasil,da farra dos altos salários e benesses do Judiciário, Executivo a Legislativo, da gigantesca e paquidérmica máquina pública brasileira, sem falar na incontida corrupção, é um acinte ouvir o governo anunciar planos de conter gasto com Previdência, saúde e educação.

Por qual razão não se corta na carne do topo da pirâmide pública? Por qual razão a conta tem que ser sempre paga pelos mais pobres?

MAIS IMPOSTOS – Vamos resumir: o povo brasileiro vai pagar mais impostos para sustentar a mamata dos políticos vagabundos, a hiberbárica máquina do serviço público, um judiciário inchado e com salários nababescos, a “natural” roubalheira da relação política com o setor privado.

Acabamos de saber que a Justiça brasileira gasta 16% do PIB e é a mais cara do mundo. A descoberta foi feita pelo Tesouro Nacional, que comparou os gastos públicos com o judiciário em 53 países. Na pesquisa, nenhum outro país tem despesa maior que o Brasil, e sem custo-benefício.

Vide o que aconteceu com a Lava-Jato. Não duvido que daqui a pouco o Supremo Tribunal Federal vai mandar devolver dinheiro do butim aos criminosos. Uma vergonha!

IMPUNIDADE – Vivemos em um país onde a corrupção grassa em toda esfera púbica. E no final tudo acaba em pizza, pois todos estão juntos e misturados na mesma panela em defesa de seus cambalachos.

Quando aparece um Sergio Moro acontece o que estamos vendo acontecer…

Por favor, me entendam e não me levem a mal. Não voto e nunca votei em Lula ou Bolsonaro. Felizmente não sou ignorante; portanto, não voto em lixo político.


quarta-feira, maio 29, 2024

Paulo Afonso: Justiça determina que Facebook exclua postagem irregular contra pré-candidata a prefeita

 Foto: Divulgação

Onilde Carvalho, pré-candidata a prefeita de Paulo Afonso29 de maio de 2024 | 19:20

Paulo Afonso: Justiça determina que Facebook exclua postagem irregular contra pré-candidata a prefeita

INTERIOR

O juiz Reginaldo Coelho Cavalcante, da 84ª Zona Eleitoral de Paulo Afonso, concedeu uma liminar em favor do Partido Novo contra o perfil do Instagram @aqui.e.agora0 e o Facebook Serviços Online do Brasil Ltda.

A representação eleitoral foi baseada no fato de o perfil ter realizado propaganda eleitoral irregular e antecipada contra a pré-candidata a prefeita de Paulo Afonso Onilde Carvalho (Novo), além de usar fotos das filhas menores dela sem autorização.

O Partido Novo argumenta que a postagem, feita no dia 20 de maio, violava a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Código Eleitoral.

O juiz verificou que o perfil, criado recentemente, postou conteúdo eleitoral sem se identificar, o que é proibido por lei. Ele destacou que o anonimato e a utilização de imagens sem autorização violam o artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal e outros dispositivos legais.

Segundo o advogado do Partido Novo de Paulo Afonso, Thiago Santos Bianchi, “a legislação eleitoral permite a livre manifestação do pensar na internet e nas redes sociais, exceto se a mesma for veiculada de forma anônima, que é exatamente o que se percebe no perfil representado, no qual não se tem ciência de quem é o real titular do referido perfil”.

Diante disso, a decisão obriga o Facebook a revelar quem é o dono do perfil e a remover a postagem específica no prazo de 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 2 mil.

Acordo entre Lira e planos de saúde sobre rescisões não tem validade legal, afirmam advogados

 Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Arquivo

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL)29 de maio de 2024 | 20:10

Acordo entre Lira e planos de saúde sobre rescisões não tem validade legal, afirmam advogados

BRASIL

O acordo verbal firmado entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e as operadoras de planos de saúde para suspender cancelamentos unilaterais de contratos coletivos por adesão não está formalizado e, portanto, não tem validade jurídica, segundo advogados especializados em direito da saúde.

Ainda há vários questionamentos em aberto, como prazo para que as rescisões já feitas sejam revertidas, condições clínicas que terão prioridade nessas revisões, por quanto tempo essa medida vai valer e se o acordo será seguido por todas as operadoras atuantes no país.

À reportagem, Gustavo Ribeiro, presidente da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), disse que o compromisso assumido pelos representantes das operadoras com Lira foi o de não cancelar mais planos coletivos por adesão de maneira unilateral a partir desta terça (28).

“Dos que já foram desligados desta data para trás, será passado um pente-fino para entender quem está em tratamento continuado. Aí envolve tudo, TEA [transtorno do espectro autista] e qualquer tratamento continuado. Quem estiver nessa situação e que ainda não foi reintegrado, que seja reintegrado.”

Sobre a fragilidade de um acordo verbal, Ribeiro diz que a ideia de Lira é continuar a conversa na próxima semana, com outros atores do setor, como as entidades de defesa do consumidor e associações de pacientes.

“Foi uma primeira conversa. Ele nos chamou, perguntou qual era o problema, entendeu, pediu esse compromisso [da suspensão dos cancelamentos], mas ainda vai ouvir todos os envolvidos e chamar todo mundo de volta para indicar um caminho”.

A partir desses diálogos, pode surgir um acordo formal ou mesmo avanço no projeto da nova lei dos planos de saúde, que está parado na Câmara. “Esse setor existe para atender o beneficiário. A construção do diálogo foi o que melhor aconteceu, agora teremos os desdobramentos”, afirma Ribeiro.

Em nota, a Fenasaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) informou que suas associadas, dentro dos mecanismos de gestão próprios de cada uma delas, estão tomando as providências para cumprir o entendimento firmado com Lira.

“Ficou acertado que serão suspensos eventuais cancelamentos de beneficiários em tratamento continuado e mantidos os planos coletivos por adesão em vigor”.

Ainda não há informações oficiais sobre o total de cancelamentos de planos de saúde feitos pelo setor e quantos desses serão de fato revertidos a partir desse compromisso. Só a Amil, com mais de 3 milhões de beneficiários, confirmou um corte de 34 mil contratos nos últimos 45 dias.

A informação foi divulgada pelo vice-presidente de relações institucionais da Amil, Renato Casarotti, em audiência nesta terça na comissão de defesa das pessoas com deficiência da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).

Ao ser indagado pela comissão se a Amil atenderia ao acordo feito por Lira de reverter contratos suspensos, Casarotti afirmou ser “absolutamente inviável” do ponto de vista operacional reverter os cancelamentos já efetuados em todo o país, à exceção dos que obtiveram liminares na Justiça. Já os cancelamentos programados para acontecer estão suspensos, segundo ele.

Questionado sobre a razão das rescisões, Casarotti explicou nos três últimos anos a empresa enfrenta desafios para reequilibrar as contas. Segundo ele, o prejuízo de patrimônio líquido da instituição tem aumentado a cada ano fiscal, com registros deficitários de R$ 900 milhões, R$ 1,6 bilhão e R$ 4 bilhões em 2021, 2022 e 2023, respectivamente.

Ainda de acordo com Casarotti, as tentativas de recuperar o lucro dentro da organização passaram por uma redução significativa do quadro de funcionários, pelo fechamento de unidades de atendimento e, mais recentemente, pela revisão e corte de diversos convênios médicos.

Para a deputada estadual Andréa Werner (PSB), presidente da comissão na Alesp, na prática, o acordo anunciado por Lira pouco diz a que veio. “Não há nada formalizado no papel, com prazos, e critérios bem definidos para sabermos qual operadora vai ou não reverter cancelamentos ocorridos nos últimos meses aos milhares”.

Segundo ela, também não está claro quais condições de saúde terão prioridade no acordo. A deputada diz que o seu gabinete recebeu ao menos 250 denúncias de cancelamentos unilaterais só da Amil e todos referentes a pessoas em tratamento.

De acordo com o advogado Rafael Robba, pesquisador do departamento de medicina preventiva da USP e sócio da Vilhena Silva Advogados, o compromisso verbal firmado por Lira e as operadoras não tem nenhuma validade jurídica.

“Isso precisa se concretizar por meio de formalização aos clientes. Por ora, a informação que eles têm é que o plano será cancelado, muitos nesta sexta [31]. Não receberam nenhuma informação contrária vinda da operadora”.

Para Robba, embora o acordo fale da suspensão dos cancelamentos de contratos de autistas e de pacientes com doenças graves, ele não esclarece quais critérios serão utilizados. “As informações são muito vagas. Não falam, por exemplo, se a suspensão é só por um período e depois vão cancelar de novo”.

A advogada Giselle Tapai, sócia do Tapai Advogados, tem a mesma avaliação. “Não adianta nada saber de boca que as operadoras vão parar os cancelamentos se não existir uma lei que proteja os consumidores”, afirma.

Na sua opinião, a sociedade precisa saber exatamente que tipo de acordo foi esse, quais as doenças e situações que ele engloba. “Todos os dias continuam chegando pessoas afirmando que estão recebendo cartas das operadoras, tentam a portabilidade para outro plano e estão encontrando barreiras”.

O acordo com as operadoras ocorre em um momento em que há uma escalada de queixas contra o cancelamento unilateral de contratos, de ações judiciais e uma pressão por parte das entidades de defesa do consumidor, Ministério Público, além de proposta de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).

Só pelos canais do governo federal de defesa do consumidor, foram mais de 2.000 reclamações. Até abril, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) havia recebido 5.888 queixas por rescisão unilateral de contratos, 31% a mais do que o mesmo período de 2023.

As rescisões unilaterais atingem crianças autistas, com síndromes graves, paralisia cerebral, doentes oncológicos, entre outros pacientes. Alguns dependem de suporte respiratório ou de nutrição parenteral.

Até uma idosa de 102 anos, que paga R$ 9.300 por um plano que tem há 30 anos, chegou a receber aviso de cancelamento, revertido após a repercussão do caso.

Cláudia Collucci/Folhapress

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